2-PODA DO FIGO CONFORME EMBRAPA
3-PODA PESSEGUEIRO PÊSSEGO
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ÉPOCA DA PODA -
Época da poda (UFLA)
Basicamente, a poda, pode ser executada em duas épocas. No inverno, é chamada de poda em seco e recomendada para frutíferas que perdem as folhas (caducifólias), como pessegueiro, macieira, ameixeira, figueira. Mas o inverno é uma referência muito teórica e pode induzir alguns erros. Existe um momento ótimo para iniciá-la. É quando os primeiros botões florais surgirem nas pontas dos ramos, indicando que a seiva começou a circular de novo pela planta. Se a poda for feita antes, estimulará a brotação na hora errada. Se efetuada depois, forçará a brotação vegetativa, exigindo mais tarde uma nova poda.
A poda verde ou de verão, por outro lado, é realizada quando a planta está vegetando e destina-se a arejar a copa, melhorar a insolação e a coloração dos frutos e diminuir a intensidade de cortes na poda de inverno. É também executada em plantas perenifólias (com folhas permanentes) como as cítricas, abacateiro, mangueira.
Por ocasião da poda seca ou de inverno, deve-se considerar a localização do pomar, as condições climáticas e o perigo de geadas tardias antes da operação. A poda deve ser iniciada pelas cultivares precoces, passando as de brotação normal e finalizando pelas tardias. Em regiões sujeitas a geadas tardias, deve-se atrasar o início da poda o máximo possível, até mesmo quando as plantas já apresentaram uma considerável brotação, normalmente as de ponteiros.
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PODA E CONDUÇÃO DA FIGUEIRA
Rafael Pio*; Edvan Alves Chagas**
1. INTRODUÇÃO
A figueira é uma frutífera com grande expansão mundial, pois apesar de ser considerada uma espécie de clima temperado, apresenta boa adaptação a uma grande variabilidade de climas, desde regiões frias até aquelas mais quentes.
O sul do estado de Minas Gerais possui boas condições para o cultivo desta fruteira, constituindo uma grande alternativa para os fruticultores da região, tendo como destaque principal a produção de figos verdes para a indústria.
2. PROPAGAÇÃO DA FIGUEIRA
A estaquia é o principal método utilizado para a produção de mudas de figueira, embora também possam ser empregados outros métodos. As estacas podem ser enraizadas previamente em viveiros ou plantadas diretamente no campo, sendo esta última forma a mais utilizada. O plantio diretamente no campo embora ainda seja o método mais utilizado, apresenta como inconveniente baixo índice de pegamento, que é também bastante desuniforme de um ano para o outro. Este método permite o uso do material retirado pela poda, preparando-se as estacas com comprimento de aproximadamente 30 a 40 cm e com 1,5 a 3,0 cm de diâmetro, o que permite a formação de mudas vigorosas. O plantio da estaca na cova é feito no sentido vertical, deixando-se 1 a 2 gemas acima do nível do solo, realizando após, uma amontoa que a cobrirá totalmente com terra solta.
3. PODA DE FORMAÇÃO
A poda engloba todos os tipos de intervenções que são efetuadas na planta, com o propósito de condicioná-la para uma produtividade rápida, elevada e mais constante ao longo dos anos. Nos primeiros 3 anos após o plantio, busca-se formar uma estrutura adequada para inserção dos ramos produtivos. A esta técnica, denomina-se “poda de formação”. Porém, mesmo durante este período inicial, a figueira já produz, de modo que torna-se difícil distinguir a poda de formação da de frutificação.
No início da brotação, deve-se selecionar o melhor broto, através de desbrotas das demais brotações quando atingirem 5 a 10 cm de comprimento. A muda será então conduzida em haste única, até atingir 40 a 50 cm de comprimento, sendo então despontada ainda no verão, ou mais tardar no inverno seguinte (julho/agosto) por ocasião da poda.
Despontando a haste principal da estaca (40 a 50 cm de altura), surgirão brotações laterais que constituirão a base ou esqueleto da planta. Esses brotos, ao atingirem cerca de 5 a 10 cm de comprimento, serão selecionados, permanecendo apenas três ramos, bem localizados, vigorosos e distribuídos, formando entre si um ângulo de 120°. Deste modo, no próximo inverno se terá a base da planta, formada pelo ramo principal com três brotos, que a partir de agora serão denominados pernadas.
