quinta-feira, fevereiro 09, 2006

CULTURA DA GOIABEIRA

Souza, O. P.

Mancin, C.A.

MELO, B.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO. 1

2 ASPECTOS BOTÂNICOS. 1

3 IMPORTÂNCIA ALIMENTAR E SOCIAL. 2

3.1 Composição química. 2

4 VARIEDADES. 3

5 ECOLOGIA. 3

5.1 Clima. 3

5.1.1 Temperatura. 4

5.1.2 Chuvas. 4

5.1.3 Umidade relativa. 4

5.1.4 Geadas. 4

5.1.5 Solo. 4

6 PROPAGAÇÃO. 5

6.1 Semente. 5

6.2 Enxertia. 5

6.3 Estaca herbácea. 5

7 Tipos de Recipientes que podem ser utilizados na produção de mudas. 6

7.1 Sacos plásticos. 6

7.2 Tubetes. 7

7.3 Bandejas. 7

7.4 Citropotes. 7

8 ESCOLHA DAS MUDAS. 8

9 PREPARO DO SOLO E PLANTIO. 8

10 TRATOS CULTURAIS. 8

10.1 Poda da goiabeira. 8

10.1.1 Poda de formação. 8

10.1.2 Poda de frutificação. 9

10.2 Desbaste e o Ensacamento dos Frutos. 11

10.3 Cuidados a serem observados na poda. 12

10.4 Cuidados após a poda. 13

10.5 Irrigação e drenagem.. 13

10.6 Adubação. 15

10.6.1 Calagem.. 15

10.6.2 Adubação de plantio e pós-plantio. 15

10.7 Manejo de plantas invasoras. 16

11 CULTURA INTERCALAR. 16

12 MANEJO DE PRAGAS E DOENÇAS. 16

12.1 Principais pragas. 16

12.1.1 Broca das Mirtáceas. 17

12.1.2 Coleobroca. 17

12.1.3 Besouro da Goiabeira - Besouro Amarelo 17

12.1.4 Psilídio. 17

12.1.5 Percevejo da Verrugose. 17

12.1.6 Gorgulho das Goiabas . 18

12.1.7 Moscas das Frutas . 18

12.1.8 Outras Pragas Secundárias. 18

12.2 Principais doenças. 19

12.2.1 Ferrugem da Goiabeira: 19

12.2.2 Verrugose. 19

12.2.3 Antracnose. 19

12.2.4 Seca Bacteriana ou Bacteriose. 19

13 COLHEITA. 21

13.1 Classificação. 21

13.1.1 Grupo ou cor de polpa. 21

13.1.2 Sub-grupo ou cor da casca. 22

13.1.3 Classe ou calibre. 22

13.1.4 Tipo ou Categoria. 22

13.2 Embalagem.. 24

13.3 Rotulagem.. 25

13.4 Armazenagem.. 25

14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 26


1 INTRODUÇÃO

A fruticultura apresenta inúmeras vantagens econômicas e sociais, como elevação do nível de emprego, fixação do homem no campo, a melhor distribuição da renda regional, a geração de produtos de alto valor comercial e importantes receitas e impostos, além de excelentes expectativas de mercado interno e externo gerando divisas. Entre as novas alternativas, encontra-se a cultura da goiaba, atividade de alta rentabilidade e com grande possibilidade de expansão no país.

Originária da América Tropical, a goiabeira adapta-se a diferentes condições climáticas e de solo, fornecendo frutos que são aproveitados deste a forma artesanal até a industrial. É cultivada no Brasil e em outros países sul americanos, bem como nas Antilhas e nas partes mais quentes dos Estados Unidos, como a Flórida e a Califórnia. O Brasil é um dos maiores produtores mundiais juntamente com a Índia, Paquistão, México, Egito e Venezuela.

Irrigando a lavoura e fazendo podas programadas é possível colher durante todo o ano, permitindo ao produtor a comercialização dos frutos no período de entressafra. Efetuando-se o devido controle de pragas e doenças, é possível obter 800 frutos por planta adulta, com produtividade superior a 40 toneladas por hectare.

Na região sudeste, destaca-se os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro como os maiores produtores; Bahia, Pernambuco e Paraíba, na região nordeste; Goiás, no centro-oeste e Rio Grande do Sul e Paraná na região sul (Quadro 1).

Quadro 1: Produção de goiaba no Brasil por região, em toneladas, 1988/97.

ANOS

FATORES

REGIÕES

NORTE

NORDESTE

SUDESTE

SUL

C.OESTE

BRASIL

1988

Produção

151

104211

97280

7258

27

208927

Área Colhida

12

2958

3126

623

80

6799

1989

Produção

180

109759

101282

11779

27

223027

Área Colhida

12

3420

3576

702

80

7790

1990

Produção

0

114186

103500

11889

810

230385

Área Colhida

0

3802

3630

708

70

8210

1991

Produção

0

127713

91146

13689

951

233499

Área Colhida

0

3366

3458

691

125

7640

1992

Produção

0

122804

117596

11875

2486

254761

Área Colhida

0

3394

3640

771

136

7941

1993

Produção

0

93223

140682

12672

3988

250565

Área Colhida

0

3836

4126

832

124

8636

1994

Produção

45

68678

143639

14918

5806

233086

Área Colhida

10

2886

4371

820

425

8512

1995

Produção

132

76189

159100

16918

6227

258566

Área Colhida

14

3091

4713

883

471

9172

1996

Produção

136

78474

163872

17415

6415

266322

Área Colhida

15

3184

4854

909

764

9726

1997

Produção

140

80843

168819

17951

6609

274362

Área Colhida

17

3698

5639

1056

564

10974

Fonte: LSPA/SIDRA 97/IBGE, AGRIANUAL 96. – Revista Pesagro – Rio – Maio 2001

2 ASPECTOS BOTÂNICOS

A goiabeira pertence ao gênero Psidium, da família Mitaceae, que é composta por mais de 70 gêneros e 2.800 espécies, sendo que 110 a 130 espécies são naturais da América Tropical e Subtropical.

A planta é um arbusto de árvore de pequeno porte (Koller, 1979), que pode atingir de 3 a 6 metros de altura. As folhas são opostas, tem formato elíptico-ablongo e caem após a maturação.

As flores são brancas, hermafroditas, eclodem em botões isolados ou em grupos de dois ou três, sempre nas axilas das folhas e nas brotações surgidas em ramos maduros.

No que diz respeito à polinização, sabe-se que a goiabeira apresenta fecundação cruzada, que pode variar entre plantas 25,7 a 41,3 %, considerando-se 35,6 como o índice médio (Soubihe Sobrinho & Gurgel, 1962). A abelha Apis melífera é o principal polinizador.

Os frutos da goiabeira são bagas que tem tamanho, forma e coloração de polpa variável em função da cultivar. A frutificação começa no segundo ou terceiro ano após o plantio no local definitivo ou menos dependendo se a cultivar foi oriunda de propagação por estaquia. A floração ocorre entre 71 e 84 dias após a poda. Os botões florais são formados entre 47 a 70 dias após a poda. O pegamento dos frutos ocorre, aproximadamente, 90 dias após a poda.

