TAXA DE CÂMBIO
Uma das coisas difíceis de entender em economia são as vantagens e desvantagens do país adotar taxa de câmbio (do dólar) mais alta ou mais baixa.
Primeiro, porque os efeitos são diferentes para os produtores (agricultores, industriais), para os comerciantes e prestadores de serviço, para os consumidores e para o nível de emprego.
Segundo, determinada taxa pode ser boa para uns e ruim para outros, num primeiro momento. Num segundo momento pode mudar ou inverter.
Ou seja, o impacto da taxa de câmbio varia por atividade e no tempo.
Tentaremos entender a partir de um exemplo.
Sabe-se que no comércio globalizado, os preços são fixados em dólar - variando, é claro, conforme a oferta e procura internacional.
Exemplos: arroba de boi: 20 dólares. Saco de soja: 12 dólares. Milho: 6 dólares. E por aí afora.
Por exemplo, o preço da arroba bovina oscila entre 17 dólares (maio, pico das vendas) e 24 dólares (novembro, pós-inverno). Ou seja, são 3 ou 4 dólares a mais ou a menos conforme oferta e procura.
Um boi gordo vale aproximadamente 350 dólares.
Faça as contas:
350 dólares a R$ 3,00 = R$ 1.050,00
350 dólares a R$ 2,00 = R$ 700,00
Com a queda do dólar, o produtor perde R$ 350,00 por cabeça.
Quem ganha? O consumidor que compra carne mais barata (com o mesmo salário compra-se mais carne, mais produtos).
O problema é que os produtores ou quebram ou diminuem a atividade. Resultado: a economia perde renda, perde dinamismo. E os trabalhadores perdem emprego.
Com a menor a oferta de carne (por desânimo dos produtores) o preço volta a subir. E o custo de vida sobe junto.
A alternativa é o país importar o produto, gastando dólares em produtos que poderiam ser produzidos aqui mesmo por produtores e trabalhadores locais.
Esse raciocínio vale para todos os produtos: carro, geladeira, TV etc.
Como se vê, a taxa de dólar é fundamental para o nível da reserva em moeda forte, para o nível de emprego/desemprego, para o custo de vida, para o lucro dos produtores, vale dizer, para o crescimento da economia.
O ideal é que o país tenha uma taxa de câmbio estabilizada para facilitar o planejamento de médio e longo prazo dos empresários. Em valor que estimule a competitividade dos produtos nacionais, que inviabilize a importação de produtos que sabemos produzir (medido pelo saldo positivo da balança comercial, que leva certo tempo para refletir a variação da taxa cambial).
A tentação é o pupulismo cambial nas eleições. Nas vésperas, a tendência é deixar o dólar cair para que a inflação e o custo de vida caiam. O consumidor agradece e tende a votar no governo.
Primeiro, porque os efeitos são diferentes para os produtores (agricultores, industriais), para os comerciantes e prestadores de serviço, para os consumidores e para o nível de emprego.
Segundo, determinada taxa pode ser boa para uns e ruim para outros, num primeiro momento. Num segundo momento pode mudar ou inverter.
Ou seja, o impacto da taxa de câmbio varia por atividade e no tempo.
Tentaremos entender a partir de um exemplo.
Sabe-se que no comércio globalizado, os preços são fixados em dólar - variando, é claro, conforme a oferta e procura internacional.
Exemplos: arroba de boi: 20 dólares. Saco de soja: 12 dólares. Milho: 6 dólares. E por aí afora.
Por exemplo, o preço da arroba bovina oscila entre 17 dólares (maio, pico das vendas) e 24 dólares (novembro, pós-inverno). Ou seja, são 3 ou 4 dólares a mais ou a menos conforme oferta e procura.
Um boi gordo vale aproximadamente 350 dólares.
Faça as contas:
350 dólares a R$ 3,00 = R$ 1.050,00
350 dólares a R$ 2,00 = R$ 700,00
Com a queda do dólar, o produtor perde R$ 350,00 por cabeça.
Quem ganha? O consumidor que compra carne mais barata (com o mesmo salário compra-se mais carne, mais produtos).
O problema é que os produtores ou quebram ou diminuem a atividade. Resultado: a economia perde renda, perde dinamismo. E os trabalhadores perdem emprego.
Com a menor a oferta de carne (por desânimo dos produtores) o preço volta a subir. E o custo de vida sobe junto.
A alternativa é o país importar o produto, gastando dólares em produtos que poderiam ser produzidos aqui mesmo por produtores e trabalhadores locais.
Esse raciocínio vale para todos os produtos: carro, geladeira, TV etc.
Como se vê, a taxa de dólar é fundamental para o nível da reserva em moeda forte, para o nível de emprego/desemprego, para o custo de vida, para o lucro dos produtores, vale dizer, para o crescimento da economia.
O ideal é que o país tenha uma taxa de câmbio estabilizada para facilitar o planejamento de médio e longo prazo dos empresários. Em valor que estimule a competitividade dos produtos nacionais, que inviabilize a importação de produtos que sabemos produzir (medido pelo saldo positivo da balança comercial, que leva certo tempo para refletir a variação da taxa cambial).
A tentação é o pupulismo cambial nas eleições. Nas vésperas, a tendência é deixar o dólar cair para que a inflação e o custo de vida caiam. O consumidor agradece e tende a votar no governo.
A conta vem depois, mas aí a eleição já é passado.
Marcadores: Economia artigos
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