sábado, maio 10, 2008

RALEIO MANUAL DE FRUTOS EM TANGERINEIRAS ‘MONTENEGRINA’1

LIA ROSANE RODRIGUES2, SERGIO FRANCISCO SCHWARZ3, VICTOR PAULO RECKZIEGEL4 e OTTO CARLOS KOLLER5

RESUMO - Utilizando-se o desbaste manual de 66,6% e de 83,3% dos frutos jovens em diferentes periodicidades, procurou-se eliminar a alternância de produção e melhorar a qualidade de frutos da tangerineira ‘Montenegrina’ (Citrus deliciosa Tenore). O experimento envolveu quatro safras de plantas com 10 anos de idade, enxertadas sobre limoeiro ‘Cravo’, com espaçamento 3x6 m, em pomar situado na Estação Experimental Agronômica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, município de Eldorado do Sul, RS. O raleio nas duas intensidades testadas reduziu a alternância de produção. O desbaste na intensidade de 66,6% foi o mais eficiente na estabilização da produção de frutos comercializáveis em plantas com carga inicial mediana, e o raleio na intensidade de 83,3% proporcionou melhores resultados em plantas com carga inicial alta, ambos exigindo repetição a cada dois anos.

Termos para indexação: Citrus deliciosa, desbaste de frutos, alternância de produção, tamanho de fruto.

MANUAL THINNING OF TANGERINE ‘MONTENEGRINA’

ABSTRACT - Hand thinning of 66.6% or 83.3% of young fruits, at different intervals, was tested with the objective to avoid biennial bearing and to improve fruit quality of ‘Montenegrina’ tangerines (Citrus deliciosa Tenore). The experiment was conducted during four harvesting seasons on a 10-year old orchard at the Estação Experimental Agronômica of the Universidade Federal do Rio Grande do Sul, located in Eldorado do Sul - Southern Brazil. Both thinning intensities of young fruits, reduced biennial bearing. Thinning of 66.6% was more efficient for the stabilization of the production of marketable fruits on trees with a medium initial fruit set while thinning of 83.3% produced better results on trees with a high initial fruit set. With these experiments it became evident that fruit thinning has to be done every two years.

Index terms: Citrus deliciosa, hand thinning, fruit thinning, biennial bearing.

____________________

1 Aceito para publicação em 28 de janeiro de 1998.

Pesquisa apoiada pela FINEP, FAPERGS, CNPq/UFRGS.

2 Enga Agra, estudante de Pós-Graduação em Agronomia, UFRGS, Av. Bento Gonçalves, 7712, CEP 91501-970, Porto Alegre, RS. E-mail: liarr@vortex.ufrgs.br

3 Eng. Agr., M.Sc., Dep. de Horticultura e Silvicultura, UFRGS, Av. Bento Gonçalves, 7712, CEP 91501-970 Porto Alegre, RS. E-mail: schwarz@vortex.ufrgs.br

4 Estudante da Fac. de Agronomia, UFRGS. Bolsista do CNPq/UFRGS.

5 Eng. Agr., Dr., Prof., Programa de Pós-Graduação em Agronomia, UFRGS. Bolsista do CNPq.

INTRODUÇÃO

O Brasil é o quarto maior produtor mundial de tangerinas, com uma produção de 560.000 t de um total de 12.869.100 t colhidas no mundo (FAO, 1996). No Estado do Rio Grande do Sul, o segundo maior produtor de tangerinas do Brasil, a área plantada é de 9.702 ha (IBGE, 1994), sendo pelo menos a terça parte constituída por plantas da cultivar Montenegrina, cuja produção tem sido irregular ao longo dos anos em virtude do alto grau de alternância de produção. O clima do estado é favorável à obtenção de frutas cítricas de excelente qualidade físico-química (Koller, 1994), favorecendo a produção de frutos para o consumo in natura, por preencher requisitos de qualidade como: aspecto externo, coloração da casca, tamanho apropriado para comercialização, casca fina, gomos de paredes delicadas, suco com adequado equilíbrio entre o grau de acidez e o teor de sólidos solúveis totais, aroma característico, resistência ao transporte e conservação (Salibe, 1974).

