A FARRA [DA DOAÇÃO] DE TERRENOS PÚBLICOS
Como se sabe, República, no Brasil, ainda está para acontecer (já são 3 séculos de atraso!). O Poder Executivo se sobrepõe aos demais (a independência entre os poderes foi bolada para que um poder possa controlar/fiscalizar o outro, ou seja, para prevenir abusos e tiranias, para otimizar a administração pública).
Como se sabe, República, no Brasil, ainda está para acontecer (já são 3 séculos de atraso!). O Poder Executivo se sobrepõe aos demais (a independência entre os poderes foi bolada para que um poder possa controlar/fiscalizar o outro, ou seja, para prevenir abusos e tiranias, para otimizar a administração pública).
Para sobrepor-se, o Executivo recorre à distribuição de recursos públicos por critérios eleitoreiros. E para esconder da opinião pública, o troca-troca e outras coisitas são guardados em segredo (quem consegue, sem transparência, saber o que se passa nas prefeituras e governos?)
A coluna do SPC, na Folha do Sul, traz uma denúncia com alguns dos ingredientes acima:
"Após solicitar em vão a dois secretários municipais a lista de doação de terrenos dos últimos anos, fui socorrido pela vereadora Áurea que conseguiu levantar alguns projetos para, pelo menos, ilustrar minha denúncia (eta palavrinha ruim) contra o abuso que se comete ao se fazer festa com chapéu alheio.
Com o risco de cometer injustiça selecionei dois casos gritantes de concessão de terreno,outros existem certamente, mas seria necessário mais tempo de pesquisa e mais espaço para demonstrar os absurdos que se cometem por aqui.
O primeiro caso é inacreditável: 33 mil (trinta e três mil) metros quadrados de terreno, no Jardim Virgínea, doados para o Sindicato do Comércio (!!) na gestão do ex-prefeito Wilmar Mattos e sua Câmara de 19 vereadores. Que projeto espetacular o sindicato apresentou para conseguir quase 1,5 alqueires de terra de mão beijada? Sabe-se que sindicatos são privilegiados, ricos, pois recebem grandes somas de dinheiro do governo federal, graças ao Imposto Sindical e outros benefícios criados por pressão de sindicalistas das Centrais Sindicais, verdadeiros monumentos de poder político e econômico. Pra quê dar terreno pra sindicato?
Outro caso de espantar é a concessão do terreno do Matadouro na vila Bom Jesus, são 18.045,262 m2. cedidos pessoalmente pelo prefeito Cavani. Será que ele sucumbiu ao irresistível charme da "pastora" Hilda? Posteriormente, para legalizar o presentão do prefeito,a Câmara aprovou seu projeto de doação para uma associação beneficente da Igreja Evangélica Filadélfia,e a "pastora" agradeceu "em nome de Jesus" no discurso na Tribuna Popular. Esse terreno devia ser preservado para a construção de Centro Comunitário, creche ou escola, foi um desperdício.
Já disse aqui, se jogar pedra na cruz rendesse votos precisava de uma pedreira para tantos vereadores. (Este último presente não contou com os votos dos vereadores Paulo de la Rua e Áurea Rosa).
A criação de grande parte das associações beneficentes é uma artimanha para contornar a lei de doações de terrenos ou de dinheiro para instituições, há quem diga que muitas delas são verdadeiros caça-níqueis, haja vista como elas proliferam por aí.
Recentemente o Poder Público retomou dois terrenos no bairro São Camilo destinados às igrejas Quadrangular e Assembléia de Deus Madureira, no São Camilo de 2.212,69 m2 e 701,50 m2.
Como se vê, o prefeito e os vereadores confundem terreno público como coisa de ninguém, doam terrenos para igrejas evangélicas que se multiplicam como cogumelos pelos bairros da periferia. O pastor que quiser construir aguarde o ano eleitoral, quando é mamão-com-açúcar ganhar terreno público, apesar de logo Itapeva não ter mais terreno para suas próprias instituições.
É uma vergonha!"
LEIA A ÍNTEGRA NA FOLHA DO SUL
Antigamente, quando a população era majoritariamente rural, os "coronéis" eram os donos de terras (cheias de meeiros), os donos de venda (que vendiam fiado -"fornecimento" - para pagamento na colheita). Os donos de veículos que faziam transporte nas urgências ...
Os coronéis rurais tinham enorme força e prestígio com os políticos. Prestígio, é claro, que vinha dos votos cativos que controlavam, do eficaz desempenho como cabo eleitoral.
Aqui na Pedra Chata não existem mais coronéis rurais à moda antiga (Avelino Nicoletti, na Areia Branca, Faustino Daniel, no Guarizinho, provavelmente foram os últimos).
A coluna do SPC, na Folha do Sul, traz uma denúncia com alguns dos ingredientes acima:
"Após solicitar em vão a dois secretários municipais a lista de doação de terrenos dos últimos anos, fui socorrido pela vereadora Áurea que conseguiu levantar alguns projetos para, pelo menos, ilustrar minha denúncia (eta palavrinha ruim) contra o abuso que se comete ao se fazer festa com chapéu alheio.
Com o risco de cometer injustiça selecionei dois casos gritantes de concessão de terreno,outros existem certamente, mas seria necessário mais tempo de pesquisa e mais espaço para demonstrar os absurdos que se cometem por aqui.
O primeiro caso é inacreditável: 33 mil (trinta e três mil) metros quadrados de terreno, no Jardim Virgínea, doados para o Sindicato do Comércio (!!) na gestão do ex-prefeito Wilmar Mattos e sua Câmara de 19 vereadores. Que projeto espetacular o sindicato apresentou para conseguir quase 1,5 alqueires de terra de mão beijada? Sabe-se que sindicatos são privilegiados, ricos, pois recebem grandes somas de dinheiro do governo federal, graças ao Imposto Sindical e outros benefícios criados por pressão de sindicalistas das Centrais Sindicais, verdadeiros monumentos de poder político e econômico. Pra quê dar terreno pra sindicato?
