"Spread" bancário sobe, apesar de juro menor
Guilherme Barros, na Folha
"Apesar da queda da Selic e das medidas do governo para incentivar a concorrência bancária, os "spreads" continuam em alta. De janeiro a setembro, o "spread" médio no país ficou em 28,8%, enquanto no mesmo período de 2005 estava em 28,2% e, em 2004, em 28,3%.
"Spread" é a diferença entre o juro pago pelos bancos para captar dinheiro no mercado e as taxas cobradas nos empréstimos a clientes. Serve para cobrir custos -gasto com impostos, despesas administrativas, pagamento de funcionários-, além de ajudar a compor o lucro das instituições financeiras." LEIA MAIS
É brincadeira o modo como tratam desse assunto. A verdade verdadeira é que o spread é alto porque o governo quer que seja assim. Objetivo: segurar a economia, segurar o crescimento. Para segurar a inflação!
1-O soma dos empréstimos bancários no Brasil é de apenas 33 % do PIB (contra 150 % ou mais em outros países);
2-O grosso dos depósitos bancários é repassado para o governo - na forma de depósito compulsório(53%, sendo 45 % com juro zero!) ou através da compra de títulos da dívida pública;
3-Como o governo gasta mais do que arrecada, precisa de dinheiro para cobrir o rombo e rolar a dívida pública; o governo é o grande tomador de dinheiro;
4-Como sobra pouco dinheiro para os bancos emprestarem para as firmas e particulares, o juro é alto; e tome tarifa para "complementar" o lucro dos bancos!
5-É evidente que a distorção só será resolvida quando o governo parar de sugar quase todo o dinheiro dos poupadores. Aí vai sobrar dinheiro para os bancos emprestarem. Aí os juros abaixam (oferta e procura). Aí os investidores emprestam para investir mais. Aí os consumidores emprestam para consumir mais (casas, carros etc).
Aí a economia cresce. Aí o País cria empregos!
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