Breve guia a espetáculos de crescimento
José Eli da Veiga, Valor Econômico
"É bom lembrar, entretanto, que o crescimento intensivo, com aumento do produto per capita, já vinha ocorrendo em várias partes do mundo há mais de um século. E que dez milênios antes seu embrião já se tornara o fator mais decisivo do desenvolvimento das sociedades humanas, com o advento da produção de alimentos, no contexto da revolução neolítica, radical ruptura com o padrão de vida dos cem milênios anteriores. Ou seja, até a segunda revolução econômica da história da humanidade, com casamento da ciência com a tecnologia, por mais de dez mil anos, o crescimento foi muito mais extensivo que intensivo, pois o produto raramente superava o aumento populacional. Foram mais documentadas justamente algumas poucas fases de crescimento intensivo, alicerces do que se convencionou chamar de civilizações.
É preciso ter presente que, não podendo mais contar com atroz exploração predatória de recursos naturais e humanos, o PIB brasileiro só voltará a aumentar com firmeza quando surgirem os efeitos de imprescindíveis investimentos em inovação, umbilicalmente dependentes de avanços na educação científica e dos demais coringas intangíveis que têm sido chamados de capital humano e capital social." VALE A PENA LER MAIS
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