A primeira poda de inverno, um ano após o plantio, consistirá no corte dos três ramos, ou pernadas, a 10 cm de seu ponto de inserção no tronco. Ao iniciar-se a brotação nas pernadas, é feita uma desbrota permanecendo apenas dois brotos bem localizados e distribuídos em cada uma das pernadas. Nesta fase, a planta terá no total seis ramos crescendo, continuando as desbrotadas das possíveis brotações que surgirem. No período de inverno (julho/agosto) do próximo ano, estes seis ramos devem ser podados a 5 cm cada, ficando uma estrutura formada por uma haste principal e três pernadas, dotadas de duas hastes cada, constituindo assim a base da planta (Figura 3).
4. PODA DE CONDUÇÃO OU FRUTIFICAÇÃO
A figueira é uma árvore caducifólia bastante ramificada, podendo atingir até 10 metros de altura, mas que raramente ultrapassa 3 metros, devido ao sistema de sucessivas podas drásticas realizadas no período de inverno (julho/agosto). Em geral, a vida útil produtiva está em torno de 30 anos variando conforme o manejo dado à planta.
Para obtenção de um pomar produtivo, o ficicultor deverá executar adequadamente diversas práticas culturais.
A poda pode ser executada durante o inverno (poda hibernal ou em seco) e durante o período de crescimento vegetativo (poda em verde). A poda hibernal é mais comumente utilizada na cultura da figueira, sendo realizada no final do inverno, próximo à época da brotação. Como a figueira produz em ramos do ano, ou seja, a produção ocorre nos ramos novos emitidos no mesmo ciclo em que produzem, a principal particularidade da poda desta espécie é a realização de poda drástica nos ramos emitidos no ciclo anterior, que ficam com 5 a 10 cm de comprimento.
Há dois sistemas de poda: o sistema tradicional e o sistema com desponte.
a) Sistema tradicional ou convencional
Após a formação da estrutura principal da planta (esqueleto), anualmente deve ser realizada a poda de frutificação, quando as plantas estiverem em repouso. Esta operação consiste na retirada dos ramos que já frutificaram. Os ramos são podados drasticamente 5 a 10 cm, deixando-se apenas a estrutura inicial da planta. Posteriormente, após a brotação, são escolhidos 1 a 2 brotos em boa posição por galho podado, de modo que os ramos cresçam verticalmente, formando um círculo à volta do tronco. Os demais brotos que aparecem são totalmente eliminados. A maioria das espécies de figueira tolera bem a poda drástica, a qual também tem benefícios no controle da broca-de-figueira (Figura 4).
Com o objetivo de acelerar ou retardar a época da colheita, a poda pode ser feita de maio a novembro, respectivamente, conforme as condições climáticas e o desenvolvimento da planta. A planta podada nestes períodos poderá ter sua atividade afetada, porém havendo vantagens econômicas. Dependendo das condições climáticas e tratos, a colheita tem início cerca de 4 a 5 meses após a poda de frutificação.
b) Sistema com desponte
Uma variante do sistema de poda de frutificação é o sistema com desponte. Esta prática vem sendo utilizada comumente por produtores de Minas Gerais para a produção de figos verdes destinados a indústria. Embora faltem algumas informações sobre o efeito destes despontes na qualidade dos frutos e crescimento da planta, os resultados têm sido promissores.
O sistema de desponte consiste em efetuar primeiramente a poda drástica normal no final do período de inverno, deixando-se apenas a estrutura inicial da planta, que neste caso, é formada apenas pela haste única (40 a 60 cm) e as três pernadas (5 a 10 cm). São escolhidos 1 a 2 brotos em boa posição por galho podado, de modo que os ramos cresçam verticalmente, as quais são despontados quando atingirem oito pares de folhas (16 folhas). Este desponte estimula a brotação das gemas apicais do ramo despontado, de modo que são emitidos, após as desbrotas, outros dois ramos. Estes novos ramos serão despontados quando atingirem 3 pares de folhas (6 folhas). Esta última operação é repetida até meados de abril, num total de 4 a 6 despontes por ciclo.
