sábado, junho 08, 2013

COLUNA DO SPC NO JORNAL A GAZETA

 Itapeva velha, inchada e lerda
            Comparando-se nossa querida Itapeva com uma pessoa pode-se dizer que ela, além de velha, está inchada, pesada e lerda. Claro que nem toda pessoa idosa apresenta esses sinais da senectude, mas é senso comum que a idade, muitas vezes, atrapalha. Levando essa analogia da senilidade para o terreno político-administrativo, pode-se afirmar, com certeza, que nossa cidade, infelizmente, apresenta vários sintomas senis.
            Convenhamos que 244 anos de idade seja tempo bastante para Itapeva ter se desenvolvido, modernizado e equipara-se às suas irmãs mais ricas de outras regiões paulistas. Por que isso não aconteceu? Não aconteceu devido a uma conjunção de fatores negativos, dentre o quais alguns dá pra se ver a olho nu: a cidade está inchada, a prefeitura abriga o maior contingente de funcionários da região, cerca de 4.500, a maioria mal aproveitada por falta de planejamento e supervisão; está inchada, porque tem vereadores demais (15), secretarias demais (15); além disso, prefeito, vereadores e secretários têm os maiores salários da região; (para comparar): o prefeito de São Paulo ganha 23 mil reais, o de Itapeva 21mil, o vice 7 mil; vereadores e secretários ganham 7.000 reais (fora mordomias). Itapetininga, cidade vizinha, com quase o dobro da população (145 mil habitantes), o prefeito ganha R$ 13.583,00, o vice R$ 4.220,00, vereador R$ 4.206,00, secretário R$ 6.175,00. Itapeva está inchada ou não está?
            Vemos que Itapeva está pesada para caminhar, pois além dos altos salários tem uma máquina burocrática hipertrofiada, com excesso de funcionários, está lerda e frouxa, haja vista quantas obras públicas paradas, outras pela metade; obras que vêm se arrastando como tartaruga há dois, três anos, ou mais. Além de faltar projetos para a cidade, faltam empresas, empregos, Itapeva já foi maior e regrediu. Por quê?
            Os vereadores não estão nem aí com nada, porque estão ganhando bem, vivendo bem, pra que mexer com o que está tão bom? A esperança é que o prefeito Zé Roberto mude a estrutura arcaica da administração; o seu antecessor passou batido, quase não foi criticado, era tido como grande administrador, líder político inconteste, que elegeria até um poste como sucessor, balelas que vereadores e a patuleia bajuladora endossavam.
            Este escriba crepuscular foi o único a não participar desse coral de puxa-sacos.                                                   Obras paradas e abandonadas
            Rol de obras paradas ou sem uso: restaurante popular, obra que levou cerca de 3 anos para ser concluída, qualquer construtor faria em 4 meses, está pronta e esquecida; Córrego do Aranha, além de abandonado e incompleto, a parte reconstruída precisa de reformas; Mirante Debret (elefante branco do Davi) incompleto e abandonado; reforma do Pilão D´água, após dois anos de iniciada está abandonada; dois conjuntos de casas populares, um quase parando e o do Jardim Bela Vista ainda está no papel; loteamento popular dorme na gaveta; Teatro Municipal, projeto aprovado e pago está na gaveta; reformas da Casa da Cultura e do Centro Comunitário da Vila Aparecida se arrastam há três anos, sem previsão de uso. Essas obras são heranças da “grande” administração Luiz Cavani. E, agora? Será que a nova Administração vai dar conta de terminar essas obras e inaugurá-las? Há pessimistas dizendo por aí que não; dizem que, pelo andar da carruagem, as coisas em Itapeva só vão piorar. Sai pra lá urucubaca. Crendiospadre!

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