CEI ouve depoimento de Maria de Lourdes, procuradora de gráficas

Por Madalena Ferreira

Publicado em 10 de março de 2009

A depoente Maria de Lourdes

Ainda na manhã desta terça-feira, 10, a Comissão Especial de Inquérito - CEI que está apurando possíveis irregularidades nos serviços gráficos que foram contratados no ano passado pela municipalidade, ouviu um segundo depoimento da senhora Maria de Lourdes Luz Araújo autônoma no serviço de publicidade.

A Presidente da Comissão, vereadora Áurea Aparecida Rosa perguntou à senhora Maria de Lourdes se ela tinha conhecimento da noticia veiculada no jornal Ita News, edição do dia 16-01-09 sobre a denúncia de serviços de gráfica, a depoente respondeu que sim.

Em relação ao empenho 12254 e nota fiscal 4284 de 24-07-08, no de valor R$ 4.000,50 a senhora Maria de Lourdes informou que reconhece a nota fiscal e que foi orientada pelo senhor Jéferson para que fosse até a gráfica O Meridional a fim de retirar a referida nota. Mesmo não entendendo foi até a gráfica do senhor José Bueno para elaborar a nota fiscal, sendo que no dia seguinte o senhor Jéferson solicitou que o senhor José Bueno assinasse uma procuração para ela.

Ainda em seu depoimento acrescenta que não tem certeza se estes materiais foram confeccionados em alguma gráfica, e que sua função era receber notas na prefeitura. Após o recebimento dos referidos cheques, entregava à senhora Viviane e ao senhor Jéferson. A depoente informou que trabalhou por cerca de 1 ano e 3 meses para o senhor Jéferson e que estava sem o registro de trabalho. Relatou ainda que no inicio a empresa estava em nome de Alexssandro José da Silva, que é irmão do senhor Jéferson.

Afirmou Maria de Lourdes que recebeu uma única vez por procuração a nota emitida pela gráfica do senhor José Bueno. Também que recebeu com procuração na prefeitura municipal serviços de jornal, procuração esta fornecida pelo senhor Alexssandro. Assegurou que nunca entregou material político a nenhuma pessoa, e que a nota fiscal nº 4284 onde consta recebimento de serviços pelo senhor prefeito, a mesma informa que esta nota foi o senhor Jéferson que levou até a prefeitura.

Relatou que viu sendo confeccionados "santinhos" para campanha política no mês de setembro de 2008 e sabe que o senhor Luciano Oller era quem autorizava os serviços na gráfica. Disse ainda a depoente que ouviu dizer que alguns serviços eram confeccionados na gráfica Pratika, e que sabe que havia uma sociedade entre o senhor Jéferson e o proprietário da gráfica Pratika, e que houve um desentendimento entre as partes.

Posteriormente o senhor Jéferson procurou o senhor José Bueno para uma nova parceria. A mesma relata que o senhor Jéferson tinha conhecimento antecipado dos serviços a serem executados pela prefeitura municipal, inclusive as notas fiscais eram emitidas antes do empenho e antes da entrega dos serviços, e que o senhor Jéferson tinha livre acesso na prefeitura para resolver os casos de sua empresa.

Acrescentou em seu depoimento que no período eleitoral da campanha para prefeito o senhor Jéferson costumava permanecer o dia todo na gráfica, pois era ele quem coordenava os serviços de confecção de "santinhos".