Estes despontes têm como principal efeito a emissão de novo ramos produtivos, escalonando e ampliando o período de safra e a produtividade. Por ser um tecido herbáceo, os despontes são feitos manualmente. O desponte dos ramos também é feito em pomares para figo de mesa. Cada planta, devido ao desponte, pode produzir de 1,5 a 2,5 Kg de figos verdes para a indústria, denominados “figos de ponteiro” (Figura 5).
* Engenheiro Agrônomo, D.Sc., Professor Adjunto da Universidade Estadual do Oeste do Paraná-UNIOESTE, Marechal Cândido Rondon (PR). rafaelpio@hotmail.com
** Engº Agrônomo, D.Sc., Pesquisador Centro APTA Frutas - IAC, Jundiaí-SP. echagas@iac.sp.gov.br
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PODA DO FIGO FIGUEIRA SEGUNDO EMBRAPA (aqui)
Como Podar?
Após retiradas do viveiro e plantadas no local definitivo,
nos meses de junho ou julho, as figueiras só devem ser
podadas no mês de agosto, pelos mesmos motivos
expostos anteriormente. O corte da única haste, no caso
da primeira poda de formação, deve ser feito a 50 cm de
altura, deixando-se então que cresçam, sobre o tronco,
três ramos inseridos a partir de 40 cm do solo. Na segunda
poda de formação (inverno seguinte ao do plantio), cada
ramo é cortado a 20 cm do ponto de inserção, no tronco,
logo acima de uma gema convenientemente
posicionada.
Na terceira poda de formação, no inverno do ano
seguinte, cada ramo, crescido no último ciclo vegetativo,
é cortado a mais ou menos 15 cm da base (4 a 5
internódios). Após a brotação, deixam-se dois brotos bem
posicionados, eliminando-se os demais. Desta forma, o
número de ramos produtivos é duplicado em relação aos
do ramo anterior.
Dependendo da região, das condições de clima e solo,
do espaçamento e da finalidade da produção (figada,
figo em calda ou consumo "in natura"), as figueiras
poderão ser conduzidas com doze ramos, os quais darão
à planta uma forma de taça, ou ainda serem podados
da mesma forma que nos anos anteriores, elevando-se
para vinte e quatro o número de ramos produtivos, sendo
estabilizados com a poda nos anos seguintes.
Efetuada a poda, em poucos dias inicia-se um novo ciclo
vegetativo. É necessário que sejam escolhidos apenas um
ou dois brotos em cada ramo podado, sendo retirados
todos os demais. Esta operação pode ser executada com
a mão, se as brotações forem recentes ou com o auxílio
de um canivete, o que tecnicamente é recomendável,
porque são evitados descolamentos da casca e fissuras
provocadas por danos mecânicos ao retirar brotações
mais desenvolvidas. Nos cortes, deve ser pincelada pasta
bordaleza, após a poda, como proteção da planta.
O desbrote dos ramos localizados em pontos indesejáveis
é feito durante todo o período vegetativo, tantos quantos
se fizerem necessários.
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Condução, poda e raleio DO PESSEGUEIRO (EMBRAPA)
A obtenção de frutas de qualidade é um objetivo constantemente estabelecido pelo produtor, já que está diretamente relacionado à rentabilidade do pomar. O manejo da planta, com ênfase na poda e no raleio, é um dos fatores que contribuem de forma significativa para a colheita de frutas de qualidade superior, expressando assim o potencial de cada cultivar.
Sistema de condução
Poda
Raleio de frutos
Sistema de Condução |
Nos diversos países produtores, o pessegueiro é conduzido em diferentes formas da copa. Os principais são a condução em taça, em "Y", em líder central, bem como suas variações que originam sistemas com características, vantagens e desvantagens específicas.
