sexta-feira, março 02, 2007

DEMOCRACIA DIRETA E TIRANIA
A tão malfalada negociação [parlamentar] é precisamente o que serve para dar ganho de causa à maioria, sem aplastar os perdedores - e o respeito ao direito das minorias, vale lembrar, é a pedra de toque dos sistemas democráticos.
Por isso, a distinção primeira entre a decisão direta e a decisão delegada não diz respeito apenas à integridade ou à competência de quem decide. Refere-se, antes, às condições sob as quais se decide.Nos grandes momentos, apesar de tudo, os Parlamentos ouvem as muitas vozes das ruas. Em circunstâncias iguais, o plebiscitismo consagra a tirania do grande número. Não se trata de riscar a democracia direta do mapa. Ela funciona melhor quando aplicada a questões restritas, em escala local. O condomínio, a escola, o emprego, o clube, o bairro, a cidade - eis os níveis típicos em que a participação pessoal pode formar cidadãos.
Mas a lógica da comunidade não é a mesma da sociedade, já explicava em 1887 o sociólogo alemão Ferdinand Tõnnies - o que alguns aprendizes de feiticeiro da política, escolados em outros ofícios, ainda não entenderam.
Leia mais no site E-agora, por Luiz Weis

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