A cultivar Montenegrina provavelmente originou-se da cultivar Caí (semelhante à Mexerica-do-Rio e à Willowleaf), diferenciando-se daquela por ser dois a três meses mais tardia, com frutos de casca mais resistente e de melhor conservação. Os frutos têm boa qualidade e são valorizados no mercado (Marodin, 1987; Nienow, 1989; Schwarz, 1989).

Essa cultivar apresenta, no entanto, grande tendência à alternância de produção, caracterizada por um ano de excessiva carga de frutos, seguido de outro ano com produção muito baixa ou nula. Nos anos de florescimento excessivo, os frutos são de baixa qualidade, pequenos, de coloração deficiente, aguados e ácidos. Em conseqüência do excesso de frutificação, a planta se esgota, apresentando deficiências de alguns nutrientes minerais e menor teor de carboidratos e substâncias de reserva. Um acentuado estresse impede o florescimento no ano seguinte, ocorrendo apenas emissão de brotações vegetativas e acúmulo de reservas para uma frutificação posterior intensa (Koller, 1994). Tal comportamento também é observado em outras cultivares, como Dancy e Murcote (Pio,1993).

Entre as causas que propiciam a ocorrência da alternância de produção, citam-se: condições climáticas, tais como temperaturas favoráveis ou desfavoráveis na frutificação e geadas ou secas (Hield & Hilgeman, 1969); carência de carboidratos, que reduz o florescimento e a fixação de frutos jovens no ciclo seguinte (Smith, 1976); fatores hormonais (Becerra & Guardiola, 1987); e carência de minerais, especialmente P e K (Stewart et al., 1968).

Dada a significativa área plantada no Rio Grande do Sul com essa cultivar, intensamente sujeita à alternância de produção, torna-se necessário o uso do desbaste de frutos jovens para a obtenção de um percentual significativo de frutos com tamanho comercializável (diâmetro maior que 57 mm) e uma produção regular ao longo dos anos, o que asse-guraria melhor remuneração ao produtor de frutos cítricos de mesa (Marinho et al., 1993; Gazzola & Souza, 1994).

O desbaste dos frutos jovens pode ser feito de forma química ou manual. O raleio químico feito com o uso de etefon a 100 ppm ou com uréia a 4% mais etefon a 200 ppm executado na plena queda natural, foi capaz de promover a formação de elevada percentagem de frutos grandes e diminuir a alternância de produção na cultivar Montenegrina. Porém, apresentou algumas desvantagens como: ineficiência na quebra da alternância de produção (ou seja, necessidade de repetição anual); permanência de frutos no interior da copa devido às baixas pressões de pulverização; diminuição do teor de sólidos solúveis totais do suco dos frutos com o uso das concentrações mais elevadas de etefon; e impossibilidade de seleção eficiente, em que os frutos jovens deixados na planta teriam distribuição e qualidade mais adequadas (Marodin, 1987).

Para a produção de frutos de mesa em pequenas propriedades do Rio Grande do Sul, com o uso da mão-de-obra familiar, é mais recomendável a prática do raleio manual (Schwarz, 1989), que consiste na retirada dos frutos ainda jovens. Apresenta as vantagens de evitar a alternância de produção, aumentar o percentual de frutos de boa qualidade, obter uma colheita comercializável de frutos verdes e, em relação ao raleio químico, facilitar o processo de colheita, pela redistribuição dos frutos em torno da copa , e melhorar as condições fitossanitárias do pomar, pela remoção de frutos infectados (Gallasch, 1988; Caetano, 1991; Rabe, 1991; Coelho & Medina, 1992).

Este trabalho teve como objetivo estabelecer parâmetros de raleio manual de frutos da tangerineira 'Montenegrina', prática adequada à estrutura fundiária do Estado do Rio Grande do Sul, onde predomina a pequena propriedade diversificada e mão-de-obra familiar.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado em um pomar de tangerineiras ‘Montenegrina’ (Citrus deliciosa Tenore), com 10 anos de idade, composto de plantas enxertadas sobre limoeiro ‘Cravo’ (Citrus limonia Osbeck), em espaçamento 3x6 m e localizado na Estação Experimental Agronômica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, município de Eldorado do Sul (Latitude 30°39' S e Longitude 51°08'W), em solo Podzólico Vermelho-Amarelo da unidade de mapeamento São Jerônimo.