Outro caso de espantar é a concessão do terreno do Matadouro na vila Bom Jesus, são 18.045,262 m2. cedidos pessoalmente pelo prefeito Cavani. Será que ele sucumbiu ao irresistível charme da "pastora" Hilda? Posteriormente, para legalizar o presentão do prefeito,a Câmara aprovou seu projeto de doação para uma associação beneficente da Igreja Evangélica Filadélfia,e a "pastora" agradeceu "em nome de Jesus" no discurso na Tribuna Popular. Esse terreno devia ser preservado para a construção de Centro Comunitário, creche ou escola, foi um desperdício.
Já disse aqui, se jogar pedra na cruz rendesse votos precisava de uma pedreira para tantos vereadores. (Este último presente não contou com os votos dos vereadores Paulo de la Rua e Áurea Rosa).
A criação de grande parte das associações beneficentes é uma artimanha para contornar a lei de doações de terrenos ou de dinheiro para instituições, há quem diga que muitas delas são verdadeiros caça-níqueis, haja vista como elas proliferam por aí.
Recentemente o Poder Público retomou dois terrenos no bairro São Camilo destinados às igrejas Quadrangular e Assembléia de Deus Madureira, no São Camilo de 2.212,69 m2 e 701,50 m2.
Como se vê, o prefeito e os vereadores confundem terreno público como coisa de ninguém, doam terrenos para igrejas evangélicas que se multiplicam como cogumelos pelos bairros da periferia. O pastor que quiser construir aguarde o ano eleitoral, quando é mamão-com-açúcar ganhar terreno público, apesar de logo Itapeva não ter mais terreno para suas próprias instituições.
É uma vergonha!"
LEIA A ÍNTEGRA NA FOLHA DO SUL
Antigamente, quando a população era majoritariamente rural, os "coronéis" eram os donos de terras (cheias de meeiros), os donos de venda (que vendiam fiado -"fornecimento" - para pagamento na colheita). Os donos de veículos que faziam transporte nas urgências ...
Os coronéis rurais tinham enorme força e prestígio com os políticos. Prestígio, é claro, que vinha dos votos cativos que controlavam, do eficaz desempenho como cabo eleitoral.
Aqui na Pedra Chata não existem mais coronéis rurais à moda antiga (Avelino Nicoletti, na Areia Branca, Faustino Daniel, no Guarizinho, provavelmente foram os últimos).
Não existem por causa do êxodo rural, da modernização da agricultura (tratores etc substituíram os meeiros). Os eleitores da zona rural, agora, são menos de 20 %. Vieram para a cidade, para a periferia. Muitos são volantes, trabalham por dia (bóia-fria), especialmente em colheitas ou em reflorestamento (plantio, corte de madeira, resinagem).
Acabaram-se os "coronéis"?
Não. Pelo visto, aumentaram. Agora os coronéis são urbanos, atuam na periferia (religião, caridade, encaminhamentos, sindicatos...). Prova do prestígio: são cadastrados pelas máquinas partidárias locais como "lideranças" (disputadíssimas nas eleições!).
Alguns pastores têm se destacado como novos coronéis. Porque controlam votos, são paparicados pelos políticos.
E como são!
Acabaram-se os "coronéis"?
Não. Pelo visto, aumentaram. Agora os coronéis são urbanos, atuam na periferia (religião, caridade, encaminhamentos, sindicatos...). Prova do prestígio: são cadastrados pelas máquinas partidárias locais como "lideranças" (disputadíssimas nas eleições!).
Alguns pastores têm se destacado como novos coronéis. Porque controlam votos, são paparicados pelos políticos.
E como são!
Marcadores: Ciência Política República faz-de-conta, Itapeva Prefeitura, Religião
2 Comments:
Ola a todos, tambem não sou a favor da Prefeitura fazer doação de terrenos para Igrejas Evangelicas, e muito menos "alguns Pastores" Ficarem "mendingando Terrenos" atráz destes Políticos, que com Promessas de Terrenos só se Aproveitam da Ingenuidade de Alguns Pastores, e depois que ganham lá suas cadeiras como Vereadores e prefeitos esquecem das promessas feitas aos Evangelicos.
Os Evangélicos servem a um Deus todo poderoso que Supri todas as nossas Necessidades, e dá Condições para que Possamos comprar Terrenos para Construir nossos Templos Evangelicos.
Bom ja que pergurtar não Ofende,... os Terrenos das Igrejas Católicas de Itapeva, todos Foram Comprados por Seus Padres???ou Foram Doados pela Prefeitura de ITapeva????
Gostaria De saber sobre esta Informação e aguardo uma resposta Neste Blog,para que possamos ver os dois Lados da Moeda, e não somente Achar que os Evangelicos Ficam Atraz de Doações de Politicos.
Edson J.A.Santos, ITapeva
OS TERRENOS DAS IGREJAS CATÓLICAS já eram dela antes da cidade existir, caro Edson. Se vc tiver um mínimo de interesse pela história, saiba que no caso ANTES ERA A IGREJA e depois sobre as terras delas se edificavam as cidades. É porque sua igreja tem lá uns 20 anos e não dá pra saber disso, mas a VERDADE é: coorer atrás de terrenos com promessa de agrado eleitoral pode acontecer em qualquer igreja, mas o fato é quase 100% das ações judciais no Brasil são contra o conluio de Prefeitos/Vereadores oportunistas e igrejas protestantes levianas ou ingênuas ( o que duvido).
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