No Brasil, como também na Serra Gaúcha, a forma de condução predominante é a taça ou vaso aberto. Esse sistema é recomendado para pessegueiros na Serra Gaúcha, pois, além de possibilitar elevada produtividade, boa insolação da copa e dos frutos, apresenta fácil condução e domínio pelo produtor. Adicionalmente, é desse sistema de condução que é encontrada a maior parte das informações da pesquisa. Esse sistema caracteriza-se pela condução da copa com 4 a 6 ramos primários ou pernadas, sobre os quais localizam-se os ramos produtivos. Os ramos primários são emitidos a partir de pontos do tronco próximos entre si, localizados a cerca de 30 a 50 cm do solo. A distribuição uniforme das pernadas em diversas direções e o pequeno tamanho e diâmetro dos ramos produtivos permite uma elevada insolação de toda a copa, bem como uma alta capacidade de produção por planta, além de favorecer a exposição e qualidade dos frutos. O alcance dos tratamentos fitossanitários é favorecido nesse sistema. Normalmente, utilizam-se espaçamentos em torno de 4,5 a 6 metros entre linhas e entre 2,5 a 4 metros na linha de plantio, originando-se densidades compreendidas entre 417 a 888 plantas por hectare.
Outros sistemas estão sendo testados, tanto pela pesquisa quanto por produtores de pêssego, visando aumentar a densidade de plantio, diminuir o tamanho das plantas e o período improdutivo do pomar, especialmente o sistema em "Y" e o líder central. Essencialmente, o objetivo dos sistemas alternativos de condução é o atingimento da máxima capacidade produtiva da planta no menor período de tempo possível. Com isso, reduz-se o tempo em que a planta fica improdutiva, no qual somente há despesas sem uma contrapartida em produção, atrasando o momento em que o pomar passa a proporcionar lucro para o produtor. Em adição, outros objetivos podem ser alcançados: facilidade de operacionalização de práticas como poda, raleio e colheita, aumento da eficiência dos tratamentos fitossanitários, dentre outros.
Entretanto, esses sistemas encontram-se, para as condições da Serra Gaúcha, ainda em estudo, sendo que a sua recomendação poderá ocorrer somente após a validação desses sistemas pela pesquisa, incluindo fatores essenciais como: uso de porta-enxertos ananizantes, definição do sistema de condução, técnicas de redução do vigor da planta, entre outras.
Fig. 1. Sistema de condução em taça (Foto: J. Bernardi) |
Poda |
O pessegueiro é uma planta frutífera que necessita de podas anuais, para a produção de bons frutos, bem como para a regularização da produção, pois produz em ramos de ano, ou seja, ramos novos.
Pode-se dividir a poda do pessegueiro em:
A poda de formação do pessegueiro deve ser executada conforme segue:
Ano | Época | Operação |
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1 | Julho - Agosto | Plantio e desponte da muda na altura de 50 a 60 cm, logo acima de uma gema. Brotações existentes abaixo da região do enxerto devem ser eliminadas, as localizadas acima, devem ser encurtadas em 10 cm do seu comprimento e podadas junto a uma gema voltada para baixo. |
1 | Setembro - Dezembro | Com o desenvolvimento das brotações, são escolhidos 4 a 5 ramos bem distribuídos no tronco separados de 10 a 15 cm. No período vegetativo, as pernadas devem ser inclinadas com ângulo de 45° em relação à horizontal (com auxílio de varas ou amarras). As demais brotações que surgirem são indesejáveis e devem ser eliminadas. |
2 | Julho | As pernadas são encurtadas em 10% se forem vigorosas e em 25% se fracas. Esta poda deve ser feita junto a uma gema vegetativa situada na parte de baixo do ramo ou, de preferência, junto a um ramo secundário inclinado. O desponte dos ramos vegetativos pode ser feito em plantas jovens (1 a 2 anos) para obter-se a altura adequada da planta. |
2 | Setembro - Dezembo | Até a altura de 0,3 a 0,4 m da inserção com o tronco, todas as brotações que surgirem deverão ser eliminadas. Se a planta for vigorosa, a poda verde poderá ser realizada visando adiantar a formação da planta. |
3 e 4 | Julho | As pernadas são novamente encurtadas e conduzidas, conforme o princípio utilizado no ano anterior, porém com ângulos de aberturas maiores (até 20° em relação à horizontal). Quando os ramos de duas plantas vizinhas encontrarem-se próximos, está terminada a poda de formação. |
A frutificação durante a formação da copa deverá ser administrada com bom senso, uma vez que a mesma compete com a formação da planta. No segundo ano, a planta poderá produzir em torno de 5 quilos por planta sem causar problema de desenvolvimento. No terceiro ano, 10 quilos, no quarto ano 20 quilos por planta. A partir do quinto ano a produção por hectare deverá ser em torno de 20 toneladas por hectare, podendo produzir mais. Isso depende da qualidade da muda, do manejo das plantas, do clima de cada ano e da sanidade das plantas.