3 IMPORTÂNCIA ALIMENTAR E SOCIAL

A goiaba é um alimento de grande valor nutritivo. Possui quantidade razoável de sais minerais, como cálcio e fósforo. É rica em vitaminas como A, B1 (Tiamina), e B2 (Riboflavina), B6 (Piridoxina). Em matéria de vitamina C, tem poucos rivais. Algumas variedades nacionais acusam em média um teor de ácido ascórbico de 80 miligramas por 100 gramas. A goiaba branca e a amarela são mais ricas que a vermelha. O limão contém cerca de 40 mg por 100g, que corresponde à metade da concentração da goiaba branca.

O conteúdo de vitamina C vai descendo de fora para dentro do fruto. Nessas condições, a casca é mais rica do que a polpa interna.

Graças à descoberta do elevado teor de vitamina C da goiaba, esta fruta foi, durante a Segunda Guerra Mundial, utilizada como suplemento na alimentação dos soldados aliados nas regiões frias. Desidratada e reduzida a pó tinha por finalidade aumentar a resistência orgânica contra as afecções do aparelho respiratório.

O suco de goiaba, no Brasil, poderá a vir a ser um substituto do suco de laranja e limão na alimentação não só das crianças, mas na do adulto, ajudando-os a ter uma alimentação balanceada, indispensável no equilíbrio da saúde.

3.1 Composição química

Sabendo do valor nutricional da goiaba, faz-se necessário saber a sua composição química em 100 gramas de fruto (quadro 2,3 e 4).

Quadro 2 – Composição química da goiaba

Composição química

Quantidade

Calorias

39,60kcal

Água

90,11g

Carboidratos

7,98g

Proteínas

0,75g

Lipídios

0,50g

Cinzas

0,66g

Fonte: As frutas na medicina natural

Quadro 3 – Composição química (Vitaminas)

Espécie

Composição

Química

Goiaba

vermelha

Goiaba

amarela

Goiaba

branca

Vitamina A (retinol equivalente)

24mcg

-

33mcg

Vitamina B1 (Tiamina)

190,00mcg

-

-

Vitamina B2 (Riboflavina)

154,00mcg

183,00mcg

156,00mcg

Vitamina C (Ácido Ascórbico)

45,60mg

80,20mg

80,10mg

Niacina

1,20mg

0,77mg

-

Fonte: SAPS

Quadro 4 – Composição Química – Sais Minerais

Sais Minerais

Quantidade

Cálcio

14,00mg

Fósforo

30,00mg

Ferro

0,50mg

Fonte: SAPS

4 VARIEDADES

O produtor que optar pelo mercado externo deverá dar preferência às variedades que produzam frutos com polpa branca e para o mercado interno, para consumo in natura ou para fins industriais, as variedades que produzam frutos de polpa avermelhada (Quadro 5).

Quadro 5 Características das principais variedades de goiaba. Macaé-RJ, 1997.

VARIEDADE

ORIGEM

CARACTÉRISTICAS DOS FRUTOS

VIGOR DAS ÁRVORES

COLORAÇÃO

TAMANHO

FORMA

Kumagai

Campinas-SP

Branca

Grande

Arredondada

Médio

Ogawa 1

Seropédica-RJ

Branca

Grande

Oblonga

Vigorosa

Ogawa 2

Seropédica-RJ

Vermelha

Grande

Oblonga

Vigorosa

Ogawa 3

Seropédica-RJ

Rosada

Grande

Arredondada

Médio

Paluma

Jaboticabal-SP

Vermelha

Grande

Piriforme

Vigorosa

Rica

Jaboticabal-SP

Vermelha

Médio

Piriforme

Vigorosa

Pedro Sato

Nova Iguaçu-RJ

Vermelha

Grande

Oblonga

Vigorosa

Sassaoca

Valinhos-SP

Vermelho

Grande

Arredondada

Bom

Fonte: PESAGRO-RIO

5 ECOLOGIA

5.1 Clima

Apesar de ser nativa de região tropical, a goiabeira vegeta e produz bem, desde ao nível do mar até à altitude de l.700 m, sendo, por essa razão, amplamente difundida em várias regiões do país. Segundo Manica, citado por Pereira & Martínez Júnior (1986), é possível encontrar pomares comerciais de goiabeira do Rio Grande do Sul ao Nordeste brasileiro.

No Planalto Paulista, onde, de um modo geral, o inverno é brando e pouco chuvoso e o verão é longo e úmido, a goiabeira, segundo Pereira & Martínez Júnior (1986), apresenta ótimo desenvolvimento. Levantamentos realizados por Maia et al. (1988) dão conta da produção de goiaba de mesa em 94 municípios do Estado de São Paulo, destacando-se os de Campinas e Valinhos.

Não obstante a adaptabilidade da goiabeira a uma faixa climática bastante ampla, alguns fatores exercem grande influência sobre o seu desempenho agronômico.

5.1.1 Temperatura

A temperatura ideal para a vegetação e produção situa-se entre 25 e 30°, sendo muito exigente ao fotoperíodo. A temperatura não só limita, mas determina a época de produção da goiabeira. As goiabeiras sofrem danos em regiões sujeitas a geadas e ventos fortes.

5.1.2 Chuvas

A quantidade de chuvas por ano não deve ser inferior a 600mm, sendo que o intervalo ideal é de 1000 a 1600mm anuais, com boa distribuição ao longo do ano.

Nas regiões onde a estação das secas se prolonga, torna-se necessário fazer irrigação.

5.1.3 Umidade relativa

A umidade relativa do ar, outro fator importante para o cultivo da goiabeira, pode influir tanto no aspecto fisiológico como nas condições fitossanitárias dos frutos produzidos.

A faixa de umidade relativa do ar mais favorável ao cultivo da goiabeira parece situar-se entre 50 e 80%.

É importante assinalar aqui que independentemente da existência de faixas adequadas de temperatura e umidade, isoladamente consideradas, é imprescindível que os demais fatores de crescimento sejam otimizados.

5.1.4 Geadas

A goiabeira não tolera geada, causando, as mais rigorosas, queimas de folhas e ramos. Em plantas podadas, os danos são mais drásticos pela maior exposição dos ramos internos. Em algumas áreas da região Sudeste sujeitas a geadas o produtor devera evitar poda drástica entre os meses de junho e julho.

5.1.5 Solo

Por ser uma planta dotada de grande rusticidade, a goiabeira adapta-se aos mais variados tipos de solo. Recomenda-se, porém, que sejam evitados os solos pesados e mal drenados principalmente nas áreas irrigadas onde existe o risco de salinização.

Os solos adequados ao cultivo da goiabeira, sobretudo no caso da instalação de pomares destinados à produção de frutas para consumo in natura e exportação, são os areno-argilosos profundos, bem drenados, ricos em matéria orgânica e com pH em torno 5,5 a 6,0. Em solos com pH igual ou superior a sete normalmente aparecem deficiências de ferro. Deve-se também sempre que possível preferir o plantio em terrenos protegidos dos ventos frios ou do frio vindos do sul.

6 PROPAGAÇÃO

A goiabeira pode ser propagada através de semente, alporquia (mergulhia), estaquia, enxertia e cultura de tecido.

6.1 Semente

Muitos pomares ainda são constituídos por plantas oriundas de sementes (pé franco), porém, atualmente, não se aconselha essa forma de propagação, pois o pomar demora a produzir e o vigor das plantas difere de uma para outra. Mesmo que se tirem as sementes de um único fruto, colhem-se frutos sem padrão definido (vermelho, branco, pequeno, grande, redondo, em forma de pêra, etc.).

