O GOVERNO DEVERIA CONCILIAR E COORDENAR O CRESCIMENTO
YOSHIAKI NAKANO , 62, diretor da Escola de Economia de São Paulo da FGV
"No entanto observo o governo e vejo que ele se apropria de 44,8% do PIB, sendo 37,4% sob a forma de impostos, 4% de outras receitas e 3,4% de financiamento (déficit público). Há alguma coisa errada. Os diferentes segmentos da sociedade sentem que o país não tem rumo; parece que o país vive uma crise de destino. Não vêem o Estado como instrumento para realizar o sonho coletivo de prosperidade e justiça. Ele é algo estranho, distante, e não é capaz de coordenar as ações e conciliar os interesses divergentes dos diferentes segmentos da sociedade. Nesta, empresários e trabalhadores pedem taxa de juro menor; o segmento financeiro aplaude a política de juros elevados. Enquanto os exportadores perdem negócios lá fora, fecham e transferem fábricas para o exterior, os importadores começam a fazer festa com a taxa de câmbio apreciada. Os empresários e a classe média protestam contra a elevada carga tributária; o governo, insensível, continua aumentando e ampliando seus gastos correntes, reduzindo os investimentos públicos em infra-estrutura para gerar o superávit primário. Afinal, o Brasil está condenado a crescer apenas um terço comparado aos demais emergentes?
Digo que não... LEIA
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