COLUNA DO SPC NO JORNAL A GAZETA
Sebastião Pereira da Costa
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Sebastião Pereira da Costa
Nossos vereadores viciados
A despeito da renovação de boa parte da Câmara, nota-se,
com tristeza, que quase nada mudou em relação às atitudes e hábitos dos
vereadores, que, aos poucos, vão aderindo aos antigos vícios e costumes
de seus colegas remanescentes. Lamentável.
Lembro-me de legislaturas em que era moda, entre os vereadores, enviar
ofícios de pesar a famílias enlutadas; toda sessão tinha votos de pesar;
o saudoso ex-vereador Francisco Rossi Jr. (Deus o tenha em sua glória)
foi campeão invicto dessa modalidade; em ano eleitoral a temporada é de
honrarias a cidadãos, mereçam ou não, é outro vício no qual o imortal
ex-vereador Tarzan foi hexa campeão; na falta de pessoas para virar
cidadão itapevense, ou comendador, o Tarzanzinho (danado) inventou uma
“honraria” que leva o nome de um ex-vereador (falecido), seu parceiro no
acobertamento de malfeitos e mutretas de prefeitos e secretários; e
dezenas de pessoas em Itapeva ostentam com orgulho essa “honraria” na
parede da sala; nem que me pagassem bem aceitaria esse papelucho
flibusteiro. Seria ocioso enumerar toda gama de vícios e costumes que
levam os senhores edis itapevenses à lamentável mesmice de atitudes.
A moda, agora, é “redutor de velocidade”, aquele
quebra-molas que não resolve o problema da falta de cuidados de
motoristas e motoqueiros; nas últimas pautas da Câmara tem bateladas de
indicações pedindo redutores de velocidade; rua de igreja evangélica não
escapa nenhuma do pedido de redutor; isso não é falta de fé? Dizem que
quem tem Jesus no coração não de deve temer nada. Se o diretor de
trânsito atender a todos os vereadores as ruas da cidade vão ficar
atravancadas de redutores, a maioria fora da lei de trânsito; basta um
vereador pedir algo, que logo outros pedem a mesma coisa, parecem
crianças ciumentas, se a mãe dá doce para um filho, o irmão também quer.
Por que os vereadores não usam esse tempo perdido em
futilidades para algo de real utilidade, que é de sua obrigação? Por
exemplo: visitar secretarias municipais, ver se está tudo bem, se o
secretário não está precisando de alguma coisa, ou se não está
prevaricando em suas funções; visitar obras públicas ver se o cronograma
bate com o andamento das obras; ir a postos de saúde ver o estoque de
remédios e a qualidade do atendimento médico; fazer visitas incertas nas
escolas e provar a merenda (como a vereadora Áurea); ir à Secretaria da
Indústria e Comércio tomar um café com o Ralph e conversar sobre
pequenas empresas, grandes negócios, ele entende do assunto; sugerir a
ele cursos de capacitação profissional, disponíveis em órgãos estaduais e
federais; perguntar sobre sua misteriosa viagem à China; ah, não deixar
de ir à Secretaria da Educação, bater um papo gostoso com o professor
Gustavo, pessoa educada, de fino trato; o vereador podia sugerir ao
secretário onde comprar merenda escolar, gostosa e de boa qualidade, ele
é sensível a sugestões, principalmente de vereador; vai lá, vereador.
Enfim, não é preciso este escriba crepuscular ocupar espaço
em sua coluna a fim de alertar o vereador para o que deve fazer da
vida, ele foi eleito pelo povo e o povo mesmo não está nem aí para o que
seu candidato faz na Câmara; o pior é que o vereador sabe que mesmo não
fazendo nada, será reeleito. Essa é a cereja do bolo. Oremos
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posted by Sebastiao Loureiro at sexta-feira, setembro 20, 2013
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