Fig. 2. Sistema de condução em Y (Foto: J. Bernardi) |
Os principais objetivos da poda de frutificação são:
- deixar um número adequado de ramos produtivos, para obter equilíbrio entre a produção e a vegetação
- manter a produção mais próxima dos ramos principais
- obter maior quantidade de frutos com boa qualidade para comercialização
- diminuir o trabalho de raleio
- eliminar ramos com problemas ou mal localizados
- formar novos ramos produtivos para o ciclo seguinte
- controlar a estrutura e a altura das plantas
- facilitar o manejo fitossanitário da planta, promovendo melhor insolação e arejamento da copa
- em plantas jovens (1 a 2 anos), desenvolver ramificações primárias fortes e bem localizadas
A melhor época para a poda de frutificação é no inchamento das gemas, que ocorre logo após o inverno. Preferencialmente, a poda de frutificação, realizada nessa época, deve ser uma complementação da poda de outono, para evitar cortes severos nesse período, o que provoca brotações vigorosas e, por consequência, o desequilíbrio da planta. Se bem realizada a poda de outono, a poda de frutificação consiste em poucos cortes.
A poda de frutificação deve ser realizada conforme segue:
1- Eliminação dos ramos doentes, secos, quebrados, machucados, mal situados, próximos entre si e ramos ladrões (ramos vigorosos, com orientação vertical para cima ou para baixo do ramo)
2- Eliminação e/ou encurtamento de ramos que já produziram, visando a renovação de ramos de produção para o próximo ano. Os ramos produtivos podem ser despontados da seguinte forma, de modo a deixar os ramos produtivos com cerca de 40 cm de comprimento, em função da cultivar, do estado nutricional da planta e da distância entre as gemas floríferas:
desponte de 1/4 do ramo (poda longa)
desponte de 1/3 do ramo (poda média)
desponte de 1/2 do ramo (poda curta)
3- Seleção de ramos mistos de ano que permanecerão e deverão produzir na safra atual
Devem ser evitados cortes de ramos grossos, pois isso pode desequilibrar a planta, prejudicando a sua capacidade produtiva. Em plantas adultas, não se deve despontar o ramo da ponta da pernada, para favorecer a brotação melhor distribuída, principalmente na região mediana da planta. Caso contrário, haverá crescimento dominante na parte superior da pernada, fazendo com que os ramos novos, que são produtivos, fiquem localizados predominantemente na periferia da copa.
Poda de outono: A poda de outono serve para dar uma estrutura adequada à planta, com ramos bem distribuídos em toda planta para que produza o máximo com a melhor qualidade, e auxilia muito no estabelecimento do equilíbrio entre vegetação e frutificação. Além disso, antecipa, com vantagens, os cortes que seriam feitos no inverno, já que os cortes feitos nessa época não resultam em brotações vigorosas, ao contrário do que ocorre com a poda hibernal.
A poda de outono deve ser feita logo após a colheita ou no máximo até final do mês de abril e tem por objetivo eliminar:
- ramos mal colocados
- ramos com cancros
- ramos "ladrões"
- "forquilhas"
- ramos que sombreiam outras partes da planta.
A poda de outono deve ser efetuada conforme segue:
1- Analisar o vigor da planta e a presença de ramos grossos (mais de 2 cm de diâmetro)
2- Retirar ramos "ladrões" (com crescimento vegetativo em excesso)
3- Retirar ramos doentes e em posição inadequada
4- Não podar os raminhos que frutificaram no ano anterior; esses devem ser podados no inverno, na poda de frutificação. Nos cortes feitos nessa época a brotação, na primavera, ocorre com menos vigor do que se forem feitos no inverno
A proteção dos cortes com algum produto fungicida é uma prática importante contra a entrada de doenças que causam cancros e gomose. O produto para passar nos cortes pode ser uma pasta, a qual pode ser passada com um pincel, recobrindo toda parte cortada. Esta pasta pode ser feita com:
- Mistura de Tebuconazole (10 ml) e tinta plástica (1 litro)
- Mistura de sulfato (2 kg), cal (2 kg) e água (10 litros)
- Mistura de calda bordalesa ("verderame") (10 ml) e tinta plástica (1 litro)
- Outras pastas caseiras ou encontradas no mercado.