O plantio por sementes é aconselhável somente para os porta-enxertos, quando 4 ou 5 sementes são plantadas em sacos de 5 litros contendo substrato de esterco, areia e terra, podendo-se utilizar ou não calcário e superfosfato.

6.2 Enxertia

A goiabeira pode ser propagada por diversos tipos de borbulhia (T normal; T invertido e em placa ou escudo) e garfagem, sendo a mais utilizada a borbulhia em placa ou escudo.

Procede-se à enxertia quando o diâmetro do porta-enxerto (ou cavalo) atingir l cm no local do enxerto, o que ocorre após 11 a 15 meses após o plantio. Uma ou duas semanas antes da enxertia, os ramos da planta mãe (borbulheira) devem ser podados para que intumesçam as gemas. Com a ajuda de um vazador de l cm de diâmetro, retira-se a casca do porta-enxerto e coloca-se no lugar um pedaço da casca da copa com uma borbulha, também retirada com o mesmo vazador. Enrola-se com fita de enxertia por duas semanas até o pegamento, quando é retirada a fita e feita a poda apical l cm acima do ponto de enxertia.

6.3 Estaca herbácea

É um processo mais recente, cujas principais vantagens são o curto período necessário para a formação das mudas e a uniformidade genética da planta obtida.

A estaquia herbácea é realizada dentro de câmaras de nebulização intermitente. As câmaras de nebulização, que podem ser instaladas sob estufa, ripado ou a céu aberto, são compartimentos que dispõe de um conjunto de bicos nebulizadores cujo volume de água no ambiente é controlado por uma válvula solenóide sempre aberta. A distribuição da água, cuja função é manter uma fina camada de umidade sobre a superfície das folhas, é regulada por um "Timer", que comanda a válvula solenóide, permitindo que os intervalos de aproximadamente um a dois minutos estejam distribuídos no interior da câmara, através dos bicos nebulizadores, jatos de água com duração de 5 a 10 segundos.

As estacas retiradas das partes verdes dos ramos de crescimento do ano são preparadas com dois nós, mantendo-se o par de folhas intacto no nó superior, retirando-se as folhas basais. O corte basal na estaca deve ser realizado logo abaixo do nó e o corte apical deve ser feito l cm acima do par de folhas. Estacas preparadas com partes lenhosas (amareladas ou achocolatadas) dos ramos têm enraizamento praticamente nulo.

As estacas herbáceas devem ser esfaqueadas em caixas de madeira "tipo uva", tendo como substrato a vermiculita fina. Normalmente em uma caixa tipo uva (11 x 40 x 22 cm) são estaqueadas cerca de 24 a 28 estacas.

Quando a estaquia é realizada nos períodos quentes do ano o enraizamento é normalmente muito satisfatório (aproximadamente 70%). No inverno esta porcentagem tende a cair de modo significativo, sendo aconselhável nesta época a utilização de reguladores de crescimento.

O regulador de crescimento que traz melhores resultados é o IBA (Ácido indolbutirico) que em doses de 200 ppm através de aplicações por imersão da base das estacas por 12 a 14 horas, em ambiente escuro e temperatura próxima a 23°C, propicia satisfatório acréscimo no enraizamento.

Normalmente o período necessário para o enraizamento varia em função das condições climáticas, ocorrendo normalmente entre 45 a 65 dias.

Após o enraizamento, as estacas devem ser transplantadas para sacos plásticos com 2 a 3 litros de volume, tendo como substrato mistura de terra argilosa, areia e matéria orgânica na proporção de 1:1:1.

Nos sacos plásticos, mantidos sob sombra durante o primeiro mês, ocorre o início da brotação das duas gemas existentes na "axila" das folhas.

Procedendo-se a condução de um único broto, aproximadamente 6 meses após a estaquia pode se obter uma muda com haste única de 50 cm de altura, em condições de ser levada ao campo.

Estacas folhadas com enraizamento

Fonte: Cultura da goiabeira-1995.

Mudas de goiaba enxertada em viveiro

Fonte: FRUPEX.

Sete Tipos de Recipientes que podem ser utilizados na produção de mudas

Vários são os recipientes utilizados na produção de mudas de goiaba. Entre estes, podem ser citados: sacos plásticos, tubetes, citropotes, bandejas plásticas ou de isopor, caixas de madeira ou metal, vasos plásticos, entre outros. A seguir, serão descritos alguns dos principais recipientes utilizados na propagação comercial:

7.1 Sacos plásticos

São recipientes que podem apresentar as mais diferentes dimensões, tais como 8 cm (diâmetro) x 12 cm (altura) e 12 x 20 cm. Normalmente, apresentam coloração preta ou escura para impedir o desenvolvimento de algas e invasoras dentro do recipiente e proporcionar melhores condições de desenvolvimento para as raízes. São perfurados na sua base para a drenagem da água. Apresentam a vantagem de serem muito versáteis, adaptando-se a uma grande variedade de situações, além de terem baixo custo de aquisição, serem reutilizáveis e serem de fácil manejo. Porém, se o plástico for de pouca espessura, facilmente rompem devido ao peso do substrato ou ao crescimento das raízes e não permitem a sua reutilização por várias vezes. Além disso, se as perfurações devem estar localizadas próximo à base da embalagem, caso contrário, não permitem um bom escoamento da água em excesso, prejudicando o crescimento da muda. É importante atentar-se para a qualidade do plástico, além do número e posição das perfurações no momento da aquisição.

7.2 Tubetes

São recipientes de formato cônico, construídos em plástico rígido e de cor escura. Internamente, apresentam estrias que impedem o enovelamento das raízes. Podem acondicionar diferentes volumes de substrato. Para o uso dos tubetes, é necessário um sistema de suporte, que pode ser uma bandeja de isopor, de plástico ou metal, bem como uma bancada com fios de arame distanciados de forma a possibilitar a colocação dos tubetes. Assim, os tubetes ficam suspensos, de modo que a sua base fique exposta ao ar, proporcionando a denominada "poda pelo vento" das raízes. Apresentam a vantagem de serem reutilizáveis por muitas vezes, além de permitir a produção de um grande número de mudas por unidade de área. Por serem unidades independentes, os tubetes permitem a seleção das mudas com a embalagem. Por reterem um pequeno volume de substrato, requerem que se retire a muda tão logo as raízes ocupem todo o substrato - por isso, são úteis para a primeira etapa da propagação, além de necessitarem de irrigações periódicas, visto que o substrato facilmente se resseca. Dependendo do substrato, o tubete pode não reter o mesmo, que é perdido pelo orifício na base.

7.3 Bandejas

Podem ser confeccionadas em plástico, normalmente apresentando um espaço único e contínuo para acondicionamento do substrato, bem como podem ser feitas de poliestireno expandido (isopor), constituídas de um número variável de células, nas quais é feita a produção da muda. As células apresentam forma piramidal invertida, com capacidade de até 120 cm3 de substrato por célula. Na base, a célula apresenta um orifício para escoamento da água. As bandejas podem ser reutilizadas por diversas vezes. Assim como o tubete, as bandejas são úteis na primeira etapa da propagação, pois acondicionam pequeno volume de substrato. Preferencialmente, as bandejas devem ficar suspensas, permitindo a "poda pelo vento". A durabilidade da bandeja está em função do ambiente onde é feita a propagação e do cuidado no manuseio das mesmas. Para uma dada espécies, em sistemas tradicionais de propagação (viveiros), podem ser produzidas cerca de 25 a 30.000 mudas/ha, enquanto com uso de bandejas, podem ser produzidas cerca de 200.000 mudas/ha.

