segunda-feira, setembro 21, 2009

Valor Econômico
Copom pode ter de antecipar alta do juro

Luiz Sérgio Guimarães

Estão mudando rapidamente as posições do mercado futuro de juros sobre a política monetária no ano que vem. Até a divulgação do resultado trimestral do PIB, da pesquisa do Caged e dos números mais atuais sobre a inflação corrente, os analistas estavam divididos entre os que apostavam em alta da Selic no segundo semestre de 2010 e os que acreditavam que um aperto monetário só seria necessário em 2011. Esta segunda ala perdeu força na semana passada. O consenso já é quase total no sentido de que o Copom, a despeito do calendário eleitoral, não poderá evitar o descongelamento do juro, tabelado desde julho em 8,75%, na reunião do meio do ano. Mesmo tendo de subir a taxa, a Selic permaneceria no atual patamar por longo período de 12 meses. Mas só esta alteração de expectativas já é capaz de provocar uma disparada dos juros futuros. E se as taxas projetadas para frente sobem, o custo do crédito sobe agora. Na semana passada, o contrato de CDI mais negociado, para janeiro de 2011, pulou de 9,64% para 9,92%. E a taxa do swap de 360 dias passou de 9,13% para 9,30%. Com isso, o juro real - descontada a previsão de IPCA do Focus para o mesmo período, de 4,12% -, avançou de 4,81% para 4,98%. MAIS

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