Jovem soube da "própria morte" pelo rádio
Mãe reconheceu corpo encontrado boiando como sendo do filho; rapaz, sumido havia 6 meses, reapareceu após enterro
"Minha mãe nem acreditou quando me viu. Ela tinha acabado de me enterrar", diz Gabriel Birr, que não sabe se vai voltar a morar em casa
MATHEUS PICHONELLI
DA AGÊNCIA FOLHA
Um jovem de 19 anos, dado como morto por parentes, reapareceu horas após ser "sepultado", com direito a celebração religiosa, em um cemitério de Jaraguá do Sul (187 km de Florianópolis). Gabriel Birr ouviu pelo rádio, na manhã de anteontem, a notícia de seu enterro. Foi ao centro da cidade para saber o que tinha ocorrido e descobriu que estava "morto" havia uma semana.
"Minha mãe nem acreditou quando me viu. Ela tinha acabado de me enterrar", diz Gabriel Birr, que não sabe se vai voltar a morar em casa
MATHEUS PICHONELLI
DA AGÊNCIA FOLHA
Um jovem de 19 anos, dado como morto por parentes, reapareceu horas após ser "sepultado", com direito a celebração religiosa, em um cemitério de Jaraguá do Sul (187 km de Florianópolis). Gabriel Birr ouviu pelo rádio, na manhã de anteontem, a notícia de seu enterro. Foi ao centro da cidade para saber o que tinha ocorrido e descobriu que estava "morto" havia uma semana.
A confusão começou no último sábado, quando familiares de Birr ouviram, também pelo rádio, notícia sobre um corpo de jovem encontrado boiando no rio Jaraguá. Como o rapaz estava sumido havia seis meses -não se dava bem com o padrasto e saiu de casa-, sua madrinha, Relindes Zapella, foi no sábado ao IML (Instituto Médico Legal). Mesmo diante de um corpo desfigurado pelo tempo na água, ela atestou que o corpo era de Birr.
"Pela história, tudo levava a crer que era ele", disse Zapella. A mãe do rapaz, Lídia Birr Krichonski, esperava que o filho aparecesse para votar no domingo. Como isso não ocorreu, também foi ao IML e reconheceu o cadáver como o do filho desaparecido. O velório começou a ser providenciado.
"Pela história, tudo levava a crer que era ele", disse Zapella. A mãe do rapaz, Lídia Birr Krichonski, esperava que o filho aparecesse para votar no domingo. Como isso não ocorreu, também foi ao IML e reconheceu o cadáver como o do filho desaparecido. O velório começou a ser providenciado.
"De manhã, escutei no rádio que tinha sido enterrado e fui dar uma volta para ver se era verdade. Mas estou vivinho", disse Birr à Folha ontem, por telefone. Nenhum parente do jovem sabia de seu paradeiro.
"Minha mãe nem acreditou quando me viu. Ela chorou demais. Imagina, tinha acabado de me enterrar", disse ele, que ainda não sabe se voltará a morar com a família.
"Minha mãe nem acreditou quando me viu. Ela chorou demais. Imagina, tinha acabado de me enterrar", disse ele, que ainda não sabe se voltará a morar com a família.
Birr ainda teve que ir ao IML no dia seguinte para desfazer o engano. Apenas a declaração de óbito fora providenciada. Como o atestado ainda não tinha sido assinado, ele não terá problemas burocráticos.
O IML de Jaraguá do Sul informou ontem que a família demonstrou "convicção" ao afirmar que o corpo era de Birr. Segundo o instituto, o corpo enterrado permanecerá no local como indigente. Só haverá exumação caso outra família procure o IML pedindo o reconhecimento.
O IML de Jaraguá do Sul informou ontem que a família demonstrou "convicção" ao afirmar que o corpo era de Birr. Segundo o instituto, o corpo enterrado permanecerá no local como indigente. Só haverá exumação caso outra família procure o IML pedindo o reconhecimento.
"O duro é que ele parecia mesmo com o rapaz enterrado", disse um escrivão da Polícia Civil que acompanhou o caso e pediu anonimato.
1 Comments:
E que polêmica !!!
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