7.4 Citropotes

Também conhecidos como "containers", apresentam esta denominação, por terem sido desenvolvidos e difundidos para a produção de mudas cítricas. São confeccionados em plástico preto rígido e acondicionam grande volume de substrato, de modo a permitir que a muda seja mantida neste recipiente desde a repicagem da muda (produzida em tubetes ou bandejas) até a comercialização e apresentam diversas vantagens, dentre as quais a facilidade de manuseio da muda, a possibilidade de produção de mudas numa mesma área durante vários anos (desde que o substrato seja oriundo de local isento de patógenos), bem como permitindo o plantio da muda no pomar sem danos ao sistema radicular. Uma das principais limitações ao uso do citropote é o levado custo.

Na propagação por sementes, são comumente utilizados os sacos plásticos, as bandejas e os tubetes, já na propagação por estacas, é mais comum o uso de sacos plásticos, embora ensaios feitos com bandejas e tubetes tenham, até o momento, proporcionado resultados bastante promissores.

8 ESCOLHA DAS MUDAS

Atualmente, em plantios comerciais, não se plantam mudas oriundas de sementes, já que elas não produzem de forma homogênea devido à diversidade genética. Utilizam-se mudas enxertadas e de estacas herbáceas.

As mudas enxertadas são mais caras, pois levam 18 meses para serem produzidas, porém suas plantas apresentam raízes pivotantes e copas mais vigorosas. As mudas de estacas são obtidas em apenas quatro meses em câmaras de nebulização e são mais baratas. Só produzem raízes adventícias e, por isso, as plantas são menos resistentes a estiagens prolongadas e ventos fortes.

Os produtores devem adquirir mudas de boa procedência, livres de pragas e doenças (com folhas inteiras e sem manchas) e sem ramificações laterais, evitando comprar mudas cujas raízes já tenham rompido os sacos de polietileno.

9 PREPARO DO SOLO E PLANTIO

Antes da abertura das covas, geralmente, faz-se uma calagem de acordo com a análise de solo, seguida de aração e gradagem.

O plantio direto também pode ser utilizado, adotando-se espaçamento de 7m x 5m ou 6m x 6m, abrindo-se covas de 60cm x 60cm x 60cm. A camada superior do solo, retirada das covas (até 20 cm de profundidade), acrescentam-se esterco de curral ou esterco de aves e calcário dolomítico. Adubos fosfatados devem ser aplicados apenas na hora do plantio, no mínimo após duas semanas. No ato do plantio, o colo das plantas deve ficar ao nível do terreno, eliminando-se o saco plástico (ou jaca), firmando-se o solo ao redor do torrão. Ao lado de cada muda, deve-se fincar uma estaca de bambu ou outra madeira de l,5m e providenciar o amarrio das mudas. Ao redor da planta, pode ser colocada cobertura morta (capim seco, palha de arroz e outras), deixando apenas 5 a 10 cm ao redor da planta sem cobrir, para evitar que doenças possam atingir o colo da muda pelo excesso de umidade.

10 TRATOS CULTURAIS

10.1 Poda da goiabeira

Existem, basicamente, três tipos de podas em goiabeiras: poda de formação, poda de limpeza e poda de frutificação.

10.1.1 Poda de formação

É dividida em duas fases: na primeira, deve-se fazer a poda do ramo apical quando o local do corte, à altura de 40 a 60 cm, dependendo da variedade, estiver lenhoso. Nesta fase, a casca tem coloração acastanhada. Na segunda fase, após ramificação abundante ocasionada pela poda apical, escolhem-se de três a cinco ramos bem distribuídos, saindo de pontos diferentes do tronco.










Fonte: Cultura da goiaba -1995

Goiabeira com formação adequada de copa

Fonte: Foto do Autor.


Goiabeira com primeira poda de formação

Fonte: FRUPEX



10.1.2 Poda de frutificação

Como a goiabeira produz em ramos, em crescimento, a poda de frutificação consiste no encurtamento dos ramos que já produziram, de modo a manter a planta em atividade, pelo estimulo à nova brotação, que devera ser frutífera. Para que isso aconteça, o ramo devera ser podado no comprimento correto. Ramos vigorosos, podados em esporão, resultaram em crescimento vegetativo, enquanto a poda longa de ramos fracos tende a enfraquecer a nova brotação.

A poda pode ser continua ou total. Na poda continua, cada ramo é podado individualmente a cada repasse do pomar, quando é realizado o encurtamento dos ramos produtivos primários cerca de um mês apos a colheita dos últimos frutos para que produzam uma segunda safra, de forma que cada planta produza continuadamente ao longo de todo o ano.

É importante que se de ao ramo esse período de repouso de pelo menos trinta dias, par que haja acumulo de reservas, tanto nutritivas quanto hormonais, necessárias a uma brotação e frutificação adequada.

Na poda total, todos os ramos são podados de uma só vez, de forma que a produção ocorra ao mesmo tempo. Essa poda deve ser feita em duas etapas. Na primeira é deixado um ramo pulmão por planta, para a finalidade de manter a transpiração, assegurando a uniformidade da brotação e a produção de maior número de ramos frutíferos. Na segunda com inicio da brotação resultante da primeira poda, é feita a poda do ramo pulmão.

Em lavouras irrigadas, a época de poda define a época de colheita, sendo possível planejar a safra para qualquer mês do ano (6 a 7 meses após a poda ocorre a maturação dos frutos).

Na execução da poda de frutificação, podem-se adotar certas regras úteis, por estabelecerem uma seqüência lógica para a operação:

- Remova os ramos quebrados, mortos, e doentes;

- Remova os ramos “ladrões”;

- Remova os ramos que, por estarem encostados, se atritam com o movimento da planta;

- Remova os ramos que crescem em direção ao centro da planta ou que cruzam na copa;

- Remova os ramos que crescem para baixo, pois, geralmente são improdutivos;

- Execute a poda dos ramos remanescentes com o objetivo de manter o equilíbrio entre as funções reprodutivas e vegetativas da planta, baseando, dentro dos limites do possível, realçá-las ao máximo.

-

Nos pomares destinados à produção de goiabas de mesa, após as operações anteriormente relacionadas, devem-se submeter os ramos remanescentes a uma poda de encurtamento. Este encurtamento, que depende do vigor dos ramos, é realizado em ramos normais deixando de 2 a 3 pares de folhas. A intensa brotação que ocorre após a poda, deve ser reduzida através de sucessivas desbrotas, deixando-se em média dois brotos, em posições distintas, por ramos podado. Os frutos que se desenvolvem nestes brotos devem ser desbastados, quando apresentam de 2 a 3cm de diâmetro, deixando-se em média 2 frutos por broto.

Com o objetivo de se obter uma sobre-colheita que irá prolongar o período de safra, muitos produtores costumam despontar estes ramos deixando no mínimo 6 pares de folhas acima dos frutos. Deste desponte, que possibilita nova brotação na extremidade dos ramos, deixa-se apenas dois brotos localizados em posições opostas por ramo, para que frutifiquem.

