quinta-feira, maio 31, 2012

COLUNA DO SPC NO JORNAL A GAZETA

Prefeito Cavani ainda manda no PMDB?
 
Os comentários que se ouve pelas calçadas da cidade, sobre a mudança da direção executiva do maior partido do país, é que desde a semana passada o presidente do PMDB, para efeito legal, é Juninho da Bauma, mas que o presidente de fato continua sendo o prefeito Cavani (PSDB). Por isso, dizem, que é perda de tempo fazer acordos com a direção legal do partido, os interessados devem ir direto falar com Cavani que é mais rápido e não correm risco de o prefeito não gostar do acordo e telefonar (brabo) para o Juninho, mandando acabar com o acordo. Será que é isso mesmo?

Se for, como fica a dignidade dos dirigentes do partido, que foi um marco de luta contra a ditadura militar a fim de impedir que políticos autoritários, com vocação para ditador, como o nosso prefeito, tomem as rédeas do processo político, em detrimento da representatividade político-partidária, signo maior da democracia e da liberdade. 

Por que o prefeito quer tanto controlar o PMDB? Será que receia que o partido faça acordos políticos em detrimento do candidato oficial (Paulinho? Rossi?).

Os peemedebistas acham que o vereador Roberto Comeron é o candidato ideal, tem bom índice nas pesquisas, é popular, está disponível, mas isso será suficiente? Quando o eleitor avaliar o simpático radialista, por outros aspectos pessoais, será que vota nele para um cargo da responsabilidade de um prefeito?
Será que o prefeito não confia no êxito de seus candidatos (Paulinho? Rossi?) que precisa se garantir com um candidato estepe? Ou está com receio de que a oposição acerte o discurso e ponha em risco a sua cidadela na Prefeitura? Fontes palacianas garantem que, se for preciso, caso a oposição cresça e apareça, ameaçando engolir o candidato do prefeito, que se juntam tucanos e peemedebistas, num bem bolado para dar a volta por cima. Caso o radialista ganhe dianteira segura dos candidatos “oficiais”, então, a máquina da Prefeitura dá meia volta para o quintal do novo apadrinhado.
O festejado radialista está tranquilo, se quiser será vereador reeleito, todavia, está disponível para o que der e vier, desde que leve alguma vantagem, portanto, dizem que ele só arrisca interpretar o papel de “laranja” do prefeito, se a contrapartida for muito boa. Diante dessa visão maniqueísta, quem for vice na chapa peemedebista corre o risco de ficar chupando o dedo, porque o candidato “próprio” do saudoso “manda brasa” local, faz parte de um teatrinho que só vale para plateia ignara.
O prefeito está jogando tudo e joga pesado, porque além da satisfação de eleger o sucessor, ele “precisa” eleger seu sucessor, para evitar dores de cabeças sem fim.
Como a campanha não começou, muita coisa pode acontecer até as convenções, pode haver surpresas, a justiça está abarrotada de processos contra vereadores, por improbidade e infidelidade partidária, isso pode tirar candidatos do páreo, enfim, tem que se aguardar junho chegar com suas fogueiras, batata-doce e foguetório.
        
               Marinheiros de primeira viagem
            Campanha eleitoral é tempo de festa para a democracia e de preocupação para aqueles que disputam cargos eletivos, principalmente, para prefeito. Essa preocupação se deve ao fato de que nos municípios pequenos e médios todo mundo conhece todo mundo, sabe-se da vida pessoal dos candidatos, sabe-se quem tem amante, ou filho fora do casamento, dos negócios limpos e escusos, qual time torce etc. Às vésperas das eleições, tudo vem à tona na campanha se a diferença de votos for pequena, precisando de um “empurrãozinho”, aí ninguém segura, pois rasgam-se os pactos de não agressão, em nome da moralidade e dos bons costumes, vale tudo pelos preciosos votinhos, doa a quem doer. Mais preocupante é para o candidato que exerceu mandato eletivo, pois aí, sempre vão surgir àquelas denúncias encobertas ou sem explicação. Aguardemos.

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