quarta-feira, junho 13, 2007

FRACASSO DA REFORMA AGRÁRIA
Em conversa com jornalistas, Stédile reconheceu que o modelo de reforma agrária "resultado de 20 anos de lutas" fracassou. Ele comparou os assentamentos a um "quadrado burro" e disse que a maior parte foi feita na Amazônia Legal, contribuindo para o desmatamento.
O novo modelo, que está sendo discutido no congresso, prevê agrovilas próximas de centros urbanos para escoar a produção. "Tem de ser combinado com pequenas agroindústrias para se tornar sustentável."
MAS CONTINUA EM PÉ O PROJETO DE REVOLUÇÃO
Segundo o líder, o MST acumula forças e espera o momento em que o povo brasileiro volte a se mobilizar. "Estamos num momento de descenso do movimento de massa, mas um dia vai haver uma reação." Stédile traçou um quadro propício para a mobilização popular, mas acusou o governo Lula de "abafar" os efeitos da crise. "No meio do povo, a crise está sendo maquiada com o programa Bolsa Família."
Depois de analisar os momentos de crise e de mobilização vividos pelo País nas últimas décadas, concluiu que o momento é de acumular forças. "Mobilização sem crise econômica é muito difícil." No mesmo evento, o 5º Congresso Nacional do MST em Brasília, o dirigente nacional Gilmar Mauro disse que o movimento vai construir um novo ciclo "que ajudará que tenha uma revolução no Brasil".
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Há 50 anos, 40 anos, ainda a reforma agrária (distribuição de pequenos lotes) fazia sentido. Quem tivesse terra e disposição para trabalhar, vivia relativamente bem, alguns até prosperaram. As ferramentas, rudimentares, eram baratas.
E agora? Agora mudou tudo. Com o trator, a tecnologia, é preciso ter áreas maiores, ter escala, para o lucro aparecer. Não dá para ficar trocando alho por cebola em áreas pequenas, é inviável.
A cúpula do MST sabe disso. Mas o negócio deles é bem outro.

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