No início do experimento, a desuniformidade entre as cargas de frutos jovens decorrente de diferentes graus de alternância de produção, tornou necessária a classificação das tangerineiras conforme o número de frutos jovens observado por m2 de copa, conforme a seguinte classificação: a) plantas pouco carregadas, com menos de 60 frutos/m2 de copa; b) plantas medianamente carregadas, com 61 a 120 frutos/m2 de copa; e c) plantas muito carregadas, com mais de 120 frutos/m2 de copa.

O delineamento experimental foi em blocos casualizados com quatro repetições, sendo cada parcela constituída por uma planta.

Durante quatro anos consecutivos, foram realizados raleios manuais combinando os fatores carga inicial de frutos jovens (mediana ou grande) com diferentes intensidades de raleio (0,0%, 66,6% e 83,33%) e com as periodicidades única, anual ou bienal. Os tratamentos foram comparados com testemunhas sem raleio: pouco, medianamente e muito carregadas.

No primeiro ano, o raleio foi executado no final do mês de fevereiro, aproximadamente 90 dias após a plena queda natural dos frutos, que ocorre na segunda quinzena do mês de novembro. Nessa ocasião, os frutos apresentam um tamanho favorável ao seu aproveitamento pela indústria extratora de óleos essenciais (Schwarz, 1989). Nos anos subseqüentes, o raleio foi realizado sempre no período de 90 a 120 dias após a plena queda natural de frutos jovens.

Tal prática foi procedida com o arranquio manual seletivo de frutos mal posicionados (internos à copa ou próximos ao solo), de aspecto indesejável (pequeno tamanho ou infectados), e de frutos extranumerários nas pontas dos ramos, considerando-se a necessidade de manter um fruto a cada 25 cm de ramo para que a capacidade fotossintética das folhas seja suficiente à formação de frutos de tamanho comercializável. Os frutos desbastados em cada planta foram contados e amostrados para a medição de diâmetro.

Por ocasião das colheitas, os frutos de cada planta foram contados e classificados nas seguintes categorias comerciais: frutos de 1a, com diâmetro maior que 67 mm; frutos de 2a, com diâmetro entre 67 e 57 mm; e frutos de 3a, com diâmetro menor que 57 mm. Os frutos menores que 57 mm são rejeitados ou comercializados a baixíssimos preços no mercado de frutas frescas, pois seu pequeno tamanho não é atraente ao consumidor. Desta forma, consideram-se os frutos de 1a e 2a categorias como comercializáveis, capazes de remunerar o produtor.

Durante as colheitas, foi contado o número de frutos caídos por planta, correspondente a todo o tipo de perda no período de maturação, seja pelo ataque de Pennicilium, de pássaros ou simples abcisão.

O efeito de diferentes intensidades e periodicidades do raleio manual de frutos sobre tangerineiras ‘Montenegrina’ em dois diferentes graus de alternância de produção, categorizados pela carga inicial de frutos verdes, foi mensurado pela produção, em número de frutos, enfatizando o número de frutos comercializáveis.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A alternância de produção foi claramente observada nas testemunhas (Tabelas 1 e 2). Plantas pouco carregadas no início do experimento produziram, na segunda e quarta safras, um grande número de frutos, a maioria de 3a categoria. Plantas medianamente carregadas e muito carregadas sofreram drástica redução de produção no segundo ano, sendo alta a proporção de frutos de 3a categoria, sem valor comercial devido ao pequeno tamanho. Nos anos seguintes, o grau de alternância aumentou nessas plantas sem desbaste. Ambas as intensidades de raleio testadas, 66,6% e 83,3%, foram eficientes para quebrar a alternância de produção no ano subseqüente à sua execução, conforme observado por Nienow (1989) e Schwarz (1989).

TABELA 1. Número médio de frutos produzidos por tangerineiras ‘Montenegrina’ medianamente carregadas de frutos jovens, submetidas ao raleio manual de frutos em diferentes periodicidades e intensidades, durante quatro safras, comparadas com testemunhas sem raleio1.