Durante todo o período de crescimento da brotação devem ser feitas sucessivas desbrotas para reduzir os ramos em excesso e manter o centro da copa aberto, a fim de assegurar adequada penetração de ar e luz no interior da planta, garantindo assim a sua sanidade e a qualidade de sua produção.

Tanto o desbaste como o encurtamento são praticas importantes na formação e manejo da goiabeira. O encurtamento é mais importante na fase de formação, tendo por finalidade obtenção de uma copa bem formada, enquanto o desbaste favorece a produção de ramos frutíferos e a sua manutenção em boas condições. A medida que a planta vai ficando mais velha, há maior necessidade de mais desbaste e menos encurtamento.

Entre outras formas de supressão de ramos ou de suas partes os mais importantes são:

- Desponte: é o encurtamento praticado em verde, sobre a extremidade do ramo novo. Sua prática diminui o vigor da planta.

- Desbrota: é a intervenção que se faz em verde, para eliminar ramos supérfluos e concorrentes.

- Poda em coroa: é o encurtamento total do ramo, que fica reduzido à "coroa", que é a porção mais grossa existente em sua base e onde existe um cordão de gemas.

- Poda em esporão: é o encurtamento deixando-se apenas a base do ramo, geralmente com duas ou três gemas, ou com quatro a seis centímetros de comprimento.

- Poda em vara: é o encurtamento em que se deixa o ramo com um número maior de gemas, em geral com 10 a 20 cm de comprimento.

Poda total com ramos pulmões

Fonte: Foto do autor.

Poda de encurtamento dos ramos

produtivos para obtenção de uma

segunda safra.

Fonte: Foto do Autor.

Brotação intensa sem desbaste. Fonte: CATI – 1994.

Poda em esporão

Fonte: CATI-1994.



10.2 Desbaste e o Ensacamento dos Frutos

Em pomares exclusivos de goiaba de mesa o desbaste de frutos é obrigatório para a obtenção de frutos grandes com ótimo aspecto.

O desbaste deve ser feito quando os frutos apresentarem de 2 a 3cm de diâmetro, deixando-se de 2 a 3 frutos por ramo. Em plantas adultas são deixados entre 600 a 800 frutos. Durante a operação de desbaste devem ser retirados os restos do cálice floral existentes na base dos frutos, para melhorar o seu aspecto.

Nos mais tecnificados pomares, os frutos remanescentes são protegidos por sacos de papel manteiga com dimensões usuais de 15x12cm. Estes sacos são presos no pedúnculo do fruto ou no ramo que o sustenta, sendo no ramo mais aconselhável.

Vantagens do ensacamento:

- Melhora o aspecto do fruto, que quando maduro apresenta a casca uniforme completamente sem manchas;

-É o mais eficiente método de controle da mosca das frutas, do gorgulho e de eventuais ataques do besouro amarelo e;

-Permite a colheita de frutos sem resíduos tóxicos na casca.

Ramos sem desbaste

Fonte: Cultura da Goiabeira - 1995

Ramos com desbaste

Fonte: Cultura da Goiabeira - 1995





10.3 Cuidados a serem observados na poda

- Os cortes deverão ser sempre lisos e inclinados, para facilitar a cicatrização e evitar o acumulo de água na sua superfície.

- Deve-se utilizar tesoura com lamina devidamente afiada e serrotes bem travados;

- O desbaste de ramo deve ser feito com corte bem rente a sua base, sem danificar a “coroa” de gemas ai existentes.

- Os encurtamentos deverão ser feitos 2cm acima de uma gema, de forma a favorecer a brotação da mesma.

10.4 Cuidados após a poda

- Fazer a aplicação de uma pasta ou uma calda de um fungicida a base de cobre nas partes feridas para evitar a invasão de organismos causadores de doenças e podridões.

- Nos pomares submetidos a poda total, recomenda-se a sua pulverização imediatamente após o termino da operação com calda sulfocálcica, na diluição de um litro de calda para 8 litros de água.

10.5 Irrigação e drenagem

A goiabeira é uma planta que responde bem à irrigação. Além de apresentar excelente produtividade, o goiabal irrigado pode produzir duas ou mais safras por ano. Este é de fato uma grande vantagem, pois com o manejo adequado da poda é possível direcionar a safra para períodos economicamente desejáveis. A irrigação é uma técnica que está associada a uma série de fatores que influem diretamente na produtividade da goiabeira e na qualidade de seus frutos.

- Necessidade de Água:

A necessidade de água que tem a planta é um parâmetro extremamente importante, seja para o dimensionamento do sistema de irrigação, seja para o manejo da água ao longo do ciclo fenológico da planta. Para culturas frutícolas como a goiabeira, recomenda-se que a demanda de água seja calculada para períodos semanais ou quinzenais.

- Evapotranspiração de Referência:

Eto= Kp x Et

Eto= evapotranspiração de referência mm/dia

Kp= fator do tanque - variável

Et= evaporação do tanque – mm/dia

- Cálculo da Precipitação Efetiva:

Pe= f x p

Pe= precipitação efetiva mm.

f= fator de correção.

p= precipitação real (pluviômetro)mm.

- Cálculo da Lâmina de Irrigação

Lb= Kc x Eto –Pe

Ei

Lb= Lâmina de irrigação (mm).

Kc= Coeficiente cultura (quadro 4).

Ei= Eficiência do Sistema de irrigação %.

Vap= Lb x Ep x Ef

D

Vap= Volume de água aplicado por planta (litros/planta/dia)

Ep= Espaçamento entre plantas (m).

Ef= Espaçamento entre linhas de plantas (m)

D= número de dias no intervalo de irrigação (dia)

No caso de sistemas automatizados em que o manejo de água se baseia no volume desta determina-se tal volume por umidade de rega.

V= 10 x Lb x A

V= volume de água por umidade de rega (m3 ),

A= área da umidade de rega ( ha).

- Freqüência da Irrigação

A freqüência da irrigação vai depender da necessidade de água que tem a planta e da capacidade de retenção de água pelo solo na profundidade efetiva das raízes.

- Cálculo do Tempo de Irrigação

Ti= Vap

N x Qe

Ti= tempo de irrigação por umidade de rega (h);

N= número de emissores por planta,

Qe= vazão do emissor (l/h) obtida em teste de campo.

- Manejo da água:

O manejo da água está diretamente associado ao tipo de solo, à profundidade efetiva do sistema radicular e ao sistema de irrigação selecionado.

Na irrigação localizada, o nível de água disponível no solo não deve ser inferior a 80%.

Recomenda-se suspender a irrigação por um período de um a dois meses antes da poda, a fim de submeter a planta a um estresse hídrico cuja duração vai depender do tipo do solo a do sistema de irrigação usado.

É recomendável que na irrigação localizada o manejo de água seja monitorado por tensiômetros instalados em pontos correspondentes a 50% da profundidade efetiva das raízes. O número recomendado é de três a quatro estações de tensiômetros numa parcela de solo uniforme de tamanho não superior a 2 ha.

A tensão hídrica do solo aceitável para o manejo das regas depende do tipo dos solos explorados. Para os arenosos, a tensão pode variar entre 15 e 25 centibares; para os argilosos, pode alcançar de 40 a 60 centibares.

Quadro 6: Coeficiente de cultura, coeficiente de sombreamento para a goiabeira.

