O peemedebista de aluguel

SPC, na Folha do Sul:

Vejamos se o leitor tem boa memória e se lembra qual peemedebista se encaixa na definição acima; caso não se lembre, eis umas pistas: ele mora numa mansão no altiplano itapevense, é rico, tem panca de galã e outrora após umas doses de legítimo escocês gostava de cantar acompanhando-se ao violão a arrancar suspiros da mulherada ao ouvi-lo cantar.

Beirando os 70, meio baqueadão, às vezes a bengala empresta a ele certa nobreza no andar claudicante e, talvez por isso, já não provoca a libido feminina, nem o violão abraça mais, mesmo assim, gosta de lembrar os velhos tempos em que fazia discursos emotivos com sua voz timbrada sendo aplaudido mesmo quando dizia as maiores besteiras.

Ele foi vereador e podia ter sido deputado, uma liderança política a ajudar nossa região se a ambição pequena, castradora, não tomasse conta de seu coração. Ele que parecia morto voltou à vida assim que pressentiu a ameaça de perder parte de seus haveres por conta de uma nova geração de companheiros de partido que se recusa continuar a fazer o seu jogo, o jogo do Gerson.

E voltou dando patadas (ou bengaladas) por todo lado, não poupando ninguém. Em épocas eleitorais ele costuma ressurgir das cinzas usando a imprensa através da ótica do seu exclusivo interesse pessoal a fim de meter o bedelho na política local até então esquecida numa página rabiscada de sua agenda de arrivista.

Ele não está preocupado com Itapeva, com a reeleição do prefeito Cavani, nem nada, só está preocupado em perder o aluguel de seus imóveis alugados para a Prefeitura.

E acusa os secretários municipais de serem responsáveis pela notória impopularidade do prefeito Cavani, que, a seu ver, afastam o povão de Sua Majestade municipal. Ele não sabe que o alcaide a não ser quando vai a eventos oficiais, se isola em sua redoma de soberba e só recebe em seu gabinete pessoas que de alguma forma lhe interessam.

O leitor já sabe de quem se trata? Claro, só podia ser o Monterão. LEIA MAIS