segunda-feira, outubro 05, 2009

O Estado de S. Paulo
Tóquio acusa Brasil de negociar votos
Jamil Chade

Tóquio acusa o Brasil de ter negociado os votos no COI para a vitória do Rio de Janeiro. O governo brasileiro, segundo os japoneses, teriam negociado o apoio da França em troca de dar preferências para a compra de aviões de caça do país europeu. A acusação dos japoneses foi ainda de que os brasileiros tentaram seduzir os eleitores africanos com promessas encantadoras.

Na sexta-feira, Rio foi eleito para sediar a Olimpíada, com 66 votos contra 32 para Madri. Tóquio, eliminada na segunda rodada, acredita que não avançou na disputa diante das negociações de bastidores feitas pelo Brasil. A acusação veio do governador de Tóquio, Shintaro Ishihara. A apresentação de Tóquio foi a melhor. Mas uma dinâmica invisível estava sendo jogada. Trata-se de um jogo muito difícil de ganhar, disse.

Ishihara acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ter prometido comprar aviões de caça da França, por 8 bilhões em troca de apoio. O presidente francês Nicolas Sarkozy, de fato, se declarou favorável à escolha do Brasil. Mas Ishihara alerta que os Jogos foram negociados em troca da compra dos aviões. Americanos e suecos também disputam o mercado brasileiro nesse setor.

O japonês ainda alertou que o Brasil fez promessas encantadoras para a África. O Estado havia publicado informações de que a estratégia brasileira para seduzir eleitores incluía a proposta de levar programas sociais para os africanos. Entendo que o presidente brasileiro veio à Copenhague e fez promessas para o povo da África, disse. No COI, a avaliação é que, de fato, um número importante de votos veio do continente. Ishihara, porém, não pensa em levar adiante suas acusações. Apenas quer que o governo japonês faça o mesmo no futuro.

A delegação brasileira rejeita a tese, apontando que o número de votos obtidos foi o dobro de Madri. Isso, segundo o COB, havia uma decisão dos membros do COI de levar os Jogos para um novo continente.

Mas o ministro dos Esportes, Orlando Silva, confirmou que os Jogos faziam parte de uma estratégia de política externa. A cooperação (com países africanos) existe para além da disputa (no COI). O que podemos dizer é que a candidatura é parte da estratégia de afirmação do Brasil no mundo.

3 Comments:

Anonymous PC said...

KKKKKKKK!!!!! Só rindo mesmo, onde há bilhões de dólares em jogo, cada um joga com as cartas que tem, e o Brasil não fez diferente, isto está parecendo mais choro de perdedor. Agora espanta-me ver o Estadão repercutir um fato deste, que não tem nada a depor contra o Brasil. Os japoneses deveriam agir como o Obama, reconhecer a derrota e parabenizar o Rio.

2:51 PM  
Anonymous Anônimo said...

Essa invencionice parte da turma que estava com a manchete preparada da derrota do LULA.Globo,Estadão,Folha,Veja,Edit.April,serristas,pessedebistas,demos,pepeesse do Jungman,do Freire,etc.Não contavam com a astúcia do Lula e estão se mordendo de inveja.

10:42 PM  
Anonymous Anônimo said...

Por mais que Lula faça, por mais que seja reconhecido internacionalmente por todas as correntes, de Hugo Chávez a Obama, dos comunistas chineses ao rei Juan Caros, de Putin a Sarkosi, do inglês ao iraniano, nunca o cético vai dar o braço a torcer.A outra espécie de opositor do Lula é o preconceituoso. Subprotudo descendente de uma sociedade de mentalidade escravocrata, não consegue conceber o fato de alguém que estudou pouco seja capaz de levar o país aonde os catedráticos que o antecederam nem sonharam chegar. Mas só um operário muito inteligente lidera um governo que tira 30 milhões da miséria. Pessoas que não comiam estão comendo. "Assistencialista!", acusam os que nunca passaram fome.

10:18 AM  

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