BRASIL CAI NO RANKING DE COMPETITIVIDADE
Empecilhos para o crescimento
-tamanho da economia informal;
-altas taxas de juros;
-endividamento do governo;
-corrupção.
Por Pablo Uchoa, BBC Brasil
POSIÇÕES DO BRASIL ENTRE 125 PAÍSES
2001 - 44º
2002 – 45º
2003 – 54º
2004 – 57º
2005 – 65º
2006 – 73º
Fórum Econômico Mundial
2003 – 54º
2004 – 57º
2005 – 65º
2006 – 73º
Fórum Econômico Mundial
No critério macroeconômico [juro, câmbio etc], a economia brasileira não mereceu mais que o 114º lugar, ficando entre o Mali e Madagascar.
No quesito instituições, o Brasil aparece como 91º, logo depois do Benin. A Venezuela é o último da lista.
O país caiu do 66º para o 73º lugar entre os 125 países pesquisados, 29 posições abaixo de 2001.
Os economistas analisam os países pelas lentes das instituições, infra-estrutura, macroeconomia, educação primária e saúde, educação superior e treinamento, eficiência de mercado, tecnologia, sofisticação empresarial e inovação.
Os economistas analisam os países pelas lentes das instituições, infra-estrutura, macroeconomia, educação primária e saúde, educação superior e treinamento, eficiência de mercado, tecnologia, sofisticação empresarial e inovação.
No ranking novo, que começou a ser divulgado no ano passado, o Brasil caiu nove posições, passando da 57ª para a 66ª.
"Apresentamos níveis adequados de competitividade em fatores considerados avançados, como qualidade do ambiente empresarial, inovação e eficiência do mercado", disse o professor Carlos Arruda, da Fundação Dom Cabral e responsável pelos dados do Brasil no relatório.
"Por outro lado, apresentamos níveis consideravelmente baixos em fatores básicos como ambiente macroeconômico e qualidade das instituições públicas."
"Por outro lado, apresentamos níveis consideravelmente baixos em fatores básicos como ambiente macroeconômico e qualidade das instituições públicas."
O economista do Fórum, López-Claros, destacou que a corrupção ainda mina a competitividade do país.
"No último ano, houve episódios em que se poderia esperar um grau maior de transparência e honestidade", declarou.
O alto volume de dívida do governo e um spread grande na taxa de juros (do Brasil) indicam um alto custo de intermediação no setor bancário brasileiro, que gera efeitos negativos sobre investimentos no setor privado e contribui para menor crescimento econômico.
"A competitividade brasileira ainda é minada pelos altos níveis de endividamento público e altas taxas de juros, somadas a um ambiente institucional ineficiente, uma cultura de burocracia e uma economia baseada na informalidade", diz o relatório.
"A distribuição desigual de renda e a predominância da corrupção são desafios que ainda carecem de soluções."
O país latino-americano a ter melhor desempenho no ranking foi o Chile, que ficou em 27º lugar.
O primeiro lugar no ranking coube à Suíça. Os autores do relatório destacaram o "sólido ambiente institucional, excelente infra-estrutura, mercados eficientes e altos níveis de inovação tecnológica do país".
"(A Suíça) oferece uma infra-estrutura desenvolvida para a pesquisa científica, as empresas não poupam investimentos em pesquisa e desenvolvimento, a propriedade intelectual é fortemente protegida e as instituições públicas são transparentes e estáveis."
Os países nórdicos tiraram a posição dos Estados Unidos, que deixaram a liderança do ano passado e caíram para o sexto lugar, por conta da deterioração das suas contas públicas.
O estudo destacou ainda que "os mercados financeiros mais sofisticados do mundo" estão no Reino Unido, e que o sistema judicial na Alemanha "não fica atrás de nenhum outro". Leia mais
Marcadores: Economia competitividade
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