quinta-feira, abril 01, 2010

Mais uma da petezada: gastar demais:

Disparada da inflação já assusta

BC admite disparada da inflação

Autor(es): Vânia Cristino e Luciana Otoni
Correio Braziliense - 01/04/2010

Projeção para o índice deste ano saltou de 4,6% para 5,2%, dobrando a chance de se romper o teto da meta. Juros vão subir


O Banco Central confirmou em números o que os consumidores estão sentindo no bolso: a inflação está em disparada. Ao divulgar ontem seu tradicional relatório trimestral, a instituição confirmou que, para reverter esse quadro, só mesmo o aumento da taxa básica de juros (Selic), que virá no fim deste mês. Ou seja, o nível atual da Selic, de 8,75% ao ano, é insustentável. Para 2010, as projeções oficiais de inflação saltaram de 4,6% para 5,2%, patamar 0,7 ponto percentual acima do centro da meta definida pelo governo, de 4,5%. No ano que vem, o avanço foi de 4,3% para 4,9%.

Os números causaram mal estar, pois engrossou o discurso dos críticos que definiram como eleitoreira a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de não mexer na Selic em sua reunião de março. Naquele momento, todos os oito dirigentes do BC, incluindo seu presidente, Henrique Meirelles, já tinham em mãos dados consistentes sobre a piora da inflação. Mas apenas três votaram a favor de uma alta de 0,5 ponto nos juros. Apesar de fazer parte desse grupo restrito, o novo diretor de Política Econômica, Carlos Hamilton Araújo, que substituiu ontem o conservador Mário Mesquita, saiu em defesa da instituição e assegurou que o BC fará o necessário para manter a inflação sob controle.


“As decisões de política monetária são sempre pautadas para manter a inflação na meta. As decisões do Copom são técnicas e baseadas nos cenários macroeconômicos disponíveis a cada reunião”, afirmou Hamilton, que vinha respondendo, até então, pela diretoria de Assuntos Internacionais do BC. Segundo ele, apenas de um mês para o outro, especificamente entre as últimas duas reuniões do Copom, a situação se deteriorou rapidamente. “Os agentes econômicos estão mais pessimistas com relação à inflação do que estavam em dezembro e em fevereiro”, salientou. MAIS
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