quinta-feira, agosto 13, 2009

Valor Econômico

Crise passou, e risco é câmbio, diz indústria

Cibelle Bouças

Os empresários brasileiros estão convencidos que o país já está no pós-crise e, no cenário de retomada, o câmbio aparece como uma das principais preocupações. O Grupo de Acompanhamento da Crise (GAC), composto por representantes do governo e do setor privado, realizou ontem em Brasília a reunião mais otimista desde o agravamento da crise internacional, em setembro de 2008. No encontro e fora dele, representantes das indústrias passam a mostrar preocupação com a competitividade do setor, o desempenho da balança comercial, o impacto do real apreciado e a necessidade de retomar os investimentos nas áreas de logística e Infraestrutura.

Muitos setores apresentaram recuperação e agora é preciso uma agenda que garanta o crescimento sustentável, afirmou o presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy. Durante a reunião, disse, foi sugerida a substituição do atual nome do GAC para Grupo de Acompanhamento da Competitividade, para oficializar a chegada do período pós-crise.

Para o coordenador de sondagens conjunturais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Aloísio Campelo, os setores eminentemente exportadores são os que levarão mais tempo para recuperar o nível de atividade antes da crise. Na demanda externa ainda há um forte componente de incerteza. Mas de maneira geral pode-se dizer que a crise passou, afirmou. A Sondagem Conjuntural da Indústria da Transformação realizada pela FGV indica que, além de comércio e serviços, parte dos setores industriais já recuperou ou opera em nível muito próximo à média histórica.MAIS

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