Vitória dos partidos
Jornal do Brasil: O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ofereceu ao país uma das mais relevantes contribuições para assegurar uma mínima ordem e coerência ao confuso quadro partidário brasileiro. Ao decidirem, na noite de terça-feira, que o mandato parlamentar pertence ao partido ou à coligação e não ao candidato eleito, os ministros do TSE devolveram os pingos aos is.
Jornal do Brasil: O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ofereceu ao país uma das mais relevantes contribuições para assegurar uma mínima ordem e coerência ao confuso quadro partidário brasileiro. Ao decidirem, na noite de terça-feira, que o mandato parlamentar pertence ao partido ou à coligação e não ao candidato eleito, os ministros do TSE devolveram os pingos aos is.
A decisão estabelece a chamada fidelidade partidária para os cargos obtidos nas eleições legislativas em todos os níveis e impede o troca-troca de partidos, o mais habitual recurso dos políticos que se prestam a traficar o mandato em benefício próprio.
Perdem os negociadores de almas políticas, ganham os partidos e as idéias.
Já se disse aqui que a democracia chegará à completa maturidade quando o país tiver partidos reais e verdadeiramente nacionais, ainda que preservadas as realidades regionais. Pode-se recorrer ao exemplo americano. Nos EUA, a existência de muitos partidos e de grandes diferenças nos Estados não impede que o eleitor identifique a coloração nítida dos dois principais - republicanos e democratas. Ambos apresentam um modelo de funcionamento e de identidade com o eleitor muito mais eficaz e democrático do que as legendas brasileiras.
Passos erráticos ou interrompidos balizaram nossa história. Na República Velha, o odioso jeitinho inventou o partido único federalizado e desativou as tentativas de amadurecimento dos partidos. Entre 1930 e 1945, tivemos não mais do que gestações abortadas. Com o fim do Estado Novo, ensaiou-se nova tentativa. Com algum grau de coesão, PSD, UDN e PTB dividiram as preferências do eleitorado. A UDN atraía os mais conservadores.
Passos erráticos ou interrompidos balizaram nossa história. Na República Velha, o odioso jeitinho inventou o partido único federalizado e desativou as tentativas de amadurecimento dos partidos. Entre 1930 e 1945, tivemos não mais do que gestações abortadas. Com o fim do Estado Novo, ensaiou-se nova tentativa. Com algum grau de coesão, PSD, UDN e PTB dividiram as preferências do eleitorado. A UDN atraía os mais conservadores.
No campo adversário, havia o PSD, impulsionado por emergentes industriais e comerciantes urbanos, e o trabalhismo varguista, que buscava a conciliação de classe. Não houve tempo para que se consolidassem. O regime militar de 1964 impediu o vôo. A Nova República trouxe novo alento, mas a barafunda partidária mostrou-se ainda mais danosa. LEIA MAIS
Marcadores: Sistema eleitoral
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