A DIFICULDADE DAS EMPRESAS EM INOVAR E INVESTIR PARA COMPETIR COM CHINA...

"As empresas não têm o retorno que precisam e merecem"

Os empresários sabem que precisam inovar e investir para competir. Mas têm medo de investir e ficar com dívidas em caso de mudança na política econômica. Não se sentem seguros. E com razão. Por exemplo, o dólar sobe e desce levando consigo a rentabilidade das empresas.

No momento, o consumo cresce cerca de 6 %. Maravilha! E a produção? Cerca de 3 %. Por que os empresários não estão produzindo mais para ganhar mais dinheiro? Ora, porque seus produtos não estão conseguindo competir com produtos importados, que chegam aqui mais barato, por causa do dólar baixo.

Ou seja, o aumento do consumo no Brasil está criando emprego lá fora!

Leia trechos da entrevista dada ao Estadão (Cleide Silva) por Glauco Arbix, que foi presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) por quase todo o primeiro mandato do presidente Lula.

"O que emperra a inovação tecnológica no Brasil?

São vários obstáculos. O principal deles é que temos uma sociedade que não consegue premiar os inovadores, não oferece o retorno que as empresas precisam e merecem ter.

Como isso se expressa na indústria?

Se expressa pelo alto custo do investimento. As empresas, para inovar, têm de se financiar de maneira pesada. E sempre fica a dúvida: se não inovar e não pegar financiamento, de repente é possível sobreviver mais um ou dois anos fazendo um produto de pior qualidade, não tão inovador, mas com margem maior. Isso é trágico." ÍNTEGRA

Tem gente no Brasil que ainda pensa que riqueza é pecado ("mais fácil um camelo passar...") . Que pensa que produção ainda é coisa de burguês explorador. Que o atual capitalismo é o mesmo da época de Marx. Que é possível produzir fora da empresa (grande, pequena, de um ou vários donos, como for). Que crescimento, por si, concentra renda.

Se conhecessem minha Turiba hoje e nos anos 50-60 iriam verificar que todas os moradores de hoje (cerca de 100, tanto hoje como antes) contam com água tratada, privada ligada a esgoto, luz elétrica, posto de saúde, escola de 2° grau, etc. Benefícios que nem o maior fazendeiro de muita terra, gado e algodão tinha naquela época do banho de rio ou bacia, do querosene, da privada sobre buraco.