sábado, agosto 17, 2013

COLUNA DO SPC NO JORNAL A GAZETA

Sebastião Pereira da Costa



                                      A sua religião vai bem?   
Os números do Censo refletem a diversidade cultural e religiosa da Capital paulista; os espíritas formam o quarto grupo religioso (530 mil pessoas); religiões tradicionais, como o budismo (66,5 mil), umbanda (51 mil), judaísmo (43 mil) e o islamismo (8 mil). O que chama a atenção é o número de ateus (70 mil) e agnósticos (21 mil; agnóstico equivale a ateu, no conceito religioso). Existe uma verdadeira guerra mercadológica entre às centenas de denominações religiosas, os canais de televisão estão com seus horários noturnos totalmente tomados por pastores até de madrugada.
Além disso, existem milhares de igrejas e templos espalhados por todo o País pregando o Evangelho, falando de Deus e Jesus, há tanto pedido de ajuda que Pai e Filho não fazem outra coisa na vida a não ser atender pedidos de devotos. A bíblia virou best´seller, cuja leitura fora proibida, durante séculos, pela Igreja Católica.
                                               Infidelidade religiosa
O antropólogo Ronaldo de Almeida, da Unicamp e do Cebrap afirma: "Há uma diversificação e uma maior infidelidade a uma religião específica. O sujeito se identifica como evangélico, mas molda sua experiência religiosa de acordo com sua preferência; quando ele quer ouvir louvores com mais música, vai a uma igreja, quando quer cura, vai a outra, quando busca mensagem espiritual mais forte, busca outras." A antropóloga Diana Nogueira, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, compara essas pessoas àquelas que querem perder peso e vão migrando de médico em médico. "A religião não resolve os muitos desafios que uma vida de periferia urbana lhes impõe, por isso, essas pessoas vão de igreja em igreja, buscando suas próprias soluções", diz Diana.
                                               Igrejas a la carte
Além das igrejas conhecidas, surgiram outras voltadas a públicos específicos, como a Crash Church Underground Ministry – que atrai roqueiros adeptos do trash metal em seu templo no Ipiranga –, ou a Igreja da Comunidade Metropolitana, em Santa Cecília, voltada para o público homossexual. Tem religião pra todo uso e gosto.
“O crescimento das pequenas igrejas evangélicas é visível, são as chamadas comunidades e seus fundadores são pastores que já pertenceram a igrejas evangélicas maiores", registra o vereador evangélico Carlos Apolinário. Em levantamento feito em 2008, a equipe do vereador registrou mais de 18 mil templos evangélicos em São Paulo, a maioria nas zonas leste e sul. Ele estima que outros 2 mil tenham sido criados desde então; para se ter ideia do avanço pentecostal e queda do catolicismo, o total de paróquias católicas não chega a 500 na capital paulista (papa Francisco quer, e pode, reverter esse quadro). Outros dados do Censo chamam a atenção: a Assembleia de Deus teve um aumento de fiéis de 36% na Capital – menor que o da média nacional 46%; já os evangélicos de missão – grupo que inclui batistas, luteranos, presbiterianos, metodistas e adventistas – tiveram uma queda de 13% em São Paulo e aumento de 11% no País. Entre as pentecostais, o destaque vai para a perda acentuada de fiéis em São Paulo da Congregação Cristã (27%) e da Igreja Universal (37%), enquanto no País o rebanho de cada uma encolheu 10%.
Com milhares de igrejas por toda parte, ainda querem religião nas escolas, dizem que a falta de religião é que induz as pessoas ao vício das drogas, à violência, à corrupção política etc. Balela, sem Educação adequada, não há religião que dê jeito.


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