QUASE A METADE DOS IMPOSTOS VAI PARA PAGAR JUROS
"Os gastos do governo federal tiveram uma inversão de prioridades de 1995 para cá. Na contramão das demandas, o País reduziu nesse período a fatia do orçamento reservada a investimentos em infra-estrutura e na área social - saúde, educação, transporte, segurança e habitação, entre outros. Em sentido oposto, caminharam os gastos financeiros.
"Essa é a conclusão de um estudo inédito sobre os gastos nos governos FHC e Lula, apresentado ontem pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco).
"O diagnóstico da entidade não é animador: sem redução dos gastos com a dívida pública, que abocanham quase metade do orçamento hoje, o Brasil não terá como garantir nem mesmo investimentos básicos em saúde, educação e segurança daqui dez anos.
'É importante explicar que não estamos falando em reduzir qualquer gasto. Cortar no transporte, saúde ou educação não vai resolver o problema das contas, porque essas áreas representam hoje um porcentual pequeno do orçamento.
"A caixa-preta é o gasto com a dívida pública. Se nada for feito, o País poderá chegar à falência em 2015, pois não terá como arcar com os serviços essenciais."
O estudo dividiu os gastos governamentais em tres ítens:
1-EXPLODE GASTO COM JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA INTERNA E EXTERNA
1995 - 18,75 % do orçamento
1999 - 38,93 %
2002 - 45,34 %
2003 - 46,82 % (RECORDE)
2005 - 42,45 %.
Foi gasto R$ 1,2 trilhão nos últimos cinco anos com a dívida, o triplo do investido em infra-estrutura e social (R$ 400 bilhões) no período.
A causa é o juro alto. 'O pior é que gastamos e sequer abatemos a dívida. É enxugar gelo"
2- CAI PELA METADE GASTO COM SAÚDE, EDUCAÇÃO, TRANSPORTE, HABITAÇÃO, SEGURANÇA, CULTURA, AGRICULTURA, ENTRE OUTROS.
1995 - somavam 47,2% do orçamento
1999 - 33,24 %
2002 - 26,60 %
2004 - 25,74 %
2005 - 26,49 %.
Saúde reduziu de 9,57% para 6%;
Educação, de 6% para 2,67%,
Segurança, de 5,38% para 3%.
3-CAI GASTO COM PREVIDÊNCIA SOCIAL
1995 - 34,05 %
1999 - 27,83 %
2002 - 28,06 %
2005 - 31,06%
Marcadores: Economia gastos públicos
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