COLUNA DO SPC NO JORNAL A GAZETA
Quando o estômago fala mais alto
Faz
tempo que Itapeva vive a deus-dará, abandonada pela maioria de seus
vereadores que passa o mandato todo só pensando na reeleição, sem se
preocupar com os problemas para resolver no município, deixando tudo
para o prefeito e secretários. Isso porque a maioria dos vereadores é
medíocre, sem preparo para o cargo e, o que é pior, sem vontade de
trabalhar. O que o vereador itapevense gosta mesmo é de conceder títulos
honoríficos; dar nome de ruas, criar dia de evangélico (pois só os
evangélicos têm pastores cabos-eleitorais), bajular o prefeito nas oito
sessões mensais e, às vezes, fazer teatrinho de indignação na tribuna
para agradar a plateia.
Os
presidentes de partido, aqui, não perdem muito para os vereadores na
falta de vocação política e outras carências, a maioria é ostensivamente
fisiológica, para quem não sabe o que é isso, fisiológico é o político
que só quer levar vantagem em tudo, é semvergonha e venal, vende a alma
pro Diabo por merrecas, uma tristeza. Há exceções, claro, quem não se
considerar aproveitador, que não está querendo uma boquinha no serviço
público, faz política por vocação e amor à terra em que nasceu, sinta-se
excluído. Em Itapeva impera a política do “bundamolismo”, criei o
neologismo para não dizer que a maioria de nossos políticos é
bunda-mole, não enfrenta situações de risco, não faz oposição ao
prefeito (qualquer prefeito), é aderente e inconsequente. Por isso o
prefeito Cavani não teve dificuldades para atrair a maioria dos
partidos, qualquer outro prefeito por mais medíocre conseguiria da mesma
forma. Quem conhece o prefeito sabe que ele não é líder político coisa
nenhuma, só faz gênero empinando o nariz, ele tem se saído bem porque na
terra de cegos quem tem um olho é rei.
O
resultado dessa carência de caráter e de personalidade de nossa classe
política é que, praticamente, vamos ter candidato único para prefeito,
oposição à míngua de apoio político corre o risco de apenas ser
figurante, não participante, pois a máquina municipal está azeitada para
passar por cima de quem ousar desafiar o prefeito, que já está de
caneta em punho. Não há oposição pelas razões já expostas e que é
lamentável neste estágio de nossa evolução político-institucional. É a
síndrome lulopetista de avacalhar com a política e os políticos, haja
vista o que está acontecendo na Capital, lula de braços dados com Maluf,
o seu maior desafeto.
Por isso, em Itapeva a política virou politicalha: manda quem tem poder e obedece quem é semvergonha.
No
Fantástico de domingo passado assisti parte da reportagem sobre fraudes
em concursos públicos municipais no nordeste do País. Talvez seja uma
novidade lá nordeste, porque aqui na terra de Furquim Pedroso isso é
mais velho que andar pra frente. Muitos funcionários da Prefeitura e da
Câmara Municipal, locais, sabem do que estou falando e, por favor, não
me peçam para dizer nomes, pois não vou dizer, alguns e algumas são
pessoas amigas. A propósito, em Itapeva temos um vereador baixinho,
coradinho, futuro pastor evangélico, que é catedrático em concurso
público municipal, acredito até que pode ter sido ele quem cedeu as
apostilas para os irmãos nordestinos. Tem professoras e funcionários que
votam nele vitaliciamente; quando se elegeu vereador ele era mocinho,
agora já é avô e continua lá, não larga do osso. Danadinho.
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