terça-feira, novembro 21, 2006

Desafio orgânico
Xico Graziano, Estadão

"Cresce a agricultura orgânica no Brasil. Há 30 anos ela conquista adeptos, cria mercado. Está madura para, agora, investir em tecnologia e certificar a sua qualidade. Produto orgânico não pode significar má agricultura.
Dois grandes desafios a ela se apresentam hoje.
Primeiro, a barreira do elitismo. Os produtos orgânicos viraram grife de gente rica, com preço médio 30% acima dos convencionais. Ocupam, na linguagem do marketing, nicho de mercado. Um bom business, que atrai, aliás, muita picaretagem. Por isso, a certificação é fundamental.
Segundo, agricultura orgânica supõe-se superior à produção dita convencional, não podendo representar volta ao passado. Para tanto a pesquisa agropecuária haverá de aprimorar os sistemas orgânicos de cultivo e criação.
É o progresso científico que reforçará a produção orgânica, jamais o retrocesso tecnológico.
A História carrega ironias. Cientistas desenvolvem plantas transgênicas superpoderosas que, resistentes às pragas e doenças, dispensarão no futuro o uso de agrotóxicos.
Teoricamente, eliminando venenos químicos, mais orgânica será a agricultura. É sensacional vislumbrar essa possibilidade.
Como reage o fundamentalismo ecológico a essa hipótese? No xadrez da tecnologia, a agricultura orgânica enfrentará um xeque. Com inteligência, sem preconceitos, nem esperteza exagerada, defenderá sua virtude. Se apostar no atraso, cai o rei.
No limite, prevalecerá a agricultura saudável." ÍNTEGRA
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