Lichia
Litchi chinensis - Família Sapindaceae.
Originária da China onde é considerada a fruta nacional, a lichieira e uma árvore subtropical com até 12 metros de altura e de grande longevidade. Em muitos países e considerada a rainha das frutas. Perfeitamente adaptada as condições de clima do Estado de São Paulo, as Culturas pioneiras estão produzindo excelentes safras, com resultados econômicos compensadores. A colheita ocorre de novembro e janeiro, atendendo o mercado na época das festas natalinas, quando a procura e o preço são maiores. O Brasil em futuro próximo poderá dominar o mercado mundial, porque a produção das outras regiões produtoras ocorre de maio a agosto. Assim, sem concorrência, o Brasil poderá abastecer o mercado mundial com lichias na época do natal.
Devido ao seu belo porte, atraente formato, folhas verde escuro e permanentes e principalmente devido a beleza da frutificação a lichieira é a árvore favorita para os jardins de residência no Hawaii, e em cidades da Califórnia como San Diego, San Francisco, Los Angeles, Monterey, Alhambra, etc.
Os frutos produzem em cachos, a casca é rugosa e de cor vermelha e fácil de ser destacada. A polpa é gelatinosa, translúcida sucosa e de excelente sabor, lembrando ao de uva itália e não é aderente ao caroço. Se presta para consumo ao natural, para a fabricação de sucos, compostas e ainda para a passa.
Variedades de Lichia
No Brasil dispomos das variedades BENGAL, AMERICANA e BREWSTER e no Hawaii são recomendadas a GROFF, KAIMANA e KWAIMI.
Produção de Mudas
As mudas oriundas de sementes não são indicadas para a formação de pomares comerciais, porque as plantas não são uniformes e demoram acima de 12 anos para iniciar a produção. Para a formação de pomares comerciais, as mudas devem ser de propagação vegetativa das plantas vigorosas e produtivas. O sistema mais utilizado é a alporquia, resultando em mudas de qualidade.
Clima
A lichia é uma planta de clima sub-tropical, entretanto, em nossas condições tem-se verificado que plantas novas não suportam geadas muito rigorosas. Por ser um planta de grande valor é viável a sua proteção com telhados ou de outro material, durante o inverno, evitando-se danos com frio.
Espaçamento
É mais interessante uma planta isolada, recebendo a luz solar de todos os lados para a plenitude de sua produção, à duas a três árvores encostadas uma na outra. Árvores com livre crescimento, sem o emprego de podas, necessitam espaçamentos adensado de 7 metros entre plantas e linhas, utilizando-se podas constantes, visando o controle do tamanho das árvores.
Colheita e Embalagem
Conforme a região a colheita ocorre de novembro a janeiro e são colhidos os cachos de frutos e a embalagem é feita em pequenas caixas de plásticos transparente.
Mercados
O fruto de lichia ainda é desconhecida do consumidor brasileiro e o mercado potencial é enorme devido as qualidades de frutos e da época de comercialização no fim do ano. Entretanto, o fruto de lichia tem boa aceitação em todo o mundo e há interesses inclusive de países produtores, devido a oferta de frutos fora de época ou na entre safra.
Lichieira
A planta é longeava e rústica, necessitando pouco ou nenhum tratamento fitassanitário. As doenças não são problemas e com relação as pragas, eventualmente pode ocorrer brocas de tronco, a mariposa oriental nos ponteiros, ácaros, abelha arapuá ou irapua nos frutos. Praticamente não é usado agrotóxico e os frutos são colhidos insetos de produtos químicos.
Produção
A lichia inicia a produção comercial a partir do 5º ano após o plantio das mudas. Algumas plantas chegam a produzir de 150 a 200 Kg, sendo considerada uma produção boa a média anual de 40 a 50 Kg por planta.
Preços
Os melhores preços ocorrem no inicio da safra de 15 a 31 de Dezembro devido as festa de fim de ano.
O mercado brasileiro ainda é inexplorado porque a lichia considerada a rainha das frutas, ainda é desconhecida do consumidor brasileiro. Atualmente o preço da fruta é muito alto e futuramente o ideal é o estabelecimento de um preço médio, de valor mais baixo, favorecendo a comercialização. O preço muito alto limita o número de consumidores.
Tratos Culturais
É bastante simples com a manutenção das plantas do limpo através de roçadas e herbicidas, de adubações e de irrigação que é fundamental, conforme a região.
Pé de Lichia Centenário (127 anos) | |||
Nova Cultivar Tailandes
Regias Tropical
Características
Regularidade de Produção. Fruta de excelente aparência, entre 20 e 25 gramas por fruto.
Diferencia-se dos demais cultivares pois, para consumir sua polpa, basta apertar vagamente e o fruto se abre. (característica única nas lichias).
Panículas de excelente conformação, cachos com 15 a 22 frutos.
Rambutan
Nephelium lappaceum - Família Sapindaceae.
Originário do Arquipélago Malário, o Rambutan é muito semelhante à Lichia (Litchi chinensis), tanto em beleza quanto ao paladar, pois pertencem à mesma família (Sapindacea). Seus frutos são maiores que o da Lichia, e tem várias vantagens sobre a mesma. Suas sementes são 30 a 50% menores, possuem casca firme cobertas com pelúcia maciae coloração vermelho carmim, destaca-se facilmente da polpa. Produzem em pencas com 15 a 30 frutos, sendo estes ovalados com 5cm de comprimento.
