COLUNA DO SPC NO JORNAL A GAZETA
Faltam
poucos meses para o prefeito Cavani (PSDB) deixar a Prefeitura e
aposentar sua caneta de fazer amigos, o que nos leva a perguntar se os
amigos de hoje continuarão amigos, ou se vão “lavar as mãos” caso o
ex-prefeito precise deles no futuro? Tudo leva a crer que ele vai
precisar, pois, pela folha-corrida de sua gestão, muita coisa suspeita
foi encoberta pela Câmara, onde o prefeito tem dez “amigos” fieis. E
tudo o que devia ser fiscalizado pelos vereadores passou batido:
licitações com a participação de empresas suspeitas, aditivos
contratuais acima dos 25%, cronograma de obras, as FAIs etc. E, para
completar, a nossa imprensa não tem por norma de trabalho ir atrás de
denúncias de ilícitos da Administração, tem medo de processo judicial
como o Diabo da cruz, então, só cobra do prefeito serviços públicos, sem
se preocupar como são gastos os milhões de reais que entram nos cofres
municipais, todo mês. Faltam aos nossos semanários recursos e
profissional disposto a encarar essa tarefa. Por isso, tem gente com
saudade de Carlos Brugnaro (lembram-se dele?), que não tinha medo de
nada, diz-se que ele está pensando em reabrir o seu jornal aqui.
Aleluia.
Mas
há esperança de que a próxima gestão, com 15 vereadores, ressuscite o
antológico “grupo dos oito” (que fazia oposição ao prefeito Guilherme
Brugnaro) e passe a limpo a Administração Cavani, trazendo à tona
eventuais malfeitos mergulhados no tempo. Aí, será que os vereadores
“amigos”, reeleitos, vão pôr o seu na reta para socorrer o ex-prefeito? A
história nos diz que não, exceto os tarzans da vida que sempre
trabalham contra município, em favor de qualquer prefeito. Conhecemos
bem a história dos 19 vereadores, 14 eram do prefeito e os demais
fingiam ser oposição, para não saírem mal na foto. E milhões de reais
foram devorados pelas ratazanas municipais.
É
de se admirar que em Itapeva não existam empreiteiras suspeitas,
construindo grandes obras sem respeitar a lei 8666/93 de licitação,
extrapolando os limites de aditivos contratuais, que, segundo a lei, não
podem ultrapassar 25% do contrato!
A
grande imprensa tem noticiado os prejuízos causados pelos contratos
entre a empresa Delta e o governo federal, malfeitos que vêm de longe,
mas só agora, devido ao escândalo Cachoeira/ Demóstenes, veio à tona.
Até aí, estava tudo uma beleza, milhões de reais sendo desviados para os
corruptos, ligados ao poder, e ninguém denunciava.
Pergunta
cretina: será que nós, aqui na província, não temos a uma “Delta”,
construindo obras para a Prefeitura? Em menor proporção, claro, mas
igualmente suspeita de participar de licitações irregulares? Por que um
vereador, corajoso, que jurou defender Itapeva, não examina os contratos
das empresas que constroem para a Prefeitura? A propósito, o Tribunal
de Contas, no processo 001118/09/08, apontou várias irregularidades no
contrato de construção da Câmara, problema que o deputado Ulysses
Tassinari e o presidente da Câmara, Paulo de la Rua logo vão ter de
esclarecer à justiça e à população. Quem não deve não teme. Vamos ficar
de atalaia. Portanto.
Em
outubro precisamos trocar os vereadores omissos, que só se preocupam em
bajular o prefeito, conceder honrarias e dar nomes de ruas. Não se deve
votar nos mesmos, tem vereador com 16, 20, 30 anos de mandato, um
absurdo. A Câmara precisa se renovar em, pelo menos, 80%. Está em suas
mãos, eleitor.
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