COLUNA DO SPC, NO JORNAL A GAZETA
Queda de braço: Tarzan X Cavani?
Até
a prévia do PSDB, não pretendia fazer comentários sobre a sucessão
municipal, para não colocar mais lenha na fogueira, cujas labaredas
ameaçam incendiar o circo todo. Mas não resisti, não podia deixar passar
em branco a surra política que o presidente vitalício, e principal
líder o partido, vereador Paulo Roberto Tarzan dos Santos, vem dando no
prefeito Luiz Cavani (PSDB). Por inapetência, ou incapacidade política, o
prefeito dormiu de touca, achou que era o rei da cocada preta, que ia
dar as cartas do jogo sucessório, todo mundo falando dele como eleitor
inconteste do próximo prefeito, mas enganou-se, pois não contava com a
habilidade de articulação de seu principal desafeto político, deixando o
tucaninho mais infiel do país tomar as rédeas do processo político de
Itapeva, impondo-lhe o seu candidato.
Hoje não há conversa política sem se falar do Tarzanzinho, o nosso maquiavel
de proveta, e sempre como dilema para o presunçoso prefeito, que ficou
na rabeira do processo por incúria, só restando-lhe, agora, a caneta e a
boa avaliação, como moedas de trocas políticas, mas que precisa saber
usar, senão, é furo n´água, há exemplos históricos disso. Com sua
notória inabilidade política, será que doutor Luiz saberá usá-las? Há
quem duvide. Se ele não se preocupou, durante sete anos, em preparar seu
sucessor, difícil agora, às vésperas das eleições, querer criar um
candidato biônico a seu gosto. Mais sensato, portanto, é jogar o jogo e
tentar vencer o Tarzan e seus asseclas.
Tempos
atrás acreditava-se que o prefeito dominava a situação política, ledo
engano, estava tão perdido como agora. Aliás, em matéria de simular ele é
campeão.
Há
quem diga que o alcaide tem “carta na manga”, se tiver é hora de jogar,
porque, senão, à sua revelia, Paulo de La Rua (o ungido do Tarzan) será
o candidato tucano para as próximas eleições, visto que, segundo
prognósticos mais modestos, ele ganhará a prévia com mais de 80% dos
votos. Depois das prévias, diante de uma situação de fato, fica mais
difícil os acordos para se chegar ao consenso em torno de um nome. Agora
é o momento de o prefeito intervir no processo, com sua propalada força
política, deixando claro quem é o seu candidato, doa a quem doer. Isso,
sim, é liderança. Como fez o Tarzan, apontando o Paulinho: “este é o
meu candidato”, por isso, tem que se tirar o chapéu para o filho do
saudoso Joaquim dos Santos, meu amigo, aliás, homem sensível e de
notável inteligência, cujos genes ele passou para seus descendentes.
Duvido
que alguém demova o vereador Tarzan de seu empenho em emplacar o seu
candidato à sucessão tucana. Ele tem dívidas antigas a resgatar com
Paulo de La Rua, pelas tantas vezes que “deu o chapéu” no amigo e
ex-patrão. Em meus artigos na falecida Folha do Sul, registrei
todas as traições do sagaz tucaninho, contra seu mui amigo e criador,
pois foi o espanholzinho quem lançou o Tarzan, seu melhor balconista, na
política. E nessa de “dar o chapéu” em companheiros de partido o
vereador Tarzan tem muito em comum com o prefeito Cavani, os dois são
“traíras” natos; nas eleições, os dois trabalham, na maior
tranquilidade, para candidatos de outros partidos.
Em
2000, Tarzan não apoiou a chapa do tucano Paulo de La Rua/Roberto
Comeron (PFL); o partido estava sob intervenção de Roberto Tamura (que
fechou os olhos para não ver a traição), justamente porque o Tarzan não
queria o Paulinho candidato para poder apoiar Wilmar Mattos,
atribuindo-se o fato de o Paulinho, à época, estar aliado à ex-deputada
Terezinha de Jesus. Mero pretexto. Paulinho perdeu por pequena diferença
(3%), o que leva a supor que o Tarzan ajudou a derrotar o “amigo”.
Já
nas eleições de 2004, o Tarzan deu uma banana para o PSDB e apoiou Luiz
Cavani (PT), lançando pelo partido um candidato “laranja”, Paulo
Daudone (hoje eficiente funcionário da Prefeitura) para poder compor a
chapa de vereadores. Por isso que se diz: o PSDB é igual mulher de zona,
não tem dono, gosta de apanhar e não liga de ser traído; o Tarzanzinho
sabe disso e aproveita. E doutor Luiz também. Oremos.
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