Triste 2007
Professor Luiz Carlos Bresser-pereira, Folha de S. Paulo
"Em vez do tripé [adotado no Brasil] juro alto, câmbio baixo e ajuste fiscal frouxo, a Argentina optou por juro baixo, câmbio alto e ajuste fiscal duro e está crescendo extraordinariamente, tendo há muito superado o nível de renda pré-crise.
Para o Brasil crescer 5% em 2005, as duas coisas que precisam ser feitas ao mesmo tempo reduzem os gastos públicos, não os aumentam: é necessário cortar o gasto corrente no limite e reduzir a taxa de juros real para abaixo dos 9%, que o Banco Central entende como sendo a "taxa de juros de equilíbrio". Se fizer isso e aumentar o investimento público, o setor privado também aumentará seus investimentos, e o país crescerá.
Para a coalizão política que controla o país desde os anos 1990, o que interessa são taxas de juro altas e câmbio baixo.
Terá o presidente Lula condições de se antepor a essa coalizão e a essa ortodoxia?
Não há nenhuma indicação nesse sentido. É verdade que ele foi eleito pelo povão que é prejudicado, mas esse povão pode ser compensado pela Bolsa Família e pelo aumento do salário mínimo. " ÍNTEGRA
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