sexta-feira, setembro 22, 2006

Mais do mesmo, mas não por muito tempo
É prudente não mudar a economia?
Luís Eduardo Assis, em Valor Econômico
"(...)A segunda razão , mais pragmática, é que o julgamento dos eleitores corrobora a impressão de que a economia vai bem, ou seja, se do ponto de vista do governo a política econômica que dá certo é aquela que garante votos, tudo indica que o resultado não poderia ser melhor.

Se não há motivação para mudar, portanto, a indagação passa a ser ligeiramente diferente : é possível não mudar? Seria factível persistir nos próximos anos com uma política econômica com estas mesmas características? A resposta mais prudente, a esta altura, é que provavelmente não.
Do ponto de vista da economia internacional, é importante não perder de vista o fato de que atravessamos nos últimos anos o maior ciclo expansivo das últimas três décadas. A sincronia entre as impressionantes taxas de crescimento da China e a intensa recuperação da economia americana foi especialmente benigna para os países emergentes. Foi este forte crescimento mundial que permitiu que a balança comercial brasileira batesse recordes sucessivos, mesmo no contexto de uma notável apreciação do câmbio, o que propiciou a agradabilíssima combinação entre melhora dos indicadores de solvência externa e queda expressiva da inflação." Leia
Detalhe: o autor é da área bancária; mesmo assim está reclamando do "exagerado diferencial entre a taxa juro interna e externa".
É, quando a esmola é demais, até o santo desconfia!
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