Também sua resistência ao transporte é maior, pois sua polpa é mais firme e a pelucia que recobre a casca evita atrito entre os frutos amortecendo impactos.
Sua polpa é doce, pouco ácida semelhante à uva podendo ser utilizada em conservas e sucos, aceita também congelamento mantendo as características originais. A maturação dos frutos ocorre de junho a outubro, sendo mais concentrada em julho e agosto, sua produtividade é grande, podendo chegar a mais de 200Kg por planta.
Ë uma árvore tropical que atinge 12m de altura, muito ornamental e por sua beleza de folhagem, floração e frutificação pode ser palntadas em alameda e jardins.
Desenvolve-se bem onde cresce o café, não suportando geadas nem temperaturas negativas. Gosta de umidade no solo principalmente na época da florada, ocorrendo seca prolongada é necessário que se irrigue a planta. Esta furta é muito popular no Hawaí, Tailândia, Vietnã, Indonésia, sendo artigo de exportação com grande aceitação na América do Norte e Europa.
O início da produção das mudas por nós comercializadas ocorre em 4 ou 5 anos, estando as mudas já com 24 meses de idade.
A distância do plantio recomendado é de 8m entre plantas por 10m entre linhas.
Utilização:
O arilo é consumido fresco, cozido, enlatado ou em geléias. O sabor da polpa (arilo) é sub-ácido a adocicado, lembrando o da lichia ou da uva, com açúcares em torno de 10 a 12%. Em temperatura ambiente, a melhor aparência externa dos frutos dura entre 3 e 4 dias, quando os espinhos começam a murchar, embora polpa não sofra alteração. O arilo (parte comestível), que cobre a semente pode variar de estação para estação e entre cultivares de 28 a 54%.
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Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócios de Frutas
FRUTÍFERAS
LICHIA (Litchi chinensis Sonn) | |
A lichia, originária do Sul da China, pertence à família Sapindaceae e requer clima seco e frio no inverno, antes do florescimento, e quente e úmido no resto do ano. A planta é de grande porte, com altura de 10 a 15m. Os frutos são normalmente codiformes ou ovais, vermelhos e dispostos em cachos. A polpa é branca, translúcida, rica em vitamina C, potássio, cálcio, fósforo e ferro. São consumidos ao natural, podendo também ser utilizados para compotas. | |
Cultivares: Bengal, Brewster (frutos e caroços grandes); “Americana” (frutos e caroços pequenos). Clima e solo: a temperatura ideal está entre 28 a 30ºC. A alta umidade favorece ao amadurecimento dos frutos. Durante os três meses anteriores ao florescimento são necessárias temperaturas inferiores a 20ºC e baixa umidade. Requer precipitação de 1.300 a 1.500mm anuais. Prospera em solos profundos, bem drenados (com alto teor de matéria orgânica) e não-infestados por nematóides. Práticas de conservação do solo: plantar em nível; manter as entrelinhas sempre roçadas. Propagação: comercialmente feita por alporquia. Utilizar ramos de 1,5 a 2,5cm de diâmetro. Realizar em época que se tenha alta umidade, preferencialmente de janeiro a março, logo depois da colheita. Separar o ramo da planta matriz, após o enraizamento (75 dias), eliminando-se 80% das suas folhas. Plantá-lo em sacos plásticos e manter as mudas em ambientes quentes, sombreados, com alta umidade e protegidos de ventos. Levá-las para o campo após dois fluxos (cerca de 12 meses). A propagação por sementes é facilmente obtida, mas não utilizada, pois originam árvores de pé-franco que demoram cerca de 10 anos para conduzir e são muito desuniformes. Plantio: pode ser realizado durante o ano, mas deve-se dar preferência ao início da estação chuvosa. Plantar em dias nublados, em covas previamente preparadas. Irrigar. Espaçamento: 12 x 12m. Mudas necessárias: 134/ha. Covas: 60 x 60 x 60cm, preparadas no mínimo com um mês de antecedência do plantio. Calagem e adubação: realizar calagem em toda a área elevando a saturação por bases a 70%, empregando calcário dolomítico. Para a cultura já formada proceder do mesmo modo, com a aplicação do calcário ao redor da planta, sob a projeção da copa. Adubação de plantio: colocar 20 litros de esterco de curral, ou 5 litros de esterco de galinha. Adubação de formação: durante 4 anos, fazer adubação com 20g de N; 40g de P2O5 e 30g de K2O aplicados por planta e por ano, parcelados em quatro vezes nos meses de agosto a novembro. Adubação de produção: no período de frutificação (julho a dezembro) quantidades diferenciadas, dependendo da idade da planta. De 5 a 15 anos: variando de 40 a 160g de N; 20 a 40g de P2O5 e 25 a 120g de K2O aplicados por planta e por ano, em cinco aplicações desde antes da floração até após a colheita. Controle de pragas e doenças: planta pouco afetada por pragas e doenças. Outros tratos culturais: capinas manuais na projeção da copa da planta e roçadas nas entrelinhas. Podas de ramos em excesso para arejar a parte interna da copa. Colheita: de meados de dezembro a início de janeiro. Produtividade normal: 30 a 45 kg/planta. Comercialização: frutos a granel acondicionados em sacos plásticos transparentes e perfurados. ______________________ Fonte: Boletim, IAC, 200, 1998. |
Marcadores: SÍTIO POMAR LICHIA
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