Discriminação

Percentagem de área molhada

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Kc

0,45

0,45

0,50

0,60

0,65

0,70

0,75

0,75

0,75

0,75

Kr

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

0,70

0,75

0,80

1,00

1,00

Kc x Kr

0,09

0,14

0,20

0,30

0,39

0,49

0,56

0,60

0,75

0,75

Fonte: Doorenhos & Kassan (1979) citados por Neto e Soares – Embrapa – Frupex – 1994.

10.6 Adubação

10.6.1 Calagem

Aplicar o calcário na quantidade indicada pela análise química do solo.

10.6.2 Adubação de plantio e pós-plantio

No que diz respeito à adubação da goiabeira, dispõe-se de poucos resultados de pesquisa realizada no Brasil e em outros países no sentido de estabelecer as verdadeiras necessidades nutricionais dessa cultura.

Em sendo considerada a goiabeira uma planta rústica, tolerante à acidez e pouco exigente em termos de solo, para a obtenção de resultados econômicos satisfatórios em pomares comerciais, é necessário atender adequadamente as exigências da planta.

Tendo em vista que o melhoramento genético tem dado origem a goiabeiras cada vez mais produtivas, porém mais exigentes em termos nutricionais, desenvolveu-se uma série de ensaios de campo, buscando avaliar os efeitos da adubação nitrogenada e potássica sobre a cultura.

Para goiabeiras com 3 anos de idade, os teores foliares de N considerados adequados foram 2,35% ( V.Rica) e 2,15% (V.Paluma) em análise foliares, enquanto que para o K, os valores foram 1,9% (V.Rica) e 1,54% (V.Paluma).

Para solos com baixa fertilidade natural, como ocorre em geral com as áreas tropicais e, considerando-se plantas com 3 anos de idade, a aplicação de 422g N/planta foi suficiente para garantir uma produção de 90% da máxima possível.

Um sistema de adubação eficiente é o de fertirrigação, que leva nutrientes às plantas através da água.

· Adubação de Plantio:

Em cada cova, devem ser aplicados: 20 litros de esterco de curral; 100g de P2O5 (=500g superfosfato simples) 1000g de calcário dolomítico; 50g de FTE (micronutrientes); 140g de sulfato de amônia; 20g de cloreto de potássio.

· Adubação de Cobertura:

Recomenda-se três adubações de cobertura com nitrogênio (sulfato de amônia ou uréia) e potássio (cloreto de potássio) por ano. Em lavouras irrigadas, pode-se aplicar o nitrogênio mensalmente e o potássio a cada dois meses.

Quadro 7: Sugestões de adubação de cobertura por planta/ano:

PRODUTOS

ANO I

ANO II

ANO III

ANO IV

Sulfato de amônio (g)

600

1000

2000

2500

Superfosfato simples (g)

600

1000

1500

1500

Cloreto de potássio (g)

120

200

400

600

Fonte: Pesagro – Rio – Maio-2001.

Em pomares produtivos, recomenda-se a aplicação anual, após a poda de frutificação de esterco de curral bem curtido, aproveitando-se a ocasião para aplicar o adubo fosfatado, os micronutrientes (FTE) e o calcário, que deverão ser aplicados apenas uma vez por ano. Também após a poda de frutificação devem ser aplicados parte do nitrogênio e do potássio, com o objetivo de formar ramos produtivos, vigorosos e em abundância, carregados de botões florais. Depois do desbastes e ensacamento dos frutos, faz-se nova adubação potássica e a nitrogenada visando aumentar o peso e a qualidade dos frutos. Após a colheita, o potássio e o nitrogênio são novamente aplicados com o objetivo de recuperar a planta exaurida pela frutificação.

10.7 Manejo de plantas invasoras

A região abaixo da copa deve ser mantida limpa através de capinas manuais periódicas ou aplicação de herbicidas, processo chamado de coroamento.

As entrelinhas e a região entre as plantas não devem ser capinadas, apenas roçadas, o que poderá ser feito com roçadeira mecanizada.

11 CULTURA INTERCALAR

A prática de intercalar culturas em pomares de goiabeira orientados para a exportação de frutas poderá ser adotada, embora apresente algumas restrições. A principal condição restritiva diz respeito ao método de irrigação empregado: a consorciação só é possível quando se adota a irrigação por aspersão, que é o sistema menos aconselhável para o cultivo da goiabeira cujos frutos se destinem à exportação. Restará, pois, a consorciação no período das chuvas, uma atividade pouco atraente, dada a irregularidade temporal e espacial das precipitações no Nordeste.

Entre as culturas que podem ser consorciadas com a goiabeira, desde que se use irrigação por aspersão, incluem-se o caupi, o milho, o tomate industrial e a melancia, entre outras.

É importante frisar, entretanto, que em virtude do alto padrão de qualidade exigido pelo mercado importador de frutas frescas, não se aconselha a prática da consorciação nos pomares destinados a produzir goiabas de exportação. Neste caso, os produtores deverão dedicar o máximo de atenção possível ao seu principal empreendimento, a fim de obter frutas dentro dos padrões internacionais exigidos, ou correrão o risco de não alcançar a capacidade necessária para competir em um mercado cada vez mais exigente, do qual são automaticamente excluídos os fruticultores que não apresentarem produtos com as devidas qualificações.

A consorciação poderá e deverá ser incentivada apenas na fase de formação do goiabal, até mesmo como um possível meio de amortizar parte do investimento financeiro realizado ou de agilizar o seu retorno.

12 MANEJO DE PRAGAS E DOENÇAS

12.1 Principais pragas

A goiabeira, durante as diferentes fases de seu desenvolvimento, pode sofrer ataques de um número de pragas relativamente grande. Entre as mais importantes merecem destaque:

12.1.1 Broca das Mirtáceas - Timocratica albella (ZELLER, 1959).

Conhecida como “broca de goiabeira”, esta lagarta de mariposa que mede de 25 a 35mm de comprimento, destrói ramos e tronco. Com o seu ataque note-se no tronco e nos ramos aglomerações de excrementos e pedaços de casca ligadas entre si por fios de seda.

O controle deve ser efetuado anualmente, raspando-se a superfície do tronco com escovas ou luvas grossa, de forma a expor o inseto. Este deve ser destruído caso encontrado, após o que faz um pincelamento no tronco e pernadas principais com solução de carbaryl e fungicida cúprico.

12.1.2 Coleobroca: Trachyderes thoracicus (Oliv. 1790).

As larvas com comprimento em torno de 30mm se alimenta de uma parte da madeira desintegrada com suas mandíbulas. A outra parte, que é serragem, é expelida pelos orifícios abertos nos tronco e ramos mais grossos.

Para controle da coleobroca pode ser efetuada uma injeção de 1 a 2ml de solução de Carbaryl nos orifícios ou então da mesma forma do que para a broca dos mirtáceas.

12.1.3 Besouro da Goiabeira - Besouro Amarelo - Costalimaita ferruginea vulgata (Lefevre, 1885).

O adulto tem forma quase elíptica, mede 5 a 6,5mm de comprimento e o apresenta cor creme-amarelada.

O besouro ataca as folhas novas e relativamente novas da goiabeira, deixando-as cheias de orifícios. Os brotos também podem ser atacados. E em flores a casos que chegam a destruir a superfície dos frutos, deformando-os.

