LEVANDO A BRECA
Faz tempo que o Banco Central do Brasil pratica a mais alta taxa de juro real do mundo. Conseqüência: rentistas (inclusive estrangeiros) e bancos recebem montante de juro real (lucro livrinho!) do governo equivalente a 20 vezes o valor da Bolsa Família.
É evidente que os bancos estão ganhando um presentão do governo: "Lucro de bancos sobe 43% até junho e atinge R$ 22,2 bi(leia aqui)."
Faz tempo que o Banco Central do Brasil pratica a mais alta taxa de juro real do mundo. Conseqüência: rentistas (inclusive estrangeiros) e bancos recebem montante de juro real (lucro livrinho!) do governo equivalente a 20 vezes o valor da Bolsa Família.
É evidente que os bancos estão ganhando um presentão do governo: "Lucro de bancos sobe 43% até junho e atinge R$ 22,2 bi(leia aqui)."
No entanto, há ingênuos que criticam os bancos por isso, quando deveriam saber que a culpa é da política econômica do governo, é o governo que faz as normas para os bancos seguirem direitinho.
Seguinte: o governo, muito gastador, não se contenta com os impostos crescentes e ainda pega quase todo o dinheiro depositado nos bancos (algo em torno de 80%, considerando os empréstimos obrigatórios como o destinado à agricultura, à construção de casas etc) e permite que os bancos, em compensação, façam a festa com o restante (20%).
Como se sabe, a função dos bancos é fazer a intermediação financeira. Captar dinheiro onde sobra e emprestar para quem precisa, para quem quer expandir a empresa, para os jovens que estão começando a vida, para a construção de casas etc.
Como se sabe, a função dos bancos é fazer a intermediação financeira. Captar dinheiro onde sobra e emprestar para quem precisa, para quem quer expandir a empresa, para os jovens que estão começando a vida, para a construção de casas etc.
Nos países adiantados, a economia é empurrada com empréstimos que chegam a 150%, a 180 % do PIB (soma dos produtos). No Brasil, a soma dos empréstimos mal passa de 30 % do PIB, castrando a oportunidade de novos negócios, de investimentos que fariam a economia crescer.
No Brasil, só os ricos, que tem capital próprio (ou da família), investem. Os pobres não conseguem empréstimos com juros compatíveis para empreender. Entendeu a importância social da intermediação financeira? Sem empréstimo, os ricos continuam mais ricos, os pobres continuam pobres. A mobilidade social fica prejudicada, desperdiçando talentos.
É evidente que quem mais sofre com isso são os jovens, especialmente os pobres: sem experiência para trabalhar, sem capital para montar negócio próprio. Nem uma surpresa, portanto, nos números divulgados pelo DIEESE:
"Jovens são 45,5 % dos desempregados. O desemprego entre os jovens (31,82%) é quase o triplo do existente entre as pessoas de 25 anos ou mais (12,76 %)." (leia aqui ou aqui)
Pior ainda: os jovens estão indo para a violência mais rapidamente do que para a escola! "Enquanto o Brasil assistiu nos últimos anos a uma expansão em ritmo lento das matrículas no ensino médio, um outro número avançava bem mais rápido: o de adolescentes infratores internados para cumprir medidas socioeducativas. Pesquisa divulgada ontem pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos mostra que o total de internos no sistema socioeducativo cresceu 28% entre 2002 e este ano. Isso significa que há 15.426 jovens cumprindo penas com algum tipo de restrição, sendo que, 68% deles, em regime de internação." (leia aqui)
No Brasil, só os ricos, que tem capital próprio (ou da família), investem. Os pobres não conseguem empréstimos com juros compatíveis para empreender. Entendeu a importância social da intermediação financeira? Sem empréstimo, os ricos continuam mais ricos, os pobres continuam pobres. A mobilidade social fica prejudicada, desperdiçando talentos.
É evidente que quem mais sofre com isso são os jovens, especialmente os pobres: sem experiência para trabalhar, sem capital para montar negócio próprio. Nem uma surpresa, portanto, nos números divulgados pelo DIEESE:
"Jovens são 45,5 % dos desempregados. O desemprego entre os jovens (31,82%) é quase o triplo do existente entre as pessoas de 25 anos ou mais (12,76 %)." (leia aqui ou aqui)
Pior ainda: os jovens estão indo para a violência mais rapidamente do que para a escola! "Enquanto o Brasil assistiu nos últimos anos a uma expansão em ritmo lento das matrículas no ensino médio, um outro número avançava bem mais rápido: o de adolescentes infratores internados para cumprir medidas socioeducativas. Pesquisa divulgada ontem pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos mostra que o total de internos no sistema socioeducativo cresceu 28% entre 2002 e este ano. Isso significa que há 15.426 jovens cumprindo penas com algum tipo de restrição, sendo que, 68% deles, em regime de internação." (leia aqui)
Meu Deus, ainda falam de boca cheia que a economia vai bem. Bem para quem?
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