Tratamento

1992

1993

1994

1995

Testemunha pouco carregada

65cC

886aA

3gC

441aB

Testemunha medianamente carregada

217abcB

56cBC

1101abA

25bC

Testemunha muito carregada

311abB

29cC

903bcA

14bC

Raleio único de 66,6%

360aB

372bB

1402aA

26bC

Raleio anual de 66,6%

283abAB

370bAB

486deA

243aB

Raleio bienal de 66,6%

306abB

785aA

403deB

373aB

Raleio único de 83,3%

136bcC

626abA

306eBC

399aB

Raleio anual de 83,3%

186abcBC

384bB

616cdA

73bC

Raleio bienal de 83,3%

211abcBC

857aA

75fC

343aB

1 Médias seguidas pelas mesmas letras maiúsculas na linha não diferem estatisticamente pelo teste de Duncan a 5%, para comparação entre anos, e médias seguidas pelas mesmas letras minúsculas na coluna não diferem estatisticamente pelo teste de Duncan a 5%, para comparação dentro de anos.

A não repetição do raleio na intensidade de 66,6%, tanto em plantas medianamente carregadas como em plantas muito carregadas, não foi eficiente para eliminar a alternância de produção das plantas. Conforme sugerido por Schwarz et al. (1992), seria recomendável a repetição do raleio manual nos anos posteriores. No entanto, o raleio manual executado sem repetição na intensidade de 83,3%, em qualquer índice de carga, apresentou um efeito amenizador da alternância de produção ao longo dos anos.

Em plantas medianamente carregadas (Tabelas 1 e 3), tanto o raleio manual aplicado anualmente como bienalmente, na intensidade 66,6%, foram eficientes na estabilização da produção. Observaram-se efeitos similares com o uso de uma ou outra intensidade. A escolha da intensidade de raleio a ser empregada, neste caso, deve levar em conta fatores como a disponibilidade de mão-de-obra, possibilidade de comercialização dos frutos raleados à indústria extratora de óleos essenciais e custo de colheita e pós-colheita dos frutos produzidos.

TABELA 2. Número médio de frutos produzidos por tangerineiras ‘Montenegrina’ muito carregadas de frutos jovens, submetidas ao raleio manual de frutos em diferentes periodicidades e intensidades, durante quatro safras, comparadas com testemunhas sem raleio1.

Tratamento

1992

1993

1994

1995

Testemunha pouco carregada

65cC

886aA

3eC

441aB

Testemunha medianamente carregada

217abcB

56deC

1101aA

25cdC

Testemunha muito carregada

311acB

29eC

903aA

14cdC

Raleio único de 66,6%

244abcB

197cdB

981aA

73cdB

Raleio anual de 66,6%

237abcB

316cB

773abA

1dC

Raleio bienal de 66,6%

486aAB

396bcB

784abA

115bcC

Raleio único de 83,3%

171bcB

670abA

146dB

295abB

Raleio anual de 83,3%

182bcBC

399bcAB

439bcA

130bcC

Raleio bienal de 83,3%

180bcC

817aA

205cdC

459aB

1 Médias seguidas pelas mesmas letras maiúsculas na linha não diferem estatisticamente pelo teste de Duncan a 5%, para comparação entre anos, e médias seguidas pelas mesmas letras minúsculas na coluna não diferem estatisticamente pelo teste de Duncan a 5%, para comparação dentro de anos.

TABELA 3. Número médio de frutos comercializáveis produzidos por tangerineiras ‘Montenegrina’ medianamente carregadas de frutos jovens, submetidas ao raleio manual de frutos em diferentes periodicidades e intensidades, durante quatro safras, comparadas com testemunhas sem raleio1.

Tratamento

1992

1993

1994

1995

Testemunha pouco carregada

52bB

179bA

3eC

113aAB

Testemunha medianamente carregada

131abB

39cC

536bA

10bC

Testemunha muito carregada

123abB

28cC

521bA

13bC

Raleio único de 66,6%

279aB

315abB

893aA

22bC

Raleio anual de 66,6%

204aB

301abAB

463bcA

170aB

Raleio bienal de 66,6%

294aBC

525aA

369bc AB

182aC

Raleio único de 83,3%

129abA

231bA

278cA

169aA

Raleio anual de 83,3%

162abBC

294abB

537bA

62abC

Raleio bienal de 83,3%

180aB

476aA

66cB

118aB

1 Médias seguidas pelas mesmas letras maiúsculas na linha não diferem estatisticamente pelo teste de Duncan a 5%, para comparação entre anos, e médias seguidas pelas mesmas letras minúsculas na coluna não diferem estatisticamente pelo teste de Duncan a 5%, para comparação dentro de anos.

