As privatizações reavaliadas
Fernando Henrique Cardoso, O Estado de S. Paulo
Apesar da borrasca, que vem vindo forte sobre a economia global, tem-se a impressão de que vivemos numa ilha, espero que não seja a da fantasia. Em algum momento e em alguma medida as trovoadas atingirão a nossa economia, hoje mais sólida.
Apesar da borrasca, que vem vindo forte sobre a economia global, tem-se a impressão de que vivemos numa ilha, espero que não seja a da fantasia. Em algum momento e em alguma medida as trovoadas atingirão a nossa economia, hoje mais sólida.
Dentre os fatores que nos permitem enfrentar as dificuldades globais, quatro são fundamentais: a abertura comercial, a estabilização monetária, algumas mudanças nas formas e condutas administrativas e as privatizações.
Alguns destes fatores costumam ser louvados, outros nem tanto e outros ainda são postos à margem. A estabilização, resultante do Plano Real, costuma ser gabada por todos, mesmo pelos que se opuseram a ele no passado. A abertura fica em geral esquecida, dado que foi iniciada no governo Collor, não muito amado. Algumas mudanças administrativas, como a criação de agências regulatórias e a independência, na prática, do Banco Central, foram absorvidas pouco a pouco. As privatizações, embora mantidas até hoje, são objeto de "repulsa ideológica", mais do que de controvérsia ou crítica consistente. MAIS
1 Comments:
FHC cita no texto as "agências regulatórias", gostaria de saber o quê essas agências regulam? Eu acho que são mais um cabide de empregos do que qualquer outra coisa. Só para citar um exemplo:
A Anatel, ninguém vê a sua atuação, as empresas de telefonia e tvs por assinatura, deitam e rolam em cima do consumidor, e ela permanece de braços cruzados, não regula e nem fiscaliza nada.
Essas agências são apenas mais um tentáculo deste estado gigante e ineficiente que nós cidadãos temos que sustentar.
Postar um comentário
<< Home