COLUNA DO SPC, NO JORNAL A GAZETA

Quem é ele?

 

            Uma fonte geralmente bem informada me contou, sigilosamente, que o prefeito Cavani está de namoro firme com uma pessoa que tem todos os predicados para ser o candidato ideal à sua sucessão na Prefeitura. É do sexo masculino, mais pra gordo que magro, bem apessoado, bigodão, fartos cabelos castanhos, nariz ligeiramente empinado, rico de fazer inveja ao Palocci, foi político inclinado à direita e hoje está meio jogadão às traças porque cultiva a discrição de quem gosta mais de ser procurado que procurar, não se mistura, não vai a eventos públicos porque não gosta de pobre (como doutor Luiz), aliás, nem pobre gosta de pobre, pobre gosta de rico. E tem grana, uma montanha de grana viva, sequiosa para entrar na política e se multiplicar. Não tem preconceito ideológico, se for preciso para ganhar a eleição ele se filia no PT, depois chuta os petistas fora (como fez o prefeito Cavani). Assim como doutor Luiz, é pão-duro ao extremo (de fazer inveja ao Gumercindo), só não se sabe se ele é de fazer secretário e vereador sentar na graxa, mas isso não importa. Então, pode pintar candidato novo aí.

            A se confirmar o prognóstico, o pré-candidato Paulinho de La Rua que se cuide, porque o jogo vai ser de taça, pois o tal virtual candidato também é de boa família e em suas veias também corre sangue europeu, também não é dado a conversa fiada, também tem cara meio amarrada, quer dizer, os dois estão empatados numa porção de coisas. Ele só perde feio pro Paulinho no quesito mulheres, a incrível atração delas pelo espanholzinho é imbatível, não tem pra ninguém (nem pro Armandinho), é coisa assim de fazer fila na porta com chiliques e tudo. O leitor sabe quem é ele?    

                                          Ghost write

Conhecida pela modéstia e timidez, a professora Maria Olinda (Marô) merece todo carinho e respeito de quem direta ou indiretamente está envolvido com a cultura itapevense. Além de assídua frequentadora de eventos artístico-culturais, ela ajuda a patrociná-los com seu trabalho de ghost write ao ajudar os amigos que sonham lançar um livro e precisam de ajuda, de uma boa revisão no texto, muitas vezes, uma quase total reescritura.  Graças à sua boa vontade, sei de alguns amigos que lançaram seus livros em agradáveis noites de autógrafos e tiveram de agradecê-la, publicamente, mesmo sem a ênfase à altura de sua participação na obra.

Após ter lançado já algum tempo um pequeno livro sobre a reforma Catedral de Santana, projetada e executada pelo artista-arquiteto Cláudio Pastro, agora vai lançar outra obra sobre o mesmo tema, que está em vias de edição, descreve com mais detalhes os significados das pinturas e decorações da suntuosa obra do artista-arquiteto.

Ela é mais conhecida como poeta, faz poemas belíssimos eivados de magia e encanto e como participante do Instituto Histórico ela sempre contribuiu para elevar o nome do IHGGI, inclusive, redigindo as atas com capricho e precisão ímpares.

À querida Marô, esta singela nota de reconhecimento à sua arte e trabalho.

                                               Uma pena, a Nobel fechou

Foi com tristeza que recebemos a notícia de que a Livraria Nobel encerrara suas atividades em Itapeva. Acredito que era a única livraria da região exclusivamente de livros, cujo estoque contava centenas de títulos. Talvez tivesse de esperar mais tempo para formar uma clientela, até acostumar leitores a comprar seus livros aqui, ou talvez o novo ponto fosse “contramão”, sem glamour, extensão de um posto de combustíveis, a rua muito estreita, ruim para estacionar o carro e sem um fluxo de pedestres. Se ficasse no local onde estava ou se, por exemplo, fosse para o Calçadão, onde o fluxo de pessoas é intenso, com certeza haveria muita compra por impulso pela exposição das vitrines, transeuntes é um segmento de mercado muito cortejado por empresas cujo marketing olha com simpatia essa modalidade de varejo. Mas só o dono mesmo sabe onde o calo aperta. Itapeva perdeu um ponto de atração cultural, provavelmente, porque não foi devidamente prestigiado pelos escassos leitores de livros no Brasil. Uma pena.