O LUCRO
Há uma idéia bastante difundida: os empresários exploram os trabalhadores.
Esta idéia deriva, pelo menos em parte, da constatação de que os trabalhadores dão duro para produzir para si (salário) e para o empresário (lucro). Uma parte da produção é destinada ao pagamento dos trabalhadores, outra parte fica com o empresário.
Imagine um grande empresário. Pode ser o Antonio Morais, um empresário de sucesso que vive para a empresa (empresário que não se dedica não vai longe).
É público e notório que o senhor Antonio ganha muito dinheiro.
O que Antonio faz com a dinheirama que ganha?
Gasta de duas maneiras:
Primeira: investe - constrói novas fábricas, porque o Antonio é tarado por fábricas. Os empresários são tarados por empresa. Para botar as fábricas em funcionamento, Antonio contrata milhares de operários, escriturários, motoristas, faxineiros, engenheiros, administradores.
Segunda: gasta consigo mesmo e com a família. Comida, bebida, roupa, carros, estudo. Deve ter lá suas mordomias, que ninguém é de ferro: mansão, casa de praia, avião, viagens, teatro, cinema, música, festas etc.
Em resumo, Antonio INVESTE E CONSOME.
O investimento, sabemos, é bom para toda a sociedade: cria produtos, empregos. Sem investimento, nenhum país vai adiante. Quanto maior for a oferta de emprego, maior será o valor do salário. Palmas para o Antonio.
Resta a questão do consumo e das mordomias. Pelo que parece, são por causa desses gastos que são alvos de xingamentos: “exploradores”, “burgueses”.
Faz pensar.
Esta idéia deriva, pelo menos em parte, da constatação de que os trabalhadores dão duro para produzir para si (salário) e para o empresário (lucro). Uma parte da produção é destinada ao pagamento dos trabalhadores, outra parte fica com o empresário.
Imagine um grande empresário. Pode ser o Antonio Morais, um empresário de sucesso que vive para a empresa (empresário que não se dedica não vai longe).
É público e notório que o senhor Antonio ganha muito dinheiro.
O que Antonio faz com a dinheirama que ganha?
Gasta de duas maneiras:
Primeira: investe - constrói novas fábricas, porque o Antonio é tarado por fábricas. Os empresários são tarados por empresa. Para botar as fábricas em funcionamento, Antonio contrata milhares de operários, escriturários, motoristas, faxineiros, engenheiros, administradores.
Segunda: gasta consigo mesmo e com a família. Comida, bebida, roupa, carros, estudo. Deve ter lá suas mordomias, que ninguém é de ferro: mansão, casa de praia, avião, viagens, teatro, cinema, música, festas etc.
Em resumo, Antonio INVESTE E CONSOME.
O investimento, sabemos, é bom para toda a sociedade: cria produtos, empregos. Sem investimento, nenhum país vai adiante. Quanto maior for a oferta de emprego, maior será o valor do salário. Palmas para o Antonio.
Resta a questão do consumo e das mordomias. Pelo que parece, são por causa desses gastos que são alvos de xingamentos: “exploradores”, “burgueses”.
Faz pensar.
Mas há um atenuante. As mordomias têm um lado bom: dão emprego e renda para um monte de gente – porteiro de hotel, garçons, jardineiros, motoristas, domésticos, artistas, músicos, escritores etc. Não são as "mordomias" que sustentam as indústrias de turismo e entretenimento?
De outro lado, há quem diga que o Antonio é um bobo, deveria aproveitar a vida que é curta, em vez de ficar trabalhando feito tonto, esquentando a cabeça com gente, construções, projetos, tijolos, ferros, telhas, fornos – essas coisas que não são de comer nem de beber, que não se leva quando morrer.
“Antonio, curta a vida, a gente só aproveita o que come e bebe. Deixe essa tontice de trabalhar para os outros – para o futuro dos filhos, para o emprego dos trabalhadores, para o imposto do governo, para a campanha dos políticos.”
Seja como for, os adeptos do “socialismo real” fizeram uma experiência histórica. Estatizaram as empresas dos “burgueses exploradores”. Objetivo: repartir o lucro entre todos.
Resultado: a mordomia continuou com os administradores do “capital alheio”. Pior, os investimentos minguaram, provavelmente porque os burocratas não têm a mesma vocação, tara e ganância dos empresários por fábricas e empresas.
Deu no que deu. A União Soviética e similares se derreteram (simbolizada pela queda do Muro de Berlim).
Mas ficou uma lição: a vida é dura mesmo.
De outro lado, há quem diga que o Antonio é um bobo, deveria aproveitar a vida que é curta, em vez de ficar trabalhando feito tonto, esquentando a cabeça com gente, construções, projetos, tijolos, ferros, telhas, fornos – essas coisas que não são de comer nem de beber, que não se leva quando morrer.
“Antonio, curta a vida, a gente só aproveita o que come e bebe. Deixe essa tontice de trabalhar para os outros – para o futuro dos filhos, para o emprego dos trabalhadores, para o imposto do governo, para a campanha dos políticos.”
Seja como for, os adeptos do “socialismo real” fizeram uma experiência histórica. Estatizaram as empresas dos “burgueses exploradores”. Objetivo: repartir o lucro entre todos.
Resultado: a mordomia continuou com os administradores do “capital alheio”. Pior, os investimentos minguaram, provavelmente porque os burocratas não têm a mesma vocação, tara e ganância dos empresários por fábricas e empresas.
Deu no que deu. A União Soviética e similares se derreteram (simbolizada pela queda do Muro de Berlim).
Mas ficou uma lição: a vida é dura mesmo.
PS - os países mais ricos deixam os empresários brigarem pelo lucro - moderados pelas regras da livre iniciativa e da livre concorrência. Deles são cobrados elevados impostos para financiar os serviços públicos de qualidade e a rede de proteção social aos mais pobres. Não é perfeito, mas não inventaram nada melhor.
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