REDUÇÃO DA DESIGUALDADE - CONSEQUÊNCIA DA INDUSTRIALIZAÇÃO
"A expansão da classe média e a redução da desigualdade de renda não são um fenômeno brasileiro apenas. Ele vem ocorrendo simultaneamente – e de forma acelerada – em todas as economias emergentes, sobretudo na China e na Índia.
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No Brasil:
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A explosão da classe média teve início há cerca de dez anos, ainda não atingiu seu pico e, segundo se prevê, deve durar pelo menos mais dez anos. Um estudo recente do banco de investimento Goldman Sachs – intitulado O Meio que Cresce – estima que, até 2030, 2 bilhões de pessoas terão se juntado à “classe média mundial", conceito que, para o Goldman Sachs, inclui pessoas (e não famílias) com rendimento mensal entre US$ 500 e US$ 2.500. Os analistas Dominic Wilson e Raluca Dragusanu, que assinam o relatório, estimam que, em 20 anos, essa classe média, mais restrita que a descrita pela FGV, será 30% da população mundial.
Tanto o porcentual quanto a rapidez com que ele está sendo atingido são inéditos. Fazem empalidecer até mesmo a formidável mudança do século XIX, quando a maturidade da Revolução Industrial e a rápida urbanização produziram na Europa a primeira classe média da História – com notáveis conseqüências econômicas, culturais e políticas. Os comerciantes, funcionários públicos, empregados de escritório e profissionais liberais assalariados que constituíam a espinha dorsal desse novo grupo social conseguiram rapidamente converter seu sucesso econômico em poder político e influência cultural. Os ingleses vitorianos, pioneiros da mudança, usaram a imprensa diária que nascia para atacar vigorosamente os privilégios aristocráticos e defender uma sociedade baseada no mérito e no esforço pessoal. Datam dessa época as reformas educacionais que universalizaram o ensino, enfatizando as disciplinas práticas (como Matemática ou Ciência, que interessavam aos novos empreendedores) em detrimento da cultura clássica, associada (injustamente) aos hábitos da aristocracia rural. A sociedade que conhecemos hoje, baseada em princípios como democracia e livre mercado, é, em larga medida, uma extensão dos valores e das formas de organização social e urbana construídas naquele período. MAIS / REVISTA ÉPOCA
Tanto o porcentual quanto a rapidez com que ele está sendo atingido são inéditos. Fazem empalidecer até mesmo a formidável mudança do século XIX, quando a maturidade da Revolução Industrial e a rápida urbanização produziram na Europa a primeira classe média da História – com notáveis conseqüências econômicas, culturais e políticas. Os comerciantes, funcionários públicos, empregados de escritório e profissionais liberais assalariados que constituíam a espinha dorsal desse novo grupo social conseguiram rapidamente converter seu sucesso econômico em poder político e influência cultural. Os ingleses vitorianos, pioneiros da mudança, usaram a imprensa diária que nascia para atacar vigorosamente os privilégios aristocráticos e defender uma sociedade baseada no mérito e no esforço pessoal. Datam dessa época as reformas educacionais que universalizaram o ensino, enfatizando as disciplinas práticas (como Matemática ou Ciência, que interessavam aos novos empreendedores) em detrimento da cultura clássica, associada (injustamente) aos hábitos da aristocracia rural. A sociedade que conhecemos hoje, baseada em princípios como democracia e livre mercado, é, em larga medida, uma extensão dos valores e das formas de organização social e urbana construídas naquele período. MAIS / REVISTA ÉPOCA
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