COLUNA DO SPC, NO ITA NEWS


Cutucando

“Minha maior obra...”

Há uma assertiva antiga de que uma mentira repetida muitas vezes acaba virando “verdade”, até quem a usa passa a acreditar nela. Ditadores do século passado de modo geral foram useiros e vezeiros em usar esse expediente da época pré- marketing.

Na campanha o prefeito Cavani tanto usou a expressão “minha maior obra é cuidar das pessoas”, que acabou acreditando que era verdade. Hoje o prefeito e seus secretários acham que gastam tanto tempo “cuidando” das pessoas, que não têm tempo para cuidar da cidade, cujas ruas é uma constelação de buracos, sujeira e mato. Dizem que até o asfalto usado pelo prefeito, pago com recursos de emendas parlamentares, é o mesmo asfalto cuja fórmula foi criada por um engenheiro tido como “peixinho” dos ex-prefeitos Guilherme e Armandinho, que ficou Secretário de Obras por mais de 10 anos!! As ruas pavimentadas com esse asfalto “pra inglês ver” do ex-secretário, feito à base de areia, cimento, água e pó de pneu, ficam bonitas, lisinhas, mas esfarela como pão velho, não aguenta chuva nem xixi se algum cidadão se desapertar na rua. Uma barbaridade!

A festança acabou, mas...

Depois de dez dias de FAI em que a Prefeitura pagou uma montanha de dinheiro para o Macarrone e sua equipe levarem embora, o que ficou de proveito dessa festa para a população? Nada. Até os mantimentos para instituições de caridade com o esdrúxulo pretexto de que o ingresso era gratuito sumiu! Os vereadores Comeron e Áurea querem saber aonde foram parar as toneladas de mantimentos. O cidadão, contente por entrar de “graça”, dava o quilo de mantimento e na hora de comer e beber caía na realidade de que o barato saía caro pra burro: a única marca de cerveja (ruim pacas) custava R$ 3,50 a latinha; o preço dos lanches era ainda mais escorchante, estacionamento e camarotes de arrancar o couro do infeliz. Mesmo que a entrada não custasse nada e o Macarrone tivesse até de fretar ônibus para levar o povo de graça ao rodeio, mesmo assim ele teria um lucro fabuloso. Outro que encheu o baú de dinheiro com a FAI foi o Secretário de Esportes, fornecedor exclusivo da tal cerveja. Se mais gente tirou proveito financeiro “por fora” da festa, isso ainda vai ser apurado. Há quem aposte que sim.

Se alguém foi ingênuo de pensar que os 700 mil reais que a Câmara aprovou para o prefeito gastar na festa foram suficientes, enganou-se. Estranho é que se forem somados os 700 mil mais as contribuições “voluntárias” dos patrocinadores e se fizer um balanço do que foi gasto com duplas musicais, peões, luz, água, pedras etc. vai ver que a conta não bate. Mas vamos aguardar a prestação de contas do secretário Adelço.

O bom nessa história é que se o prefeito tem dinheiro sobrando para esbanjar em festa isso quer dizer que podemos ter muita coisa boa pela frente. Sejamos otimistas.

Partido mui unido...

A festiva de confraternização do PTB local contou com a presença de petebistas de várias cidades da região, dos deputados Campos Machado, Faria de Sá e do senador Romeu Tuma. O prefeito Cavani chegou pegando na mão de todo mundo com simpatia de fazer inveja aos anfitriões Wilmar e Véio. Era a inauguração da sede regional do partido, criada com o fim de unir os petebistas locais e da região. Ouviu-se muito discurso, muita crítica a gestões anteriores, mas nenhuma proposta ou projeto que interessasse à Itapeva e região, mas como era festa, tudo bem, ficou para outra vez.

Após a reunião todos foram pra casa, os deputados voltaram pra Capital, mas o senador Tuma estava morrendo de fome e ficou para jantar numa churrascaria do centro a convite do vereador Osiel. E, aí, ocorreu o estranho episódio em que a falta de cortesia do ex-prefeito Wilmar jogou por terra todo o lero-lero de união e companheirismo entre os petebistas, que tanto se falou no conclave cheio de oba-oba. O senador Tuma sentou-se à mesa com Osiel e o ex-prefeito Wilmar chegou e se sentou em outra!! Ora, por mais que o Wilmar não vá com a cara do senador, convenhamos que foi um tremendo fiasco não lhe fazer companhia na mesa, afinal, o senador era visitante ilustre e merecia toda consideração e respeito do “companheiro” anfitrião. “União” no PTB é isso?