As alegrias de um mundo redondo
David Rieff, Estadão
"Desde a queda do comunismo reina um consenso em praticamente cada esquina do mundo produtivo, sobretudo na América do Norte, Europa e Leste da Ásia, de que a humanidade penetrou numa espécie de terra prometida.
Argumenta-se também que hoje existe uma única economia mundial, baseada num único sistema econômico, chamado capitalismo.
E ainda, um único sistema político baseado em várias versões da democracia liberal, mesmo que ocorram alguns deslizes lamentáveis em alguns países;
e uma tecnologia uniformizadora alicerçada na convergência da tecnologia do computador, das fibras óticas e de sistemas de software avançados que tornam todos neste planeta, ou um verdadeiro cidadão global ou, mesmo nas regiões desfavorecidas do Oriente Médio ou da África subsaarianas, no mínimo um cidadão global potencial.
Nos últimos 20 anos, tivemos dois grandes defensores destas idéias. O primeiro foi o cientista político Francis Fukuyama, cuja curiosa síntese de materialismo e filosofia hegeliana levou-o a declarar que a história - no sentido de conflito de ideologias e crenças irreconciliáveis - chegou ao fim.
O segundo é o escritor e colunista do New York Times Thomas Friedman, que relatou a ascensão deste mundo global e interconectado num livro que se tornou um best-seller, chamado The Lexus and the Olive Tree: Understanding Globalization (em português “Lexus e a Oliveira”)." LEIA MAIS
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