As plantas que foram raleadas anualmente produziram uma grande maioria de frutos comercializáveis, enquanto as submetidas ao raleio bienal, que produziram número de frutos comercializáveis equivalente ao das plantas sujeitas ao raleio anual, tiveram maior custo de colheita e de classificação de frutos, por produzirem também um alto número de frutos não-comercializáveis.

Nas plantas muito carregadas no início do experimento (Tabelas 2 e 4), o raleio na intensidade de 83,3% mostrou-se mais promissor na estabilização da produção de frutos, principalmente no que se refere ao número de frutos comercializáveis. Quanto à periodicidade da prática do raleio, a melhor oferta de frutos comercializáveis foi obtida nas plantas cujo raleio foi realizado anual e bienalmente.

Em virtude dos parâmetros preestabelecidos, as intensidades de raleio das plantas no experimento foram sempre as mesmas nos quatro anos de avaliação, independentemente da influência das subseqüentes retiradas de frutos. Isso permitiu constatar que, para se atingir um equilíbrio de produção de todas as plantas de um pomar, dever-se-á promover raleio em intensidades diferentes em cada árvore ao longo dos anos, pois, do contrário, a simples repetição pode estimular a entrada da planta em alternância de produção, ao invés de controlá-la, como aconteceu com as plantas de carga inicial mediana, submetidas ao raleio manual de 83,3% dos frutos, repetido anual ou bienalmente (Tabelas 1 e 3), e com plantas muito carregadas, submetidas ao raleio manual de 66,6%, repetido anual ou bienalmente (Tabelas 2 e 4).

TABELA 4. Número médio de frutos comercializáveis produzidos por tangerineiras ‘Montenegrina’ muito carregadas de frutos jovens, submetidas ao raleio manual de frutos em diferentes periodicidades e intensidades, durante quatro safras, comparadas com testemunhas sem raleio1.

Tratamento

1992

1993

1994

1995

Testemunha pouco carregada

52bAB

131bB

123bB

185abB

138bB

367aB

142bB

148bB

154bB

179bcdA

39efBC

28fBC

155cdeB

148deB

354abcB

486aA

374abA

583aA

3cB

536aA

521aA

578aA

612aA

639aA

129bB

409aA

191bB

113aA

10cC

13bcC

61abcB

1cC

98abC

131aB

122aB

175aB

Testemunha medianamente carregada

Testemunha muito carregada

Raleio único de 66,6%

Raleio anual de 66,6%

Raleio bienal de 66,6%

Raleio único de 83,3%

Raleio anual de 83,3%

Raleio bienal de 83,3%

1 Médias seguidas pelas mesmas letras maiúsculas na linha não diferem estatisticamente pelo teste de Duncan a 5%, para comparação entre anos, e médias seguidas pelas letras minúsculas na coluna não diferem estatisticamente pelo teste de Duncan a 5%, para comparação dentro de anos.

Este trabalho sinaliza a necessidade de se identificar, por meio de pesquisas futuras, um índice ou parâmetro do número de frutos por m2 de copa ou por área foliar, a ser mantido nas plantas em virtude de sua carga, para que o citricultor tenha maior segurança na realização do raleio.

CONCLUSÕES

1. O raleio manual de 66,6% e de 83,3% quebra a alternância de produção de frutos na primeira safra após o raleio.

2. O raleio manual de 66,6% dos frutos em plantas com carga inicial mediana é eficiente na estabilização da produção de frutos comercializáveis, devendo ser repetido, no mínimo, a cada dois anos.

3. O raleio manual de 83,3% dos frutos jovens, em plantas com grande carga inicial, apresenta melhores resultados quanto à estabilização da produção, exigindo periodicidade com repetição, no mínimo, a cada dois anos.

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