Conselho de Administração fraco oferece margem a crises nas empresas, diz estudo
Carolina Mandl, Valor Econômico
"Enron, WorldCom, Parmalat, Swissair, Tyco e Fannie Mae atuam em setores bastante diferentes entre si.
Mas todas entraram em uma séria crise financeira por um motivo em comum: um conselho de administração precário. Essa é a conclusão de um estudo feito por Stewart Hamilton, professor do Institute for Management Development (IMD), uma instituição suíça dedicada ao aprimoramento da gestão empresarial.
De acordo com o especialista em falhas de governança corporativa, a partir de um conselho ineficaz, diversos outros problemas se desenvolvem nas companhias.
"Sem bons conselheiros, os planos estratégicos serão fracos, por exemplo", afirmou.
A conseqüência disso é que o executivo-chefe ganhará mais poder, o que por sua vez poderá levá-lo à ganância de manipular resultados ou assumir planos de expansões mirabolantes.
"Todos esses pontos aliados a controles internos falhos levaram aos desastres que vimos recentemente". ÍNTEGRA
As empresas adotam o sistema de divisão de poder preconizado por Montesquieu para a República: Legislativo, Executivo e Judiciário. A justificativa para a divisão é que "só o poder freia o poder ".
São três conselhos nas empresas: Administração (planeja), Execução (executa) e Controle (fiscaliza se tudo está saindo conforme o planejado).
O que o especialista está mostrando é exatamente o que costuma ocorrer na administração pública. Quando o Legislativo é fraco e dócil, o Executivo toma conta do pedaço, neutraliza a fiscalização e ...
Sem Legislativo forte – que faça o planejamento estratégico, que fiscalize sua execução, como nas repúblicas evoluídas – só pode dar no quem dado.
PS: mais recentemente os empresários passaram a democratizar as empresas através de programas como o de Qualidade Total. Os empresários perceberam que a participação ativa e o envolvimento de todos os funcionários dão bons resultados.
A ironia: enquanto empresários (são bobos?) estão adotando princípios republicanos e democráticos para obter maior eficiência, governos dos grotões continuam resistindo. Mas as razões são as mesmíssimas: sobreviver e ganhar dinheiro. Não tenha a menor dúvida.
Marcadores: Administração Ciclo PDCA
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