O período de maior ataque é quando a goiabeira inicia as brotações. O controle pode ser feito através de pulverização com inseticidas organofosforados ou carbonatos.

12.1.4 Psilídio - Trizoida sp.

São insetos sugadores de seiva cujos adultos mede de 2,0 a 2,4mm de comprimento. As ninfas sugam a seiva das bordas das folhas, que devido as toxinas que são injetadas, enrolam-se e deformam-se adquirindo uma coloração amarelada ou avermelhada, tornando-se depois necróticas.

Examinando-se o interior das partes enroladas, encontram-se as colônias de psilídeos, recobertos pela secreção cerosa, entre gotículas de substâncias açucaradas e esbranquiçadas.

Para controle pode utilizar pulverizações com inseticidas organofosforados ou carbamatos.

12.1.5 Percevejo da Verrugose- Monalonium annulipes (Sign, 1858).

Os danos causados por este inseto podem ser grandes, pois, afetam desde botões florais até frutos desenvolvidos, porém antes do início da maturação. Inicialmente observam-se manchas aquosas, irregulares, com cerca de 1mm de diâmetro, há uma reação do próprio fruto, de modo a cicatrizar estas lesões. Os tecidos da parte central da lesão ficam necrosados e permanecem na superfície do fruto como um ponto, duro, que atinge de 2 a 5mm de diâmetro, podendo ser destacado manual ou naturalmente.

Estas lesões, dependendo da intensidade e da época de surgimento, podem-se desprender do fruto ou permanecer depreciando. O controle deve ser feito com inseticidas fosforados não sistêmicos.

12.1.6 Gorgulho das GoiabasConotrachelus psidii (Marshal – 1922).

O inseto é um pequeno besouro de aproximadamente 6mm de comprimento por 4mm de largura, de coloração parda escura, com peças bucais cilíndricas e alongadas.

A larva é branca com a cabeça negra; o corpo enrugado transversalmente mede, quando desenvolvido 12 mm de comprimento por 4mm na maior largura.

Ao iniciarem a postura, as fêmeas dos gorgulhos procuram os frutos verdes, cavando com a mandíbula orifícios onde depositam os ovos.

Este local não acompanha o desenvolvimento do restante do fruto, ficando enegrecido e tornando uma cicatriz circular deprimida com um ponto negro no centro. Após a eclosão a larva penetra no fruto e se alimenta da semente, ficando parte da polpa e as sementes destruídas e enegrecidas.

No fruto maduro, a larva do gorgulho não ataca a polpa e só se alimenta de sementes, ocasionando a podridão seca.

O controle pode ser efetuado através de aplicações de inseticidas organofosforados e deve ser iniciado quando os frutos ainda são verdes, do tamanho de uma “azeitona”.

12.1.7 Moscas das Frutas – Anastrepha fraterculus (Wied; 1830).

- Ceratitis capitata (Wied; 1824).

- Anastrepha fraterculus: Larva vermiforme, completamente desenvolvida, mede cerca de 12 mm de comprimento.

- Ceratitis capitata: Larva com a região anterior do corpo bastante afilada, medindo quando completamente desenvolvida de 7 a 9mm de comprimento. Por meio do ovopositor a fêmea perfura os frutos e efetua a postura. As larvas novas passam a viver no interior dos frutos, tornando-o imprestável.

Para controle das moscas das frutas, várias medidas são indicadas, desde a proteção dos frutos através de ensacamento, com iscas envenenadas ou em pulverizações em área total. Os produtos mais utilizados e que vem mostrando bom resultado no controle das moscas das frutas são os organofosforados, tais como o malathion, parathion menthyl, fenthion, etc.

12.1.8 Outras Pragas Secundárias

São pragas que normalmente não apresentam danos econômicos à cultura e que tem sido mantidas sob controle através do esquema de tratamento fitossanitário para controle das pragas principais; são elas:

- Cochonilhas;

- Lagartas;

- Percevejos;

- Coleópteros;

- Cupins, formigas, abelhas, mosca, etc;

- Tripes, e;

- Nematóides.

Quadro 8- Principais pragas da goiabeira

PRAGA

PARTE

AFETADA

CONTROLE

CULTURAL

CONTROLE

QUÍMICO

Broca coleobroca

Tronco

Esmagamento, calda bordalesa

Injeção de Carbariy (0,1 %)

Cochonilha de cera

Caule

-

Folidol 600 (0,l %)

Psilídios tingídios

Folhas

-

Lebaycid 500 (0,1%), folidol 600 (0,1%)

Tripés percevejos

Folhas e frutos

Ensacamento de frutos

Lebaycid 500 (0,1%), folidol 600 (0,1%)

Gorgulho

Fruto

Ensacamento de frutos

Folidol 600 (0,1%)

Mosca-das-frutas

Fruto

Ensacamento, armadilhas

Dipterex (0,3%), Lebaycid (0,1%)

Lagartas

aérea

-

Dipel (0,l%)

Fonte: PESAGRO-RIO MAIO-2002

Nota: Tomar cuidado de observar a carência dos produtos antes de iniciar a colheita

12.2 Principais doenças

12.2.1 Ferrugem da Goiabeira:

Causada pelo fungo Puccina psidii wint, trata-se de uma infestação fúngica que ataca, indistintamente, todos os tecidos novos dos vários órgãos da planta em desenvolvimento. Produz manchas necróticas, circulares de diâmetro variável. As manchas se recobrem rapidamente por uma densa massa pulverulenta, de cor amarela viva.

Em geral, o aparecimento da doença é registrado nas condições ambientais de temperatura moderada, e alta umidade atmosférica.

O controle da ferrugem é feito conjulgando-se algumas práticas culturais:

- Poda de limpeza, que promove maior aeração no interior da copa;

- Controle de ervas daninhas;

- Aplicação preventiva ou curativa de fungicidas.

12.2.2 Verrugose

Pode ocorrer em botões e frutos em desenvolvimento, antes da maturação. Esta doença provoca deformações no fruto que pode levá-lo à queda. O controle é feito com aplicações de fungicidas cúpricos.

12.2.3 Antracnose

Causada pelo fungo Sphcelona psidii bit, a antracnose ataca as folhas e os ramos novos, mas pode atingir os frutos em qualquer estádio de desenvolvimento. Seu controle, quando necessário, pode ser feito por meio de podas de limpeza. Deve-se evitar também a permanência, na planta, de frutos sobremaduros.

12.2.4 Seca Bacteriana ou Bacteriose

Doença causada pela bactéria Erwiria psidii, Ocorre nas extremidades dos ramos provocando o muchamento repentino dos brotos, que adquirem um tom pardo-avermelhado. A doença ocorre com maior gravidade em condições de alta temperatura e umidade.

Aconselha-se que sejam evitadas as operações de poda ou colheita quando os tecidos da planta estiverem umedecidos, seja, por orvalho, por chuva ou irrigação.

Para medida de controle recomenda-se:

- Condução da planta visando bom arejamento, insolação e penetração da calda fúngica.

- Devem-se evitar podas contínuas numa mesma planta.

- Os ramos eliminados, doentes devem ser queimados.

- Os ramos doentes devem ser retirados à base ao primeiro sintoma da doença.

- Proteção dos ferimentos de poda com pasta cúprica.

- Desinfecção das ferramentas para poda com hipoclorito de sódio; na diluição 1:3 a cada corte.

