(Des)Controle
Merval Pereira, O Globo
A partir do controle dos partidos através da distribuição de cargos e de métodos mais radicais como o mensalão, o governo Lula neutralizou a ação congressual, montando uma enorme aliança política com partidos completamente distintos programaticamente, mas com um ponto em comum: nenhum deles dá mais valor ao programa do que aos benefícios que possa obter apoiando o governo da ocasião.
Ao mesmo tempo, o governo tratou de controlar os chamados “movimentos sociais” com verbas generosas e espaços de atuação política quase sempre neutros, popularmente conhecidos como “oposição a favor”.
A política sindical é o melhor exemplo dessa neutralização dos eventuais adversários.
A Força Sindical, de Paulo Pereira, deixou de disputar poder com a CUT e juntas ampliaram o espaço de atuação sindical. A mais recente manobra nesse sentido foi incluir na distribuição da verba do imposto sindical obrigatório as centrais sindicais.
Por outro lado, já está se transformando em pensamento único a percepção de que o presidente Lula é um espertíssimo político que não é páreo para uma oposição desastrada e abúlica.
Esse endeusamento da “esperteza” política é outra característica dos tempos atuais, e existe a certeza nos meios governistas de que o “efeito teflon” que faz com que nenhuma crítica “cole” no presidente se deve a essa sua capacidade de se comunicar com a massa do eleitorado, que o entenderia mais do que a qualquer outro. LEIA MAIS
A partir do controle dos partidos através da distribuição de cargos e de métodos mais radicais como o mensalão, o governo Lula neutralizou a ação congressual, montando uma enorme aliança política com partidos completamente distintos programaticamente, mas com um ponto em comum: nenhum deles dá mais valor ao programa do que aos benefícios que possa obter apoiando o governo da ocasião.
Ao mesmo tempo, o governo tratou de controlar os chamados “movimentos sociais” com verbas generosas e espaços de atuação política quase sempre neutros, popularmente conhecidos como “oposição a favor”.
A política sindical é o melhor exemplo dessa neutralização dos eventuais adversários.
A Força Sindical, de Paulo Pereira, deixou de disputar poder com a CUT e juntas ampliaram o espaço de atuação sindical. A mais recente manobra nesse sentido foi incluir na distribuição da verba do imposto sindical obrigatório as centrais sindicais.
Por outro lado, já está se transformando em pensamento único a percepção de que o presidente Lula é um espertíssimo político que não é páreo para uma oposição desastrada e abúlica.
Esse endeusamento da “esperteza” política é outra característica dos tempos atuais, e existe a certeza nos meios governistas de que o “efeito teflon” que faz com que nenhuma crítica “cole” no presidente se deve a essa sua capacidade de se comunicar com a massa do eleitorado, que o entenderia mais do que a qualquer outro. LEIA MAIS
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home