segunda-feira, outubro 08, 2007

The Brazilian Journal of qualquer coisa
Ubiratan Iorio, Economista, Jornal do Brasil

O problema da educação no Brasil não é de falta de verbas, mas de excesso de verbos. De discursos por parte da miríade de pedagogos de gabinete, muitos dos quais jamais puseram os pés em uma sala de aula como docentes, que iludem quem não está habituado a ligar causas e efeitos, mas que padecem de graves equívocos: são centralizadores, intervencionistas, burocráticos e ideologicamente enviesados.
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3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

A pesquisa aplicada só existe pois alguém fez pesquisa básica antes. Muitas aplicações de hoje são frutos da pesquisa básica de 50 (até 100) anos atrás!

9:39 AM  
Anonymous Anônimo said...

A visão simplista da ciência como geradora de ferramentas para aplicações é, no mínimo, uma visão ingênua. Fazemos pesquisa básica para entendermos a natureza e como as coisas funcionam. Uma visão preconceituosa da pesquisa básica, faria com que descartássemos estudos de Darwin sobre a origem das espécies. Por que precisamos saber sobre a origem do universo? Por que um elétron acelerado emite radiação? Por que uma corrente elétrica variável produz um campo magnético? O que acontece quando resfriamos bósons a baixíssimas temperaturas?

É provável que você não saiba algumas dessa perguntas e talvez nem saiba o que significa um bóson, ou talvez, nunca se tenha questionado sobre algum desse assuntos enquanto assite televisão, ou faz o seu exame de ressonância magnética ou utiliza um motor elétrico. Ademais, na sua visão pragmática das coisas eliminemos também todo o fomento à arte (para quê serve uma pintura ou uma escultura?).

Uma vez perguntaram a Michael Faraday qual a utilidade da indução eletromagnética que ele havia acabado de descobrir. "Qual a utilidade de um recém nascido?", essa foi a resposta dele. Talvez você também nem saiba quem foi Michael Faraday, pois a história também não gera nenhum tipo de patente.

"O sábio não estuda a natureza por sua utilidade; ele a estuda por prazer, que advém do fato de a natureza ser bela. Se ela não fosse bela, não valeria a pena conhecê-la e, se não valesse a pena conhecê-la, não valeria a pena viver. " Henri Poincaré

PS. O "você" no texto se refere somente às pessoas (infelizmente) pragmáticas.

11:37 AM  
Anonymous Anônimo said...

E viva a pesquisa básica!

11:41 AM  

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