- Após a poda aplicação de calda sulfocálcica na diluição 1:8.

- Pulverização com fungicidas cúprico desde o início da brotação até que os frutos atinjam o diâmetro de 3cm.

- Limitar as adubações nitrogenadas à necessidade mínimas, para que não provoquem formações excessivas de órgãos tenros.

O combate às doenças através de agrotóxicos deve obedecer a um cronograma rigoroso de aplicação. É importante a conscientização dos produtores sobre os riscos à saúde quando utilizados de forma indiscriminada.

Quadro 9 - Principais doenças da goiabeira.

DOENÇA

PARTE

AFETADA

CONTROLE

Ferrugem

Aérea

Poda de arejamento, aplicação de Oxicloreto de Cobre a 0,2% e Folicur a 0,1%, altemadamente.

Verrugose

Frutos

Oxicloreto de Cobre a 0,2 %

Bacteriose

Ramos novos e frutos

Oxicloreto de Cobre a 0,2% e eliminação dos ramos afetados.

Fonte: Adaptado de PEREIRA, F.M. Goiabas para industrialização, 1996.

O combate às doenças através de agrotóxicos deve obedecer a um cronograma rigoroso de aplicação (Quadro 10). E importante a conscientização dos produtores sobre os riscos à sua saúde quando utilizados de forma indiscriminada.

Alguns cuidados devem ser tomados, como por exemplo:

- só manipular o produto ao ar livre;

- usar equipamento de proteção (máscara, luvas, botas, macacão e chapéu impermeável);

- aplicar as doses de acordo com as recomendações técnicas;

- evitar as horas mais quentes do dia e aplicar o produto a favor do vento;

- crianças e animais devem ser mantidos afastados das áreas de aplicação;

- banhar-se com muita água e sabão imediatamente após o término do serviço.

Quadro 10 - Cronograma de aplicação de agrotóxicos.

MÊS

PRODUTO

DOSAGEM

PRAGA OU DOENÇA

FREQUÊNCIA

Julho

Oxicloreto de cobre

Pasta

Pincelamento local da poda

-

Setembro

Oxicloreto de cobre

0,5%

Ferrugem

1x

Outubro

Oxicloreto de cobre Parathion metílico

0,5%

0,2%

Ferrugem

Gorgulho/Psilídeo

2x

2x

Novembro

Oxicloreto de cobre Parathion metílico Trichiorfon

0,5%

0,2%

0,2%

Ferrugem

Gorgulho/Psilídeo

Gorgulho

2x

1x

1x

Dezembro

Oxicloreto de cobre Parathion metílico Trichiorfon

0,5%

0,2%

0,2%

Ferrugem

Gorgulho/Mosca-das-frutas Gorgulho/Mosca-das-frutas

2x

1x

-

Janeiro

Trichiorfon

0,2%

Mosca-das-frutas

2x

Fevereiro

Trichiorfon

0,2%

Mosca-das-frutas

2x

Março

Trichiorfon

0,2%

Mosca-das-frutas

2x

Fonte: Adaptado de PEREIRA, F.M., Goiabas para industrialização, 1996.

13 COLHEITA

A colheita da goiaba é feita duas a três vezes por semana. Embora se costume colher as goiabas quando a coloração verde-escuro brilhante começa a clarear, o ponto ideal de colheita depende da variedade e do destino dos frutos.

As goiabas devem ser colhidas com cuidado e colocadas em jacas ou diretamente em caixas plásticas de 20 kg e transportadas para um barracão para seleção e embalagem.

13.1 Classificação

Classificação é a separação de unidades do produto por cor, tamanho, formato e categoria. Utilizar a classificação da goiaba é unificar a linguagem do mercado. Produtores, atacadistas, varejistas e consumidores devem ter os mesmos padrões para determinar a qualidade do produto. Só assim, obteremos transparência na comercialização, melhores preços para produtores e consumidores, menores perdas e maior qualidade.





13.1.1 Grupo ou cor de polpa

13.1.2 Sub-grupo ou cor da casca

Amarela Verde-amarelada Verde-clara

13.1.3 Classe ou calibre

de 7 a 8 cm de 6 a 7 cm de 5 a 6 cm
> que 10 cm de 9 a 10 cm de 8 a 9 cm

A classificação da goiaba deve ser feita de forma que se consiga a homogeneidade de formato, coloração, comprimento, diâmetro ou calibre, bem como, a identificação da qualidade pela caracterização e quantificação dos defeitos.

13.1.4 Tipo ou Categoria

O quadro abaixo estabelece os limites de tolerância de defeitos graves e leves para cada categoria de qualidade e permite a classificação em: Extra Categoria I, Categoria II e Categoria III.

DEFEITOS GRAVES

EXTRA

CATEGORIA I

CATEGORIA II

CATEGORIA III

Imaturo

Dano profundo

Podridão

Alterações Fisiológicas

1%

1%

1%

1%

2%

2%

2%

3%

3%

3%

3%

4%

30%

20%

10%*

40%

Totais graves

Total leve

1%

5%

5%

10%

7%

15%

40%

100%

Total geral

5%

10%

15%

100%

*Acima de 10% de podridão a goiaba não deverá ser reclassificada.

Fonte: CEAGESP

- Defeitos graves

Dano profundo Imaturo

Podridão Alterações fisiológicas

Defeitos leves

As goiabas deverão apresentar as características do cultivar bem definidas, serem sãs, inteiras, limpas e livres de umidade externa anormal. A goiaba não deve apresentar nenhuma das características abaixo: a) resíduos de substâncias nocivas à saúde acima dos limites de tolerância admitidos no âmbito do Mercosul; b) mau estado de conservação, sabor e/ou odor estranho ao produto. 13.2 Embalagem A qualidade da goiaba é feita na roça, A conservação dessa qualidade exige uma embalagem que ofereça proteção, boa apresentação, informações sobre o produto, racionalização do transporte e armazenagem e que tenha baixo custo, As goiabas deverão ser acondicionadas em embalagens paletizáveis, limpas e secas.

13.3 Rotulagem

Figura 1: Exemplo de rótulo.

3.4 Armazenagem

Armazenar as caixas em ambiente refrigerado a 8°C, com 85 a 90% de umidade relativa. Nestas condições é possível conservar os frutos por até 21 dias. Armazenamentos prolongados com temperaturas inferiores a 8°C ocasionam danos aos frutos - "Chilling".

As goiabas deverão apresentar as características do cultivar bem definidas, serem sãs, inteiras, limpas e livres de umidade externa anormal.

A goiaba não deve apresentar nenhuma das características abaixo:

a) resíduos de substâncias nocivas à saúde acima dos limites de tolerância admitidos no âmbito do Mercosul;

b) mau estado de conservação, sabor e/ou odor estranho ao produto.

14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Empresa de pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de janeiro. Pesagro - Rio Doc.72 Maio – 2001. Goiabrás – Associação Brasileira de produtores de Goiaba. “Produção de goiaba – manual nº 103”. Viçosa, CPT, 1997. Neto, L G; Soares; J.M. Goiaba para exportação. Aspecto técnico da Produção. Brasília Embrapa – SPI, 1996. Pereira, F. M. Cultura da Goiabeira. Jaboticabal: FUNEP, 1995. Piza Jr., C.T. A poda da Goiabeira de mesa. Jaboticabal: FUNEP, 1995.










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