Cutucando
Segunda-feira a sessão de Câmara foi tumultuada com gritos e ofensas pessoais entre pessoas do público e o presidente Paulo de La Rua (PDT), acusado de ter pedido ao Ministério Público o fechamento do jornal Gazeta Notícias. Quase saiu pancadaria. Graças à turma do “deixa-disso” os ânimos se acalmaram. Mas a rixa ficou. Contudo, nos bastidores comentava-se que o autor do fechamento do jornal foi o prefeito Cavani.
Neofascismo
O ato autoritário e truculento de mandar fechar o jornal Gazeta Notícias, sexta-feira última, dia 25, mostrou com tristeza e preocupação o ranço fascista da administração Luiz Cavani (PSDB). Quem conhece, mesmo rudimentarmente, o período histórico em que a Itália foi governada pelo duce Benito Mussolini vai identificar no risonho prefeito itapevense algumas tendências fascistas do ditador italiano, tanto na histriônica conduta pessoal como nas suas decisões administrativas. Faz parte ainda da circunstância pessoal e política do prefeito, o ranço vicioso de iludir o povo com festas espetaculares, muito frequentes nos anos 40 nos regimes fascista italiano e no nazi-fascismo alemão, a fim de esconder as suas mazelas. Aparentemente, os ditadores querem agradar o povo com festas caríssimas, mas de fato o despreza.
O falso pretexto para o fechamento do jornal foi a falta de alvará, mas o jornal fica num prédio de apartamentos que tem até supermercado funcionando, ali, há muitos anos e nunca ninguém se preocupou em exigir alvará. Já se sabe que a maioria dos estabelecimentos de Itapeva não tem alvará: Câmara, Prefeitura, escolas, comércio, além das igrejas. Então, tem que fechar tudo, senão pode pegar fogo de repente.
Todavia, foi o vereador-presidente Paulo de La Rua (PDT) quem ficou sozinho com o ônus desse ato autoritário de calar a imprensa (moda que se alastra pelo país governado pelo Lulo-petismo). Segundo informações fidedignas, o Paulinho foi ao Ministério Público a fim de denunciar a falta de registro do jornal, em represália por ter sido alvo de ataques pessoais no semanário. Não pediu pra fechar. Aí, a Promotoria sabiamente remeteu a denúncia para a Prefeitura, que mandou por sua conta os fiscais, acompanhados da Polícia Militar, fechar o noticioso, após a retirada dos funcionários da empresa. Ato vil e discricionário que só se tem notícia durante a ditadura militar.
Pergunta: será que outros jornais daqui têm esse tal alvará? Cuidem-se, colegas.
Apesar das versões procurando incriminar somente o vereador De La Rua, sabe-se, entretanto, que esse ardil objetiva aliviar a barra do prefeito Cavani por esse ato vergonhoso e antidemocrático. Entretanto, quem conhece bem doutor Luiz sabe que nenhum de seus secretários jamais ousaria tomar a iniciativa de fechar um jornal sem a sua anuência. Em suma, quem mandou de fato fechar o jornal do ex-Secretário de Esportes não foi doutor Rossi (que não é louco nem nada), foi o prefeito Cavani. Interessante que o jornal é da família Campolim, fieis correligionários de primeira hora do prefeito mui amigo. Há quem jure que o prefeito mandou fechar o jornal porque não gostava nadica de nada das cacetadas contra sua gestão publicadas pelo combativo semanário do casal Jé/Viviane. Como se vê, aos poucos a máscara vai caindo.
Se o prefeito Cavani não é amigo nem seus maiores amigos e aliados, como o Paulinho e os Campolim, quem se aventura pensar que ele é amigo de alguém? Ham?
Foi graças ao voto de minerva do vereador De La Rua que a Câmara aprovou a verba de 700 mil reais para a FAI. Pra ajudar o prefeito o Paulinho se expôs ao desgaste político de batalhar para a aprovação da verba, criticada por amplos segmentos sociais e políticos. Deixar agora o vereador responder sozinho pelo fechamento do jornal, tirando o corpo fora, mostra a ingratidão do prefeito Cavani para com seus aliados políticos.
Com “amigos” assim como o prefeito, o Paulinho não precisa de mais inimigos.
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