JURO ALTO AUMENTA A DESIGUALDADE
"A taxa de juro real espetacular, que há anos nos consome para reduzir a taxa de inflação, tem um efeito perverso sobre as finanças da União e, ainda maior, sobre as finanças dos Estados e municípios. Ela reduz a velocidade do aumento do nível de atividade e do emprego, corta a demanda global e o avanço da oferta interna de bens e serviços e, como conseqüência, diminui a receita pública. Os seus efeitos sobre a inflação no longo prazo são duvidosos, porque a oferta global se contrai inibindo o crescimento futuro. Por outro lado, ela aumenta o estoque da dívida do governo. Faz crescer, assim, a despesa pública, transferindo recursos para o setor privado "rentista". Este, provavelmente, ampliará a sua demanda, porque parte importante da dívida é ainda pós-fixada, aumentando, assim, a desigualdade da distribuição de rendas." Leia no Valor Econômico
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