Lula e o jabá eleitoreiro
Roberto Macedo, no Estadão
"A eleição presidencial deste ano tem uma escandalosa, enorme e custosa novidade em matéria de vícios do processo eleitoral, pois nunca “neste país” um candidato usou tanto dinheiro público para cooptar eleitores a votar nele. Refiro-me às práticas do presidente-candidato Lula, ao distribuir benesses claramente programadas e agendadas com esse objetivo." Leia
A quem interessa?
Eliane Cantanhêde, na Folha
Roberto Macedo, no Estadão
"A eleição presidencial deste ano tem uma escandalosa, enorme e custosa novidade em matéria de vícios do processo eleitoral, pois nunca “neste país” um candidato usou tanto dinheiro público para cooptar eleitores a votar nele. Refiro-me às práticas do presidente-candidato Lula, ao distribuir benesses claramente programadas e agendadas com esse objetivo." Leia
A quem interessa?
Eliane Cantanhêde, na Folha
"Recebi centenas de e-mails, vários reclamando de um "complô contra Lula" e perguntando qual o interesse dele e do PT numa lambança contra Serra.Não sei, mas Ibsen Pinheiro talvez saiba. Ele presidia a Câmara durante a CPI do Collor e virou um potencial adversário de Lula na campanha presidencial seguinte, de 1994. Até que um tal Waldomiro Diniz, assessor de Dirceu e Mercadante, chegou às redações das revistas numa sexta-feira à noite (sem tempo de checar nada direito), com uma conta de US$ 1 milhão no nome de Ibsen. Depois se viu que o US$ 1 milhão era US$ 1 mil. Tarde demais. Ibsen foi cassado, a candidatura evaporou. Num salto para 2006: Lula vinha franco favorito para ganhar no primeiro turno, alavancando a campanha do PT nos Estados.
Por que não dar uma forçada de barra em São Paulo, favorecendo Mercadante e encurralando Serra, potencial adversário do PT em 2010?" Leia a íntegra
Pior que república bananeira
Clóvis Rossi, Folha
Clóvis Rossi, Folha
"Só em um país de seriedade zero, como o Brasil, o presidente da República pode continuar a pretender ser inocente quando os seus mais graduados assessores têm contas a prestar à polícia e à Justiça. Com a queda de Ricardo Berzoini, presidente do PT, do cargo de coordenador de campanha, tem-se o seguinte: todos os dois homens que exerceram papel idêntico ou similar nas duas campanhas de Lula caíram por algum tipo de trambique. Antonio Palocci, coordenador do programa de governo na campanha de 2002, por abuso de poder, ao determinar a violação do sigilo bancário de um caseiro. Agora, cai Berzoini, que mentiu uma e outra vez sobre sua participação no ato ("abominável", segundo o presidente) de negociar o dossiê contra os tucanos. Nem Lula, sempre disposto a afagar os seus, mesmo aqueles que cometem crimes, agüentou o tranco e, mais uma vez, livrou-se do inconveniente para tentar não ser mais prejudicado. A queda de Berzoini atinge o terceiro presidente consecutivo do PT, depois de José Dirceu e José Genoino, todos também baleados pela onda de escândalos em que se especializou o lulo-petismo. Fora a cúpula, há todos os demais envolvidos menos notórios, mas não menos próximos do presidente da República (churrasqueiro, segurança, o homem do BB). Depois tem petista que reclama quando o procurador-geral batiza a cúpula do PT de "organização criminosa". É pouco, conforme se vê dia após dia. Como se não bastasse, cai também um assessor de Aloizio Mercadante (que, não surpreendentemente, diz que de nada sabia).
Prova definitiva e cabal que meter a mão em matéria fecal tornou-se hábito disseminado por todos os cantos e correntes do PT.
Nem em república bananeira se vê mais uma história tão sórdida, tão baixa."
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