Kassab divulga pagamentos de servidores
2.418 pessoas (50% da Educação) receberam mais que os R$ 12,3 mil pagos ao prefeito; governo alega razões diversas
Um professor de ensino fundamental e médio do município de São Paulo teve no mês de maio vencimento bruto de R$ 143 mil. Entre os 147 mil contratados na administração direta, mais de 2.418 pessoas receberam em maio vencimentos acima de R$ 12,3 mil - salário pago ao prefeito Gilberto Kassab (DEM). Somente na Secretaria Municipal da Educação, 1.255 servidores receberam mais que o teto no mesmo período.
Os dados foram divulgados ontem na internet pela Prefeitura no portal De Olho nas Contas, como uma das medidas de transparência prometida por Kassab no dia de sua posse. Em vez de esclarecer sobre os valores da folha de pagamento no município ou de apontar possíveis supersalários, a exposição dos vencimentos brutos dos servidores causou revolta na categoria, que vai entrar na Justiça contra a medida.
Pela lista, fica impossível saber o que se trata de salário bruto e o que são vencimentos com incorporações diversas, como casos de indenizações trabalhistas, reposições salariais referentes à década de 80, evolução funcional e pagamentos atrasados. Leia mais em: Kassab divulga pagamentos de até R$ 143 mil e servidores vão à Justiça
posted by Sebastiao Loureiro at quarta-feira, junho 17, 2009
1 Comments:
Transparência é uma coisa boa, agora expor o funcionário ao risco de roubo, extorsão, sequestro,quebrando o direito constitucional de privacidade e sigilo de seus dados pessoais é uma afronta. Será que o Kassab acha que estamos vivendo na Suiça, isto aqui é Brasil, onde a violência não tem limites. Interessa a quem, saber quanto o João e a Maria ganham por mês? Acho um absurdo expor estes dados à população. Deve existir outros meios de fiscalização dessa folha salarial dos funcionários da Prefeitura de São Paulo sem que coloque em risco a vida das pessoas. Será que em nome da transparência, nós iremos trilhar um caminho tão perigoso que é o de violar direitos sagrados da nossa carta magna. Vamos devagar que o andor é de barro.
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