sexta-feira, maio 18, 2012

COLUNA DO SPC N O JORNAL A GAZETA

PMDB bonito na foto                                 

            O risonho presidente do PMDB de Itapeva, Jeferson Modesto (Jé) tem grande prestígio junto à cúpula do partido, em São Paulo, fotos suas com figurões: Paulo Skaff, Michel Temer, Baleia Rossi provam que ele é respeitado na Capital. Mas é respeitado só na capital, pois em Itapeva quem manda no partido é o prefeito Cavani (PSDB), que, na maior cara de pau e desfaçatez, foi ao escritório do Juninho da Bauma (único candidato viável do PMDB) falou grosso e mandou o Juninho cair fora. Diante disso o que fez o presidente do partido? Nada. Não deu um pio, nem uma notinha de repúdio em seu jornal. Os peemedebistas se calaram de medo do prefeito!! Cadê aquele PMDB corajoso, soberano, que lutou bravamente contra ditadura pela redemocratização do País? Acabou?  Agora baixa a cabeça até para um reles prefeito megalomaníaco? 

            Qual é o outro candidato “próprio” do PMDB? O povo e a cúpula de figurões de São Paulo quer saber. Se o “laranja” for o vereador Roberto Comeron, tudo bem, esse o prefeito aceita, pois se sabe que ele admira o Cavani desde o tempo em que seu patrão era o Paulo Silva. Por isso acredita-se que o PMDB, nesta eleição, vai fazer o mesmo que fez o PSDB do Tarzan, na campanha de 2004, quando lançou Paulo Daudone a fim de eleger vereadores. Uma vergonha! Todo mundo se acovardando. Pobre Itapeva.

       Suspeitas “esquecidas”

Em sua primeira gestão o prefeito Cavani (PSDB) se viu às voltas com várias denúncias de malfeitos, graças ao empenho de cidadãos vigilantes. Houve aquela do caminhão “fantasma” da empresa do prefeito (lembram-se?), pintado de branco, sem identificação, despejando concreto em obras públicas de Itapeva; aqueloutras da Controladoria-geral da União (CGU) sobre licitações suspeitas em estradas de Ribeirão Branco; a prestação de contas irregular das festas de aniversário da cidade (FAI); aquisição de apostilas pela Secretaria de Educação de duas empresas de Curitiba, cujo histórico tem inúmeras contestações em vários municípios por licitações suspeitas, uma compra milionária que o vereador Roberto Comeron (PMDB) denunciou na Câmara, pedindo uma CEI a fim de abrir a “caixa preta” da Educação. Porém, o vereador esquecera-se de que tinha mudado de patrão, que ele não era mais oposição, e aí, para remediar a situação, ele entregou a “batata quente” para o Ministério Público e a denúncia hoje dorme nos arquivos de aço do MP. Exigência do prefeito, comenta-se.

Agora, o Legislativo. A licitação para a construção do prédio da Câmara ganhou a empresa Rônega, com o preço de R$ 1.481.340,22, valor que subiu astronomicamente com os aditivos, fala-se em cerca de R$ 6 milhões! O Tribunal de Contas apontou graves irregularidades no contrato, mas, até agora, nenhum vereador, representante do povo, questionou o caso. Somente a vereadora Áurea (PV) intentou, no início, apurar a razão da alta astronômica, mas por alguma razão especial desistiu. Lamentável.

O prédio da Câmara era um sonho de marajá do doutor Ulysses, que, após eleito, se empenhou para construir. Mas desde a elaboração do projeto, na presidência do vereador Ulysses, houve suspeita de irregularidades em que se questionava o valor pago (20 mil reais) ao desenhista do projeto (parente do vereador), além de outras questões como as normas da licitação e a idoneidade da empresa ganhadora. Mas o prestígio do doutor Ulysses, o prefeito e a turma do “deixa disso” calaram os mais indignados e tudo foi esquecido.  Ao assumir a Presidência da Câmara, Paulo de La Rua concluiu a obra e o custo foi para as nuvens. Portanto, faz-se necessário que o Presidente da Câmara preste contas, publicamente, dos gastos com o extravagante Palácio Legislativo, para que não pairem suspeitas sobre ele de malversação de dinheiro público.

Atenção. Desde ontem está em vigor a lei federal 12.527/2011, que garante a qualquer cidadão amplo acesso a informações dos poderes públicos, federal, estadual e municipal. Se você desconfia de roubalheira na Prefeitura ou na Câmara, pode pedir documentos a respeito. Pra saber como se faz consulte um vereador, ele explica.

***
Google
online
Google