quarta-feira, junho 13, 2007

Uma série de esparadrapos
Vinícius Torres Freire, Folha de S. Paulo
É MELHOR reduzir impostos e juros do que aumentar o imposto de importação de produtos das indústrias atingidas pelo câmbio, decerto. Mas um esparadrapo é um esparadrapo é um esparadrapo, diria Gertrude Stein se reencarnasse como economista. O governo anunciou mais uma baciada de medidas do pinga-pinga em série de auxílios setoriais. Para começar, tais medidas aumentam a confusão da multiplicidade de regimes de cobranças de impostos, que desorientam a alocação de capital, as decisões de investimento. Para continuar, tais medidas são o reconhecimento de que juros e impostos são altos e de que muitos setores da economia não têm acesso ao mercado financeiro, por serem pequenos, primitivos e por ser o mercado financeiro falho e caro. Por fim, o pacote é outro sinal de que não há um entendimento geral e organizado do que deve ser o incentivo oficial à indústria. Trata-se de um reconhecimento de problemas sem que questões de fundo sejam enfrentadas a médio e longo prazos.
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