O cobre não deve ser passado puro ou muito forte nas feridas, principalmente nos ramos novos porque provoca exsudação e com isso haverá retirada da pasta ou pode causar alguma fitotoxidez.
Após a poda, os ramos podados deverão ser retirados do pomar, de modo a não se tornarem foco para proliferação de doenças. Preferencialmente, esses ramos devem ser queimados ou enterrados. Uma alternativa à retirada dos ramos é a roçada com trituração dos ramos, facilitando o seu apodrecimento e redução do risco de contaminação das plantas.
Poda verde: Essa poda é feita na fase vegetativa da planta com o objetivo de melhorar a qualidade dos frutos e a produtividade das plantas. A poda verde é necessária para retirar brotos vigorosos voltados para o interior da copa, que causam sombreamento dos frutos e da planta, e ramos "ladrões", com o objetivo de aumentar a aeração e entrada de luz. Com essa poda procura-se manter uma produção nas camadas inferiores.
Fig. 3. Planta necessitando poda verde (Foto: J. Bernardi) |
Poda de renovação: Como o próprio nome diz, consiste em renovar os ramos básicos das plantas já formadas ou velhas, dando, a partir daí, uma conformação renovada. É feita uma poda drástica no inverno, deixando apenas os ramos primários com 30 - 50 cm de comprimento. Após a poda, ocorrerão brotações, as quais deverão ser conduzidas seguindo os padrões já estabelecidos.
Fig. 4. Poda de renovação (Foto do livro: Medeiros e Raseira, 1998) |
O raleio de frutos na cultura do pessegueiro é uma das práticas mais importantes para obter-se produção de frutos com boa qualidade e com rentabilidade satisfatória. Em geral, a planta fixa muito mais frutos do que o necessário para a produção com qualidade. Como os frutos competem entre si e também com o crescimento vegetativo por água e nutrientes, o desenvolvimento das plantas e dos frutos fica prejudicado com o excesso de frutos.
De um modo geral, são necessárias 30 a 40 folhas por fruto, e o raleio é feito com base na capacidade produtiva da planta e no tamanho do fruto característico de cada cultivar.
Os objetivos do raleio são:
- aumentar o tamanho, a qualidade e a coloração dos frutos. Com o raleio, a competição entre frutos é reduzida, favorecendo o seu crescimento. Cada fruto necessita em torno de 30 a 40 folhas para a sua adequada formação e crescimento.
- reduzir o custo de colheita, devido à menor quantidade de frutos a serem colhidos.
- evitar quebra de ramos pelo peso excessivo.
- padronizar a qualidade dos frutos na colheita, pela eliminação de frutos danificados por pragas ou doenças ou com algum defeito.
- manter equilíbrio entre a vegetação e a frutificação da planta.
- reduzir o risco de alternância na produção em anos consecutivos.
- diminuir o ataque de pragas e doenças pelo aumento do espaço entre um fruto e outro.
- melhorar a eficiência dos tratamentos contra pragas e doenças.
A época de maior resposta ao raleio é o período compreendido entre a floração até 30 dias após a queda das pétalas. Porém, quando os frutos são raleados muito precocemente, pode haver gasto excessivo de mão-de-obra, já que, neste período, há queda natural dos frutos. Por esta razão, o raleio pode ser feito mais tardiamente. Recomenda-se fazer o raleio quando os frutinhos atingirem de 1,5 a 2 cm de diâmetro, ou a partir de 35 a 40 dias após a floração. Nesse momento, pode-se deixar a quantidade desejada e definitiva de frutos por planta.
É importante e indispensável deixar os frutos distantes um do outro. Deve-se evitar deixar 2 ou 3 frutos juntos, porque ali se alojam insetos e as doenças são mais danosas. Começa-se o raleio pelos frutos doentes, menores, mal colocados e os da parte de cima do ramo. Na prática deve-se deixar um fruto a cada 5 a 8 cm e, nos raminhos finos, deixar 1 fruto ou no máximo 2.
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