ROBERTO DAMATTA, ANTROPÓLOGO
"A lição é simples: a economia se ancora em princípios objetivos. É a economia, seu burro!, disse o marqueteiro de Clinton, sujeito fabricado pelo liberalismo americano onde se admite a morte de Deus, jamais a subversão do mercado. Se a competição fundada no desempenho, no mérito técnico, a regra dos acordos internacionais liberaram a economia das 'vontades políticas', pois os preços não dependem de ideologia; na política, continuamos com a velha (i)moralidade. Nela ainda se cultiva um eleitorado faminto, cativo e crente nas utopias dos candidatos e resistimos com força (e como tentativa de golpe), qualquer base para avaliar moralmente os atores. Pior que isso, os próprios políticos profissionais deixaram que o PT usasse a lógica nacional da universalização da imoralidade como marca do próprio campo da política, como fazem prova as vergonhosas opiniões de alguns dos nossos chamados formadores de opinião que aceitam como normal que a moralidade política seja a imoralidade. E que os fins justifiquem os meios.
Ora, quando um país liquida uma hiperinflação, estabiliza a moeda, viabiliza e torna dinâmica a sua economia, ou os outros campos seguem essa demonstração cabal de eficiência ou, então, há esse suicídio político coletivo." Leia mais
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