ECONOMIA ELEITOREIRA
Veja só o título da notícia quentinha: "O rendimento do trabalhador brasileiro teve no ano passado o primeiro aumento real desde 1996."
Aos números: "A remuneração média mensal dos trabalhadores a partir de 10 anos de idade alcançou 805 reais no ano passado, alta de 4,6 por cento sobre os 770 reais de 2004."
Atente para a ressalva: "Ainda assim, a renda está 15,1 por cento abaixo da registrada em 1996, "ano em que alcançou seu ponto máximo desde o início da década de 1990".
Segundo o IBGE, a melhora de 2004 para 2005 deveu-se à desaceleração da inflação e ao aumento do salário mínimo.
DESACELERAÇÃO DA INFLAÇÃO causada pela baixa do dólar, que barateou a cesta básica uma barbaridade e está quebrando a agricultura!
O dólar baixo trava a economia, porque os produtos estrangeiros ficam mais baratos que os produzidos aqui. Se o dólar continuar baixo, vai quebrar mais ainda a produção agrícola e industrial - e os empregos!
Essa jogada já foi feita no primeiro mandato de FHC. Na época havia uma justificativa: combate à inflação galopante (âncora cambial, lembra-se?).
E agora? Qual é a justificativa para travar a economia que não cresce e não gera empregos suficientes há mais de 20 anos, senão a reeleição?
A estratégia é simples: somar aos votos dos petistas históricos (30 %) os votos dos pobres coitados dependentes da Bolsa Família e de produtos agrícolas barateados artificialmente por canetada na macroeconomia.
Emprego emancipador que é bom e dá dignidade, deixe pra lá...
Marcadores: Economia renda
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